Sintomatologia de Lesões MusculoEsqueléticas Ligadas ao Trabalho em Enfermeiros de Cuidados de saúde Primários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Tânia Sofia Martins
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.esenfc.pt/?url=25hfTq9t
Resumo: ENQUADRAMENTO: As Lesões MusculoEsqueléticas Ligadas ao Trabalho (LMELT) constituem um grave problema de saúde ocupacional, nos enfermeiros. A sua prevalência está associada às elevadas exigências físicas do exercício de Enfermagem, que em Cuidados de Saúde Primários (CSP) permanece escassamente estudada. OBJETIVO GERAL: Descrever a sintomatologia de LMELT autorreferida por enfermeiros de CSP, caracterizando as principais componentes das atividades de trabalho que possam constituir fatores de risco para o seu desenvolvimento. MÉTODO: Um estudo quantitativo, descritivo/exploratório e transversal, foi desenvolvido em duas fases. Numa primeira, de identificação de sintomatologia de LMELT autorreferida por enfermeiros portugueses que exerciam funções em CSP e que responderam a um inquérito nacional (ENSP/UNL e OE, 2010-2011), os dados foram analisados com recurso ao programa SPSS17. Numa segunda, de observação participante estruturada, em contexto de CSP, os dados obtidos em vídeo foram analisados com recurso ao programa SPSS17 e à análise de conteúdo de Bardin. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na 1ª fase, numa amostra (n=419), maioritariamente do sexo feminino (84,0%), verificou-se uma elevada prevalência de sintomatologia de LMELT nos últimos 12 meses (89,0%), na zona lombar (63,1%), região cervical (50,1%), zona dorsal (40,9%), ombros (37,8%) e punho/mão (28,4%). No mesmo período, o absentismo relacionado com estas queixas foi notório (51,4%), tendo estado relacionado com o levantar/deslocar cargas superiores a 20kg (41,3%), inclinar o tronco (37,3%), levantar/deslocar cargas entre 10-20 kg (35,6%), manipular cargas superiores a 4 kg (30,8%) e, rodar o tronco (25,0%). Na 2ª fase, numa amostra de enfermeiros do sexo feminino (n=4), a atividade de trabalho diária mais frequente foi o trabalho informatizado (18,0±7,5vezes), seguida do tratamento de feridas (13,5±3,1vezes), administração de medicação (11,0±4,6vezes) e avaliação da TA/glicémia/outros (6,8±2,6vezes). O tratamento de feridas foi a atividade em que despenderam mais tempo (16,9±7,9horas), seguindo-se a avaliação da TA/glicémia/outros (9,2±4,1horas), a administração de medicação (7,7±1,9horas) e o trabalho informatizado (4,8±1,7 horas), verificando-se que quanto mais morosa se revelou a atividade, maior foi o nível de intensidade de esforço autorreferida. Observou-se, ainda, uma elevada frequência de posturas corporais de risco de LMELT, por atividade de trabalho. CONCLUSÕES: As evidências indicaram que, tal como noutras áreas do exercício da Enfermagem, também em CSP os enfermeiros estão expostos a fatores de risco que originam uma elevada prevalência de sintomas de LMELT. As posturas ?inadequadas? e extremas e, a sua repetitividade contribuirão para esta ocorrência.
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