1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015): cuidados de saúde preventivos
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Data de Publicação: | 2017 |
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Tipo de documento: | Relatório |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.18/4796 |
Resumo: | O primeiro INSEF realizado em Portugal é promovido e coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge através do seu Departamento de Epidemiologia, em parceria com o Instituto Norueguês de Saúde Publica e em colaboração com as Administrações Regionais de Saúde do Continente e Secretarias Regionais de Saúde das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. |
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1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015): cuidados de saúde preventivos1st National Health Examination Survey (INSEF 2015): preventive health careInquérito de Saúde com Exame FísicoVigilância EpidemiológicaCuidados de Saúde PreventivosSaúde PúblicaPortugalINSEFPortuguese National Health Examination SurveyO primeiro INSEF realizado em Portugal é promovido e coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge através do seu Departamento de Epidemiologia, em parceria com o Instituto Norueguês de Saúde Publica e em colaboração com as Administrações Regionais de Saúde do Continente e Secretarias Regionais de Saúde das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.Enquadramento: A importância da informação obtida através de inquéritos de saúde com exame físico realizados a amostras probabilísticas da população, de que o primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) é exemplo, deriva da utilização de métodos e instrumentos que resultam em informação com maior validade do que a reportada apenas pelos inquiridos. O acolhimento da proposta do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), para um primeiro INSEF em Portugal, como parte integrante do Projeto Pré-Definido do Programa Iniciativas em Saúde Pública, financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants) e operado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a posterior parceria com o Instituto Norueguês de Saúde Pública (INSP), e a colaboração com todas as regiões nacionais, constituem as fundações que permitiram a realização deste primeiro INSEF. No presente relatório são apresentados os resultados relativos à realização de consultas de saúde oral, de análises clínicas (glicémia, colesterolémia e triglicéridémia) e de exames complementares de diagnóstico, associados à prevenção secundária da doença oncológica (mamografia, citologia cervico-vaginal e pesquisa de sangue oculto nas fezes). Materiais e métodos: O INSEF é um estudo epidemiológico observacional, transversal de base populacional, programado e realizado para ser representativo ao nível regional e nacional, com a finalidade de contribuir para melhorar a Saúde Pública e reduzir as desigualdades em saúde, através da disponibilização de informação epidemiológica de elevada qualidade sobre o estado de saúde, determinantes e utilização de cuidados de saúde pela população portuguesa. A população alvo consistiu nos indivíduos entre os 25 e os 74 anos de idade, residentes em Portugal Continental ou nas Regiões Autónomas há mais de 12 meses, não-institucionalizados e com capacidade para acompanhar a entrevista em língua portuguesa. A amostra foi estratificada por região e área urbana/rural e constituída de forma probabilística em duas etapas. O trabalho de campo decorreu entre fevereiro e dezembro de 2015 e foi realizado por equipas constituídas, formadas e treinadas especificamente para o efeito, num total de 117 profissionais. Áreas de inquirição - O INSEF incluiu um conjunto de avaliações antropométricas e bioquímicas, e a aplicação de um questionário por entrevista pessoal assistida por computador (CAPI). A recolha de dados foi organizada em três componentes: 1) exame físico, que incluiu a medição da tensão arterial, da altura, do peso e dos perímetros da cintura e da anca; 2) recolha de amostras de sangue para avaliação de parâmetros bioquímicos (colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos), da hemoglobina glicosilada (HbA1c) e do hemograma; 3) questionário, com recolha de informação autorreportada sobre variáveis demográficas e socioeconómicas, estado de saúde, determinantes de saúde relacionados com comportamentos e utilização de serviços e cuidados de saúde, incluindo os cuidados preventivos. Indicadores reportados no presente relatório - O presente relatório contém os resultados de um conjunto de indicadores inseridos na área temática Cuidados de Saúde, obtidos através de dados recolhidos na componente entrevista. Especificamente são apresentados resultados relativos à frequência da realização de consultas de saúde oral, de análises clínicas (glicémia, colesterolémia e triglicéridémia) e de