Casas em série, construções temporárias e lotes vazios: Os subúrbios através da arte contemporânea
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-30302016000200012 |
Resumo: | Na arte do século XX é claramente identificável uma ampla transposição das tradicionais fronteiras definidas entre diferentes categorias artísticas e, em particular, o desenvolvimento de transferências entre arte e arquitectura. Com efeito, o processo transgressivo que ao longo das décadas iniciais do século XX determinou as primeiras vanguardas foi recuperado e consolidado a partir do segundo pós-guerra através das dinâmicas criadas pelas neo-vanguardas - nas quais podemos reconhecer uma deliberada convergência entre os campos convencionalmente estabelecidos pela arquitectura e pela produção artística. A partir dos anos 1950, assistiu-se à afirmação de uma zona de contacto entre estas duas áreas: um território nebuloso, definido não apenas por uma mútua influência, mas também pela partilha de um léxico tectónico. Num contexto determinado por deslizamentos entre diferentes media, e em articulação com as revisões do modernismo que começavam a emergir, foi então que a prática artística, de certo modo funcionando como uma heterotopia, se constituiu como um espaço de crítica, capaz de analisar, confrontar e problematizar tanto a arquitectura como as diversas formas de desenvolvimento urbano. Ao revisitar e discutir os seus modos de operar e questionar as suas soluções, até certo ponto, a arte expandiu o debate sobre a produção arquitectónica e o planeamento das cidades. Recuperando algumas das referências teóricas centrais que definem este processo, e partindo do trabalho de vários artistas - na sua maioria norte-americanos, tendo em conta a particular expressão que este tipo de propostas teve nesse contexto -, este artigo procura discutir os múltiplos modos através dos quais a arte contemporânea problematizou a expansão urbana e a periferia. |
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