Designing futures : how can ethics shape design theory and praxis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Henriques, Ana O.
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/50077
Resumo: A investigação aqui conduzida foi motivada por uma crescente fissura dentro do discurso em torno da disciplina do design. À medida que se torna cada vez mais claro que as soluções do passado não só falharam, como foram falaciosa e defeituosamente concebidas desde o início, esta investigação pretende sugerir e potencialmente providenciar algumas formas de olhar tanto para o passado como para o futuro. Para esse fim, a presente dissertação pergunta se a existência de um exame ético consciente e minucioso como etapa inerente e a priori no processo de design poderia ajudar a orientar uma teoria e prática de um design que se encontra em evolução; e, se assim for, procura também fornecer algumas direções iniciais quanto a possíveis respostas — ou, no mínimo, um potencial ponto de partida para ajudar a delinear as formas que essas respostas possam assumir. O quadro em foco é, portanto, uma exploração da relação entre design e ética. Nomeadamente, qual é, que forma assume, e qual devia (ou não) assumir. Ao longo desta investigação, torna-se claro que a ética não é apenas inerente ao processo de design, mas também indissociável do mesmo. Implicações éticas, quando não explicitadas, permanecem ainda assim implicadas no processo de design, especialmente dado o papel deste último como configurador da interface através da qual percepcionamos e interagimos com o mundo, com os outros, e até connosco próprios. O que isso significa é, no seu âmago, uma questão ética e requer, portanto, uma processo de deliberação cuidado, informado, e holístico para a tomada de decisões — em todas as formas que estas possam assumir. Este tipo de consideração ética, deste modo, necessita e envolve o desenrolar de questões relativas à forma como se deve agir e que tipo de vida se deve levar; e, por conseguinte, como esta deve ser desenhada — especialmente considerando que a forma como vivemos e existimos no mundo é mediada por interfaces desenhadas, sejam elas sistemas, ambientes, objectos, ou tecnologia. Assim, este trabalho pretende ser um exame sobre a forma como a ética é exercida no âmbito do design, e também sobre as suas implicações intrínsecas para o designer, para o design, e para as sociedades e culturas em que os nossos designs se inserem. Deste modo, uma análise das formas como a ética e o design se intersectam é excepcionalmente relevante, e especialmente apropriada tendo em conta o papel multi-facetado do design enquanto simultaneamente reconfigurador material e reconfiguração em si mesmo — papel este que o posiciona e eleva enquanto ato presente com base num passado para projectar um futuro conceptualizado — ou configurado por design. (...)
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