O Recado do Morro: prophecy and redemption
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.34624/fb.v0i16.25183 |
Resumo: | Inscribed in the spatial referent of the hinterlandish landscape, the fictional narrative of “O Recado do Morro”, by João Guimarães Rosa, grounds its diegetic progression in the pivotal mytheme of the journey. Stemming from the specific circumstance of a travelling, in an indefinite “july-august” (11), endeavored by a five-men delegation (the pedestrian guide Pedro Orósio, three bosses, seo Alquiste, Friar Sinfrão, and seo Jujuca do Açude, besides the rider Ivo da Tia Merência), from the “backgrounds of the municipality”, in Cordisburgh, via the harsh coordinates of the hinterland, the crossing motto gives a poetic pretext for the recount of man’s personal wandering in the magical cartography of the return to himself. Filtered by an utterly subjective angle consistent with the narrative perspectivization, the supernatural instance of the voice of the Morro das Garças stands out in this expressive framework, thanks to the intensity of its poetic message; passed on by an extensive gallery of other dramatic agents, in a symbolic sequence of seven distorting echoes, the message projectively prepares the moments when the plot progresses and obliquely enunciates the signals of the hero’s punishment and redemption. The symbolic grounding of this story is based on a complex network of intertextual references, wherein many of the echoes of the Greek, Latin and Biblical traditions are discernible. The goal of this paper is, then, to offer the hermeneutics of such echoes. |
id |
RCAP_df26aa62857da2be1d7eb13c97162ddf |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:proa.ua.pt:article/25183 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
O Recado do Morro: prophecy and redemptionO Recado do Morro: profecia e redençãoInscribed in the spatial referent of the hinterlandish landscape, the fictional narrative of “O Recado do Morro”, by João Guimarães Rosa, grounds its diegetic progression in the pivotal mytheme of the journey. Stemming from the specific circumstance of a travelling, in an indefinite “july-august” (11), endeavored by a five-men delegation (the pedestrian guide Pedro Orósio, three bosses, seo Alquiste, Friar Sinfrão, and seo Jujuca do Açude, besides the rider Ivo da Tia Merência), from the “backgrounds of the municipality”, in Cordisburgh, via the harsh coordinates of the hinterland, the crossing motto gives a poetic pretext for the recount of man’s personal wandering in the magical cartography of the return to himself. Filtered by an utterly subjective angle consistent with the narrative perspectivization, the supernatural instance of the voice of the Morro das Garças stands out in this expressive framework, thanks to the intensity of its poetic message; passed on by an extensive gallery of other dramatic agents, in a symbolic sequence of seven distorting echoes, the message projectively prepares the moments when the plot progresses and obliquely enunciates the signals of the hero’s punishment and redemption. The symbolic grounding of this story is based on a complex network of intertextual references, wherein many of the echoes of the Greek, Latin and Biblical traditions are discernible. The goal of this paper is, then, to offer the hermeneutics of such echoes.Inscrita no referente espacial da paisagem sertaneja, a narrativa ficcional de “O Recado do Morro”, de João Guimarães Rosa, fundamenta a sua articulação diegética no mitema nuclear da viagem. A partir da circunstância concreta de uma deslocação, num indefenido “julho-agosto” (11), de uma comitiva de cinco homens (o guia pedestre Pedro Orósio, três patrões, seo Alquiste, Frei Sinfrão, e seo Jujuca do Açude, e o cavaleiro Ivo da Tia Merência), desde os “fundos do município”, em Cordisburgo, pelas coordenadas agrestes do sertão, o mote da travessia oferecerá pretexto para se poetar a íntima itinerância do homem pela cartografia mágica do retorno a si mesmo. Filtrado pelo ângulo subjectivíssimo da perspectivação narrativa, sobressairá neste enquadramento expressivo, pela intensidade da sua mensagem profética, a instância sobrenatural da voz do Morro das Garças; transmitida por uma