Identificação de pessoas idosas frágeis na comunidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Inês Isabel Santiago
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/23031
Resumo: A condição de fragilidade consiste num estado, clinicamente reconhecido, de maior vulnerabilidade, resultante do envelhecimento associado ao declínio de reservas físicas e psicológicas do organismo. As investigações atuais ainda se debatem no que respeita à natureza, definição, características e prevalência da fragilidade, havendo a necessidade de mais estudos acerca desta problemática. Realizou-se um estudo de abordagem quantitativa, do tipo observacional e correlacional. Objetivou-se validar o Prisma 7 (P7) de forma concorrente com o Fénótipo de Fragilidade (FF) e o Indicador de Fragilidade de Groningen (IFG). Foi desenvolvido nos cuidados de saúde primários, numa Unidade de Saúde Familiar (USF) da região norte. A amostragem foi não aleatória de conveniência, constituida por 136 pessoas idosas (≥ 65 anos) que pertencem à USF . Aplicouse um questionário à pessoa idosa, constituido por variáveis sociodemográficas, familiares e de saúde e pelos três instrumentos acima mencionados. De acordo com a caracterização do P7, IFG e FF, a prevalência de pessoas idosas frágeis foi de 7.4%, 19.9% e 26.5%, respetivamente. A validação concorrente entre os instrumentos não foi elevada, observando-se que o Prisma 7 é parcialmente concordante com os restantes. O P7, apresentou uma especificidade elevada, mas a sensibilidade foi baixa. Como preditores de fragilidade, no modelo multivariado, destacam-se a idade e a capacidade física. Uma amostra constituída por pessoas mais robustas e uma aplicação “rigorosa” do Prisma 7 (sem ajudas na interpretação das questões) podem ter influenciado os resultados apresentados. Mais estudos são necessários no sentido de avaliar de um modo mais aprofundado as propriedades psicométricas das várias ferramentas aqui testadas. O P7 deve ser utilizado com cautela na identificação da fragilidade nos cuidados de saúde primários, sugeriando-se a incorporação de outra medida de avaliação da fragilidade.
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