Recuperação da cerca do Convento de Cristo em Tomar
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1995 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/12346 |
Resumo: | Introdução - A origem do território português reporta-se a Era Secundária (Mesozóico), quando se dá a fractura da massa emersa do Planeta, originalmente agrupada num único continente: a Pangea. Essa fractura decorre durante o segundo período do Mesozóico, o Jurássico, há cerca de duzentos milhões de anos. O supercontinente da Pangea dará origem as diversas placas continentais que iniciarão um afastamento progressivo entre si: é a deriva dos continentes. Este afastamento provocará, no litoral da Meseta Ibérica, a entrada gradual de braços de mar, dando origem a mares interiores, com os sucessivos ciclos de avanços e recuos do nível das marés intercontinentais, (houve três grandes ciclos durante o Mesozóico; um no Jurássico e dois no Gretado). - A REGIÃO DE TOMAR. FORMAÇÃO GEOLOGICA - No período Jurássico, foi a região de Tomar parte integrante de um grande mar interior. Este mar era uma sucessão de lagos que começava em Sintra, e por Alenquer se estendia à região de Tomar, bordando o enrugamento do sistema orográfico central da Meseta Ibérica, desde Montejunto a Guadarrama, estendendo-se pelos vales do Sôr e do Raia até aos contrafortes dos montes Toledanos, para a seguir, atravessando o noroeste do Baixo Alentejo, ir confinar-se na região do Cabo de Sines. O Vale do Nabão, era então uma baixa desse mar de clima tropical. Escavações levadas a cabo a noroeste deste vale, junto ao grupo de morros da Freguesia da Pedreira, trouxeram a descoberto um fóssil de réptil, bem como diversos fósseis zoomórficos e fitomórficos dessa recuada Era ainda hoje, passeando pelos morros da Pedreira, facilmente encontramos fósseis de amonites que os cortadores de pedra rejeitaram aquando da extração de calcáreo para a construção. Com a subida da Meseta Ibérica, esse mar interior recuou, originando a formação de lagunas pantanosas que durante o cenozóico, foram secando para dar lugar às terras baixas das lezírias do Tejo e do Sado, e às Várzeas do Nabão. O carácter pantanoso das Várzeas do Nabão, conhecido nos primórdios de Portugal, advém porventura deste remoto passado geoclimático. O certo é que os primeiros Reis de Portugal, para propiciarem a fixação de povoações nesta região, realizaram grandes obras de assoreamento do Nabão, o qual, era então um rio de leito instável, pródigo na formação de mouchões e pauis. Orográficamente, o Vale do Nabão, surge na confluência do Maciço Antigo nascente, representado pela Serra de Tomar; com o Maciço do Jurássico poente e a norte representado pela Serra da Sabacheira (extremo nordeste do istema Montejunto - Serra d' Aire). Daí a diversidade da paisagem colinar do Vale do Nabão: a nascente, de relevo sua,,,-e, por vezes com a fisionomia da planície; a norte/poente de relevo acentuado e com fraca extensão orográfica o que dá à paisagem a expressão de agrupamentos de morros, alguns, com cabeços proeminentes. Para sul o Vale do Nabão desce para se juntar ao do Zêzere na Bacia Hidrográfica do'Pejo. |
id |
RCAP_dfe80cd6c7b22389afc6bdc98288d347 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:dspace.uevora.pt:10174/12346 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Recuperação da cerca do Convento de Cristo em TomarPatrimónio arquitectónicoRecuperaçãoConvento de CristoTomar (Portugal)Introdução - A origem do território português reporta-se a Era Secundária (Mesozóico), quando se dá a fractura da massa emersa do Planeta, originalmente agrupada num único continente: a Pangea. Essa fractura decorre durante o segundo período do Mesozóico, o Jurássico, há cerca de duzentos milhões de anos. O supercontinente da Pangea dará origem as diversas placas continentais que iniciarão um afastamento progressivo entre si: é a deriva dos continentes. Este afastamento provocará, no litoral da Meseta Ibérica, a entrada gradual de braços de mar, dando origem a mares interiores, com os sucessivos ciclos de avanços e recuos do nível das marés intercontinentais, (houve três grandes ciclos durante o Mesozóico; um no Jurássico e dois no Gretado). - A REGIÃO DE TOMAR. FORMAÇÃO GEOLOGICA - No período Jurássico, foi a região de Tomar parte integrante de um grande mar interior. Este mar era uma sucessão de lagos que começava em Sintra, e por Alenquer se estendia à região de Tomar, bordando o enrugamento do sistema orográfico central da Meseta Ibérica, desde Montejunto a Guadarrama, estendendo-se pelos vales do Sôr e do Raia até aos contrafortes dos montes Toledanos, para a seguir, atravessando o noroeste do Baixo Alentejo, ir confinar-se na região do Cabo de Sines. O Vale do Nabão, era então uma baixa desse mar de clima tropical. Escavações levadas a cabo a noroeste deste vale, junto ao grupo de morros da Freguesia da Pedreira, trouxeram a descoberto um fóssil de réptil, bem como diversos fósseis zoomórficos e fitomórficos dessa recuada Era ainda hoje, passeando pelos morros da Pedreira, facilmente encontramos fósseis de amonites que os cortadores de pedra rejeitaram aquando da extração de calcáreo para a construção. Com a subida da Meseta Ibérica, esse mar interior recuou, originando a formação de lagunas pantanosas que durante o cenozóico, foram secando para dar lugar às terras baixas das lezírias do Tejo e do Sado, e às Várzeas do Nabão. O carácter pantanoso das Várzeas do Nabão, conhecido nos primórdios de Portugal, advém porventura deste remoto passado geoclimático. O certo é que os primeiros Reis de Portugal, para propiciarem a fixação de povoações nesta região, realizaram grandes obras de