galeria muito ampla de outros actantes dramáticos, numa sequência simbólica de sete ecos distorcivos, a ela cabe preparar projectivamente os momentos de progressão da intriga, e enunciar obliquamente os sinais do castigo e da redenção do herói. A fundamentação simbólica do conto instaura-se sobre uma complexa rede de referências intertextuais, onde podem reconhecer-se muito ecos das tradições literárias greco-latina e bíblica. É, pois, a hermenêutica desses ecos poéticos que nos propomos fazer com esta comunicação.UA Editora - Universidade de Aveiro2020-06-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://doi.org/10.34624/fb.v0i16.25183https://doi.org/10.34624/fb.v0i16.25183Forma Breve; No 16 (2020): Arca de Noé: Catástrofe e Redenção; 111-122Forma Breve; n.º 16 (2020): Arca de Noé: Catástrofe e Redenção; 111-1222183-47091645-927Xreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://proa.ua.pt/index.php/formabreve/article/view/25183https://proa.ua.pt/index.php/formabreve/article/view/25183/17923http://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPinto, Ana Paula2023-11-30T18:45:30Zoai:proa.ua.pt:article/25183Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:03:14.260158Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
O Recado do Morro: prophecy and redemption O Recado do Morro: profecia e redenção |
title |
O Recado do Morro: prophecy and redemption |
spellingShingle |
O Recado do Morro: prophecy and redemption Pinto, Ana Paula |
title_short |
O Recado do Morro: prophecy and redemption |
title_full |
O Recado do Morro: prophecy and redemption |
title_fullStr |
O Recado do Morro: prophecy and redemption |
title_full_unstemmed |
O Recado do Morro: prophecy and redemption |
title_sort |
O Recado do Morro: prophecy and redemption |
author |
Pinto, Ana Paula |
author_facet |
Pinto, Ana Paula |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pinto, Ana Paula |
description |
Inscribed in the spatial referent of the hinterlandish landscape, the fictional narrative of “O Recado do Morro”, by João Guimarães Rosa, grounds its diegetic progression in the pivotal mytheme of the journey. Stemming from the specific circumstance of a travelling, in an indefinite “july-august” (11), endeavored by a five-men delegation (the pedestrian guide Pedro Orósio, three bosses, seo Alquiste, Friar Sinfrão, and seo Jujuca do Açude, besides the rider Ivo da Tia Merência), from the “backgrounds of the municipality”, in Cordisburgh, via the harsh coordinates of the hinterland, the crossing motto gives a poetic pretext for the recount of man’s personal wandering in the magical cartography of the return to himself. Filtered by an utterly subjective angle consistent with the narrative perspectivization, the supernatural instance of the voice of the Morro das Garças stands out in this expressive framework, thanks to the intensity of its poetic message; passed on by an extensive gallery of other dramatic agents, in a symbolic sequence of seven distorting echoes, the message projectively prepares the moments when the plot progresses and obliquely enunciates the signals of the hero’s punishment and redemption. The symbolic grounding of this story is based on a complex network of intertextual references, wherein many of the echoes of the Greek, Latin and Biblical traditions are discernible. The goal of this paper is, then, to offer the hermeneutics of such echoes. |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020-06-28 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.34624/fb.v0i16.25183 https://doi.org/10.34624/fb.v0i16.25183 |
url |
https://doi.org/10.34624/fb.v0i16.25183 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://proa.ua.pt/index.php/formabreve/article/view/25183 https://proa.ua.pt/index.php/formabreve/article/view/25183/17923 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
UA Editora - Universidade de Aveiro |
publisher.none.fl_str_mv |
UA Editora - Universidade de Aveiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
Forma Breve; No 16 (2020): Arca de Noé: Catástrofe e Redenção; 111-122 Forma Breve; n.º 16 (2020): Arca de Noé: Catástrofe e Redenção; 111-122 2183-4709 1645-927X reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130496424214528 |