Gênero e Infâncias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendes Silva, Ivone Maria
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Lapinski, Tatiane Fátima, Agostini, Jaqueline Trentin
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25755/int.26877
Resumo: No Brasil, o ensino fundamental, ofertado a crianças a partir dos 6 anos de idade, tem caráter obrigatório, tornando a escola uma dimensão constitutiva do cotidiano da grande maioria de meninos e meninas. Para formar integralmente essas crianças de diferentes origens socioculturais considerando suas múltiplas infâncias, são necessárias políticas e práticas educativas que oportunizem a reflexão e discussão sobre diferenças/alteridades. O presente artigo analisa como professores/as atuantes em escolas de ensino fundamental percebem e abordam as questões de gênero no cotidiano escolar. O trabalho fundamentou-se, teoricamente, em contribuições dos estudos sociais da infância e estudos de gênero. Além do levantamento bibliográfico sobre o tema em bases de dados nacionais, foi realizada pesquisa de abordagem etnográfica, com emprego de observação participante e entrevistas individuais/grupais com professores/as da rede pública de ensino de duas cidades de pequeno/médio porte do norte do estado do Rio Grande do Sul (Alto Uruguai Gaúcho), Brasil. Constatou-se, a partir dos dados obtidos, que as questões de gênero repercutem de diversas formas nas relações e práticas vividas no cotidiano escolar, mas raramente são objeto de um trabalho educativo planejado e continuado. O diálogo com os/as estudantes acerca de suas dúvidas, inquietações e perspectivas sobre gênero ocorre, mais comumente, quando estes o demandam. Conclui-se que o potencial aprimoramento e expansão do trabalho educativo nessa esfera pode trazer contribuições para que a escola exerça de forma mais efetiva a garantia do direito à educação na infância, bem como o reconhecimento das crianças como cidadãs e sujeitos de conhecimento.
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