assoreamento do Nabão, o qual, era então um rio de leito instável, pródigo na formação de mouchões e pauis. Orográficamente, o Vale do Nabão, surge na confluência do Maciço Antigo nascente, representado pela Serra de Tomar; com o Maciço do Jurássico poente e a norte representado pela Serra da Sabacheira (extremo nordeste do istema Montejunto - Serra d' Aire). Daí a diversidade da paisagem colinar do Vale do Nabão: a nascente, de relevo sua,,,-e, por vezes com a fisionomia da planície; a norte/poente de relevo acentuado e com fraca extensão orográfica o que dá à paisagem a expressão de agrupamentos de morros, alguns, com cabeços proeminentes. Para sul o Vale do Nabão desce para se juntar ao do Zêzere na Bacia Hidrográfica do'Pejo.Universidade de Évora2015-01-08T11:59:25Z2015-01-081995-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10174/12346http://hdl.handle.net/10174/12346pordep. Artesteses@bib.uevora.pt739Barbosa, Álvaro Joséinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T18:56:35Zoai:dspace.uevora.pt:10174/12346Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:05:48.896938Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Recuperação da cerca do Convento de Cristo em Tomar |
title |
Recuperação da cerca do Convento de Cristo em Tomar |
spellingShingle |
Recuperação da cerca do Convento de Cristo em Tomar Barbosa, Álvaro José Património arquitectónico Recuperação Convento de Cristo Tomar (Portugal) |
title_short |
Recuperação da cerca do Convento de Cristo em Tomar |
title_full |
Recuperação da cerca do Convento de Cristo em Tomar |
title_fullStr |
Recuperação da cerca do Convento de Cristo em Tomar |
title_full_unstemmed |
Recuperação da cerca do Convento de Cristo em Tomar |
title_sort |
Recuperação da cerca do Convento de Cristo em Tomar |
author |
Barbosa, Álvaro José |
author_facet |
Barbosa, Álvaro José |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Barbosa, Álvaro José |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Património arquitectónico Recuperação Convento de Cristo Tomar (Portugal) |
topic |
Património arquitectónico Recuperação Convento de Cristo Tomar (Portugal) |
description |
Introdução - A origem do território português reporta-se a Era Secundária (Mesozóico), quando se dá a fractura da massa emersa do Planeta, originalmente agrupada num único continente: a Pangea. Essa fractura decorre durante o segundo período do Mesozóico, o Jurássico, há cerca de duzentos milhões de anos. O supercontinente da Pangea dará origem as diversas placas continentais que iniciarão um afastamento progressivo entre si: é a deriva dos continentes. Este afastamento provocará, no litoral da Meseta Ibérica, a entrada gradual de braços de mar, dando origem a mares interiores, com os sucessivos ciclos de avanços e recuos do nível das marés intercontinentais, (houve três grandes ciclos durante o Mesozóico; um no Jurássico e dois no Gretado). - A REGIÃO DE TOMAR. FORMAÇÃO GEOLOGICA - No período Jurássico, foi a região de Tomar parte integrante de um grande mar interior. Este mar era uma sucessão de lagos que começava em Sintra, e por Alenquer se estendia à região de Tomar, bordando o enrugamento do sistema orográfico central da Meseta Ibérica, desde Montejunto a Guadarrama, estendendo-se pelos vales do Sôr e do Raia até aos contrafortes dos montes Toledanos, para a seguir, atravessando o noroeste do Baixo Alentejo, ir confinar-se na região do Cabo de Sines. O Vale do Nabão, era então uma baixa desse mar de clima tropical. Escavações levadas a cabo a noroeste deste vale, junto ao grupo de morros da Freguesia da Pedreira, trouxeram a descoberto um fóssil de réptil, bem como diversos fósseis zoomórficos e fitomórficos dessa recuada Era ainda hoje, passeando pelos morros da Pedreira, facilmente encontramos fósseis de amonites que os cortadores de pedra rejeitaram aquando da extração de calcáreo para a construção. Com a subida da Meseta Ibérica, esse mar interior recuou, originando a formação de lagunas pantanosas que durante o cenozóico, foram secando para dar lugar às terras baixas das lezírias do Tejo e do Sado, e às Várzeas do Nabão. O carácter pantanoso das Várzeas do Nabão, conhecido nos primórdios de Portugal, advém porventura deste remoto passado geoclimático. O certo é que os primeiros Reis de Portugal, para propiciarem a fixação de povoações nesta região, realizaram grandes obras de assoreamento do Nabão, o qual, era então um rio de leito instável, pródigo na formação de mouchões e pauis. Orográficamente, o Vale do Nabão, surge na confluência do Maciço Antigo nascente, representado pela Serra de Tomar; com o Maciço do Jurássico poente e a norte representado pela Serra da Sabacheira (extremo nordeste do istema Montejunto - Serra d' Aire). Daí a diversidade da paisagem colinar do Vale do Nabão: a nascente, de relevo sua,,,-e, por vezes com a fisionomia da planície; a norte/poente de relevo acentuado e com fraca extensão orográfica o que dá à paisagem a expressão de agrupamentos de morros, alguns, com cabeços proeminentes. Para sul o Vale do Nabão desce para se juntar ao do Zêzere na Bacia Hidrográfica do'Pejo. |
publishDate |
1995 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1995-01-01T00:00:00Z 2015-01-08T11:59:25Z 2015-01-08 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10174/12346 http://hdl.handle.net/10174/12346 |
url |
http://hdl.handle.net/10174/12346 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
dep. Artes teses@bib.uevora.pt 739 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de Évora |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de Évora |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136543155159040 |