exames complementares de diagnóstico, associados à prevenção secundária de algumas doenças oncológicas, nomeadamente, a mamografia, a citologia cervico-vaginal e a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Análise estatística - Todos os indicadores incluídos no presente relatório foram estimados a nível nacional para subgrupos específicos da população, nomeadamente por região, sexo, grupo etário, nível de escolaridade, situação perante o trabalho e atribuição de médico de família pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS). Todas as estimativas pontuais apresentadas foram ajustadas utilizando pesos amostrais calibrados para a distribuição da população portuguesa, por sexo e grupo etário, em cada uma das 7 Regiões de Saúde para a estimativa da população residente em 2014. Para a análise comparativa, as estimativas estratificadas por região, nível de escolaridade, situação perante o trabalho e atribuição de médico de família pelo SNS, foram padronizadas pelo método direto para a distribuição da população portuguesa (2014) por sexo e grupo etário. Resultados principais: Durante o INSEF foram observados 4911 indiví- duos (2265 homens: 46,1% e 2646 mulheres: 53,9%), na sua maioria naturais de Portugal (91,2%), casados ou em união de facto (70,0%), em idade ativa (84,3% com idade entre os 25 e os 64 anos), com um nível de escolaridade inferior ao ensino secundário (63,4%) e estando 11,2% desempregados. Nos 12 meses anteriores à entrevista, 51,3% da população estudada consultou um profissional de saúde oral. Considerando a distribuição por sexo, grupo etário e região, observou-se uma maior frequência desta consulta na população feminina (55,5%), no grupo etário dos 35 aos 44 anos (56,9%) e na região Norte (55,4%). Observou-se ainda maior frequência entre os mais escolarizados (65,7% com Ensino Superior) e nos indivíduos com atividade profissional remunerada (55,0%). No ano de 2015, em Portugal, 69,7% da popula- ção entre os 25 e os 74 anos referiu ter, nos 12 meses anteriores à entrevista, efetuado análises clínicas, a pelo menos um dos parâmetros inquiridos (glicémia, colesterolémia, trigliceridémia). Esta frequência foi mais elevada no sexo feminino (72,7%) e aumentou com a idade (84,2% no grupo dos 65 aos 74 anos de idade). Foi também mais frequente nos indivíduos que têm médico de família atribuído pelo SNS (71,3% com médico de família vs. 58,7% sem médico de família). Na população feminina entre os 50 e os 69 anos de idade, 94,8 % reportou ter realizado mamografia nos 2 anos anteriores à entrevista. A percentagem foi mais elevada nas mulheres com ensino secundário (95,8%) e menos elevada nas mulheres desempregadas (89,3%). Os resultados indicam que 86,3% das mulheres entre os 25 e os 64 anos de idade referem ter realizado citologia cervico-vaginal nos 3 anos anteriores à entrevista. As percentagens mais elevadas observaram-se no grupo etário entre os 35 e os 44 anos (90,8%), na região Norte (91,7%), nas mulheres com ensino superior (90,8%) e naquelas que tinham uma atividade profissional remunerada (88,7%). Referiram ter realizado pesquisa de sangue oculto nas fezes, nos 2 anos anteriores à entrevista, 45,7% dos inquiridos, sendo este valor muito próximo do estimado para a população que nunca realizou o exame (44,2%). Não se observaram diferenças entre os sexos. O reporte de realização deste exame diminui com o aumento do nível de escolaridade, de 48,0% na população sem nível escolaridade ou com o primeiro ciclo do ensino básico até 34,7% na população com ensino superior. A percentagem de mulheres que relataram ter efetuado uma mamografia nos 2 anos anteriores ou que efetuaram uma citologia cervico-vaginal nos 3 anos anteriores à entrevista, foi mais elevada no grupo com médico de família atribuído pelo SNS. Também os indivíduos com médico de família, comparativamente aos indivíduos sem médico de família atribuído pelo SNS, apresentaram a percentagem mais elevada de realização de pesquisa de sangue oculto nas fezes nos 2 anos anteriores à entrevista. Conclusões principais: A informação obtida pelo primeiro INSEF é representativa da população portuguesa a nível nacional e de cada uma das suas 7 regiões e utilizou os métodos estabelecidos pelo European Health Examination Survey (EHES). O processo de inquérito envolveu desde o início a rede formada pelas 7 Regiões de Saúde de Portugal, o INSA, órgão do Ministério da Saúde e o INSP. As diferenças observadas nas estimativas populacionais de vários dos indicadores justificam a atenção das intervenções de saúde sobre a utilização de cuidados de saúde preventivos pela população residente em Portugal com idade entre os 25 e os 74 anos de idade. As estimativas populacionais indicam que a frequência da utilização de cuidados de saúde preventivos varia consoante a área geográfica e o tipo de serviço considerado. A realização de análises clínicas e da mamografia parecem ser exames