Infeções da pele causadas por Staphylococcus aureus resistente à meticilina

• Autor(a) principal: Teixeira, Sara Filipa Neiva
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/10466
• topic: Staphylococcus aureus; MRSA; Pele; Resistências aos antibióticos; Antibioterapia; Infeção da pele; Fatores de virulência; Prevenção; Skin; Antibiotic resistance; Antibiotic therapy; Skin infection; Virulence factors; Prevention; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Medicina Básica

A pele é o órgão mais exposto do corpo humano e é responsável por fornecer uma barreira ao meio externo e abrigar milhares de microrganismos. As infeções bacterianas da pele podem desenvolver-se quando as bactérias conseguem entrar através de folículos pilosos ou quando a barreira cutânea é quebrada. Esta dissertação tem como objetivo revisar sistematicamente a literatura que descreve as infeções da pele causadas por Staphylococcus aureus resistente à meticilina bem como identificar a antibioterapia adequada e os cuidados a ter durante o tratamento. Nesse sentido, foram alvo de análise os fatores de virulência de S. aureus e os seus mecanismos de resistências. Nesta dissertação, pretende-se ainda compreender a estrutura funcional das camadas da pele, a sua microbiota e os fatores de riscos associados para a contração deste tipo de infeções, quais as características que permitem a distinção entre os diferentes tipos de infeção cutânea provocada por MRSA, bem como, as patologias associadas à esta infeção pelo mesmo (impetigo, celulite, furúnculos, carbúnculos e abcessos cutâneos). Adicionalmente, são referidas algumas medidas implementadas pela Direção Geral de Saúde para a diminuição da propagação de MRSA. O farmacêutico desempenha um papel fundamental no tratamento de infeções cutâneas visto que na maioria das vezes o paciente recorre em primeiro lugar à farmácia para reportar alguma anomalia da pele. O farmacêutico deve, portanto, ser capaz de identificar o tipo de infeção e tratamento adequado, ou se o entender encaminhar o utente ao médico. Deve ainda aconselhar corretamente o uso dos antibióticos e a sua correta eliminação. O uso racional dos antibióticos não deve ser apenas responsabilidade do farmacêutico, mas de toda a população em geral (doentes, cuidadores, veterinários, médicos, agricultores…).