Tratamento farmacológico da esclerose múltipla: forma surto-remissão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Manuel Filipe Sousa
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/1097
Resumo: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença desmielinizante, com componentes inflamatório e degenerativo do sistema nervoso central (SNC), caracterizada por défices neurológicos disseminados no tempo e no espaço. Atualmente, afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo mulheres entre os 15 e os 45 anos de idade e tem uma distribuição geográfica característica, com taxas de prevalência crescentes em latitudes mais elevadas, como no norte da Europa. A sua etiologia é multifatorial e as evidências sugerem uma interação entre fatores genéticos e ambientais. As manifestações da EM variam desde sintomas ligeiros a doença rapidamente progressiva e incapacitante, com repercussões graves sobre as atividades de vida diária. Pode iniciar-se sob a forma de evento clínico isolado (CIS – Clinically Isolated Syndrome) e evoluir posteriormente para Esclerose Múltipla forma Surto-Remissão (EMSR), Esclerose Múltipla forma Primariamente Progressiva (EMPP) ou Esclerose Múltipla forma Progressiva com Surtos (EMPS). O tipo Surto-Remissão corresponde ao padrão mais comum, caracterizado pela disfunção neurológica aguda, seguida por períodos de recuperação variável, de início com restituição integral das funções e tardiamente, com aumento cumulativo de defeito neurológico. Pode evoluir secundariamente para a forma progressiva, denominada Esclerose Múltipla Secundariamente Progressiva (EMSP), em que há acumulação de incapacidade, não dependente da ocorrência de surtos. A primeira terapêutica modificadora da doença surgiu em 1993, com a aprovação do interferão beta-1b (IFN-β-1b) para prevenção de novos surtos de doença e na expectativa de diminuição da progressão de incapacidade. Atualmente, existem várias terapêuticas, aprovadas pela European Medical Agency (EMA) e novos fármacos estão a ser estudados e testados. A seleção destes agentes farmacológicos deve ser individualizada e depende de vários fatores, como a preferência e a tolerabilidade de cada doente e o curso clínico e imagiológico da doença. O meu objetivo será a revisão da evidência científica, que consubstancia o tratamento modificador da EMSR.
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spelling Tratamento farmacológico da esclerose múltipla: forma surto-remissãoEsclerose múltiplaEsclerose múltipla - Tratamento farmacológicoEsclerose múltipla - DiagnósticoEsclerose múltipla - Novas terapêuticasEsclerose múltipla - Surto-remissãoA Esclerose Múltipla (EM) é uma doença desmielinizante, com componentes inflamatório e degenerativo do sistema nervoso central (SNC), caracterizada por défices neurológicos disseminados no tempo e no espaço. Atualmente, afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo mulheres entre os 15 e os 45 anos de idade e tem uma distribuição geográfica característica, com taxas de prevalência crescentes em latitudes mais elevadas, como no norte da Europa. A sua etiologia é multifatorial e as evidências sugerem uma interação entre fatores genéticos e ambientais. As manifestações da EM variam desde sintomas ligeiros a doença rapidamente progressiva e incapacitante, com repercussões graves sobre as atividades de vida diária. Pode iniciar-se sob a forma de evento clínico isolado (CIS – Clinically Isolated Syndrome) e evoluir posteriormente para Esclerose Múltipla forma Surto-Remissão (EMSR), Esclerose Múltipla forma Primariamente Progressiva (EMPP) ou Esclerose Múltipla forma Progressiva com Surtos (EMPS). O tipo Surto-Remissão corresponde ao padrão mais comum, caracterizado pela disfunção neurológica aguda, seguida por períodos de recuperação variável, de início com restituição integral das funções e tardiamente, com aumento cumulativo de defeito neurológico. Pode evoluir secundariamente para a forma progressiva, denominada Esclerose Múltipla Secundariamente Progressiva (EMSP), em que há acumulação de incapacidade, não dependente da ocorrência de surtos. A primeira terapêutica modificadora da doença surgiu em 1993, com a aprovação do interferão beta-1b (IFN-β-1b) para prevenção de novos surtos de doença e na expectativa de diminuição da progressão de incapacidade. Atualmente, existem várias terapêuticas, aprovadas pela European Medical Agency (EMA) e novos fármacos estão a ser estudados e testados. A seleção destes agentes farmacológicos deve ser individualizada e depende de vários fatores, como a preferência e a tolerabilidade de cada doente e o curso clínico e imagiológico da doença. O meu objetivo será a revisão da evidência científica, que consubstancia o tratamento modificador da EMSR.Multiple Sclerosis (MS) is a demyelinating disease with inflammatory and degenerative components affecting the central nervous system (CNS), and characterized by neurologic deficits disseminated in time and space. Currently, it affects around 2,5 millions of people all over the world, specially women aged between 15 and 45 and has a typical geographical distribution, with increasing rates of prevalence in higher latitudes, such as the north of Europe. Its etiology is multifactorial and evidences suggest an interaction between genetic and environmental factors. The manifestations of MS vary from light symptoms of the disease to rapidly progressive and incapacitating, with severe repercussions on the patient’s daily activities. MS may start as an clinically isolated syndrome (CIS) and then evolve to Relapsing-Remitting Multiple Sclerosis (RRMS), Primary Progressive Multiple Sclerosis (PPMS) or Progressive Relapsing Multiple Sclerosis (PRMS). The Relapsing-Remitting type corresponds to the most common pattern, characterized by an acute neurologic dysfunction, followed by periods of variable recovery, at first with total recovery of functions and later with an increased of neurologic failure. EM may evolve secondarily to the progressive form, called Secondary Progressive Multiple Sclerosis (SPMS) in which there is accumulation of incapacity, not depending on the occurrence of episodes. The first disease-modifying therapy appeared in 1993, with the approval of interferon beta-1b (IFN-β-1b) to prevent new outbreaks of the disease and in the hope of reducing the progression of the disability. Currently, there are several therapies approved by the European Medical Agency (EMA) and new drugs are being studied and tested. The selection of these pharmacological agents should be individualized and depends on many factors, such as each patient’s preference and tolerability and the clinical and imaging course of the disease. My objective will be to review the scientific evidence that supports the modifier treatment of RRMS.Universidade da Beira InteriorAtalaia, António José MarquesuBibliorumFernandes, Manuel Filipe Sousa2013-03-25T10:21:23Z2012-052012-05-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/1097porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:34Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1097Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:01.494037Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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