e análises complementares de diagnósticos generalizados para a população portuguesa considerada de referência. Dos três exames de prevenção secundária da doença oncológica, a pesquisa de sangue oculto nas fezes foi a menos frequente junto da população portuguesa entre os 50 e os 74 anos. De acordo com os resultados obtidos, no que respeita à utilização de cuidados de saúde preventivos, podemos concluir que existe influência do perfil sociodemográfico na população, diferenciado de acordo com o tipo de exames. Os resultados evidenciam ainda a importância dos médicos de família do SNS para a frequência de realização da mamografia, citologia cervicovaginal e pesquisa de sangue oculto nas fezes, exames e análises utilizados muitas vezes enquanto instrumentos de rastreio oncológico.Background: The importance of information obtained from health examination surveys carried out on probabilistic samples of the population, such as the first National Health Examination Survey (INSEF), arises from the use of methods and tools that result in more accurate information than that reported only by the survey participants. The approval of the proposal by the National Health Institute Doutor Ricardo Jorge (INSA) to perform the first INSEF in Portugal, as part of the Predefined Project of the Public Health Initiatives Program, funded by the Financial Mechanism of the European Economic Area (EEA Grants) and operated by the Central Administration of the Health System (ACSS), the subsequent partnership with the Norwegian Institute of Public Health, and the collaboration with all the national regions, constituted the foundations that enabled the realization of this first INSEF. In this report, the results concerning preventive health care use of the population resident in Portugal, in 2015, aged from 25 to 74 years are presented. Materials and methods: INSEF is an observational epidemiological, crosssectional, population-based study designed to be representative at the regional and national level, which aims to improve public health and reduce health inequalities by providing high quality epidemiological information on health status, health determinants and use of health care services by the Portuguese population. The target population consisted of individuals aged between 25 and 74 years old, living in mainland Portugal or in the Autonomous Regions for more than 12 months, who were not institutionalized, and who were able to follow the interview in Portuguese. A two stage probabilistic sample stratified by region and by urban/rural area was designed. Fieldwork took place between February and December of 2015 and was carried out by teams selected and trained for this purpose, in a total of 117 professionals. Areas of the survey - INSEF included a set of anthropometric and biochemical measurements, in addition to a computer-assisted personal interview (CAPI). Data collection was organized in three major components: 1) physical examination, which included the measurement of blood pressure, height, weight and waist and hip circumferences; 2) collection of blood samples for the evaluation of biochemical parameters (total cholesterol, LDL, HDL and triglycerides), glycated hemoglobin (HbA1c) and a complete blood count; 3) questionnaire with selfreported information on demographic and socioeconomic variables, health status, health determinants, including healthrelated behaviors and use of health care services, including preventive care. Indicators presented in this report - This report presents the results of a set of indicators in the Health Care Use thematic area. Preventive health care use includes oral health in addition to a set of health exams. More specifically, it includes results on the frequency of outpatient dentist or dental hygienist appointments and reason for the consultation; on the last blood analysis undertaken (blood glucose, cholesterol and triglycerides); on the last performed test for fecal occult blood and for females on the date of their latest mammography and cytology (vaginal smear, Pap test). Statistical analysis - All indicators included in this report were estimated at the national level and stratified by region, sex, age group, education level, employment status and assigned General Practitioner (GP) at the health centre. All presented point estimates were adjusted using sample weights obtained according to the sample design, adjusted for non-response by region strata and by typology of urban / rural area, and calibrated for the distribution of the Portuguese population by sex and age group of each of the five mainland health regions and of the 2 autonomous regions to the 2014 resident population estimate. For comparative analysis, the estimates stratified by region, educational level, employment status and assigned GP were standardized for the distribution of the Portuguese population (2014) by sex and age group using the direct method. Main results: During the INSEF fieldwork, 4911 individuals were observed (2265 men: 46.1% and 2646 women: 53.9%), mostly Portuguese (91.2%), married or in a marital relationship (70.0%), of working age (84.3% aged between 25 and 64 years), which had an educational level below the secondary level (63.4%) and 11.2% were unemployed. In the 12 months preceding the interview, just over half of the target population (51.3%) had an oral health appointment. The frequency was higher in the female population (55.5% vs 46.7%), in individuals aged between 35 and 44 years old (56.9%), living in the North region (55.4%), more educated (65.7% Higher Education) and with remunerated paid activity (55.0%). In 2015, 69.7% of the Portuguese population aged between 25 and 74 years old, reported to have measured, at least one of three evaluated parameters (blood glucose, cholesterol and triglycerides) in the 12 months preceding the interview. A higher frequency was found in the female population (72.7%) and in the oldest age groups (84.2% for 65 to 74 years age group). To have had a blood analysis in the previous 12 months was also more frequently reported by individuals with an assigned GP by the National Health Service (71.3% vs. 58.7%). In the 2 years prior to the interview, 94.8% of the female Portuguese population aged 50 and 69 years old performed a mammography. The percentage was higher in the more educated population (95.8% for Secondary Education) and lower in the unemployed individuals (89.3%). The cytology was performed in the three years previous to the interview by 86.3% of the female Portuguese population aged 25 and 64 years. The percentage was higher in the 35 to 44 years age group (90.8%), in individuals living in the North region (91.7%), more educated (90.8%) and with remunerated paid activity (88.7%). Similar estimates were found for having taken the fecal occult blood test in the 2 years previous to the interview (45.7%) an for never having performed the test (44.2%). The estimate of having taken the test was lower in the more educated population groups (48.0% for Primary Education and 34.7% for Higher Education). Having an assigned GP in the health centre was relevant for latest time one had performed a mammography, cytology and fecal occult blood test. A higher percentage of the target population with assigned GP reported to have had those exams and test more recently. Key findings: The information obtained by the first INSEF is representative of the Portuguese population at national level and in each of its seven regions and used the methods recommended by the European Health Examination Survey (EHES). The survey process involved, since the beginning of the network, the seven Health Regions of Portugal, INSA, an agency of the Ministry of Health, and the Norwegian Institute of Public Heath. Population estimates indicate that the use of preventive health care services varies according to the type of service considered. About half of the Portuguese target population continues to turn to a oral health professional for preventive reasons. Blood analysis and mammographies appear to be more generalized performed by the Portuguese and female population. Of the three exams of secondary prevention of oncological disease, the fecal occult blood test was the least frequent among the Portuguese population between 50 and 74 years. There is some influence of the sociodemographic profile in the use of preventive health care services, different according to the considered complementary diagnostic exam or test. The results also highlight the importance of family GP for the last reported mammography, cervico-vaginal cytology and fecal occult blood test, exams and test commonly employed as cancer screening tools.Tem um orçamento total de um milhão e meio de euros, financiado em 85% pelo Programa Iniciativas em Saúde Pública (EEA Grants) como projeto Pré-definido e pelo Ministério da Saúde (15%).Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IPRepositório Científico do Instituto Nacional de SaúdeSantos, Ana JoãoGil, Ana PaulaKislaya, IrinaAntunes, LilianaBraz, PaulaRodrigues, Ana PaulaAlves, Clara AlvesNamorado, SóniaGaio, VâniaBarreto, MartaCastilho, EmíliaCordeiro, EugénioDinis, AnaProkopenko, TamaraSilva, Ana ClaraVargas, PatríciaNunes, BaltazarDias, Carlos Matias2017-10-04T18:58:31Z2017-09-282017-09-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reportapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.18/4796porInstituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015): Cuidados Preventivos. Lisboa: INSA IP, 2017.978-989-8794-31-4PT|DL 419536/16info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-20T15:40:33Zoai:repositorio.insa.pt:10400.18/4796Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:39:37.141709Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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