Prevenção de HIV e sífilis em toxicodependentes de uma comunidade terapêutica no Maranhão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/37495 |
Resumo: | As Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) representam um importante problema de saúde pública, a nível mundial e no Brasil, agravado, entre vários fatores, pelas insuficiências de diagnóstico, dificuldade de acesso a tratamento adequado, práticas sexuais desprotegidas (Pinto, Basso, Barros e Gutierrez, 2018), toxicodependência, que pode gerar vulnerabilidade à propagação do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e de outras IST’s (Marsden, 2009), e nos quais a educação para a saúde tem um papel relevante (Pinto, Queiroz, Gubert, Braga e Pinheiro, 2016). Este estudo teve como objetivo conceber, implementar e avaliar um programa de prevenção de HIV e Sífilis em internos de uma Comunidade Terapêutica do Maranhão. Permitiu estimar as taxas de prevalência de HIV e Sífilis no grupo em estudo; descrever o seu perfil sociocomportamental, uso de drogas e relação com os fatores de risco para HIV e Sífilis; implementar um programa educativo sobre prevenção de HIV, Sífilis e outras IST’s com internos da Comunidade Terapêutica; e analisar os seus conhecimentos sobre HIV, Sífilis e sua prevenção, antes e após o programa educativo implementado. Enquanto estudo descritivo, sociocomportamental e de soroprevalência, recorreu ao uso de dois questionários, como instrumentos de colheita de dados. Nele participaram 23 pessoas do sexo masculino, internos de uma Comunidade Terapêutica, a maioria (52,2%) com idades compreendidas entre os 26 e 34 anos, predominantemente pardos (65,2%), católicos (87%) e com escolaridade inferior ao Ensino Fundamental (56,5%). Consumiam, como principal droga lícita, o álcool (25%) e ilícita o crack (18%), entre outras, tendo iniciado o uso de drogas entre 12 e 17 anos (61%), com uma frequência diária de uso (43,5%), não utilizava preservativo nas suas relações sexuais (82,6%), mesmo com conhecimento prévio de que essa prática aumenta o risco de propagação, compartilharam apetrechos para uso de crack (35,7%), tendo já apresentado lesões no pénis sugestivas de IST’s (51,9%). Nas testagens realizadas, identificou-se 1 interno com amostra reagente para HIV e 4 internos com amostras reagentes para Sífilis. As principais conclusões do trabalho remetem para a existência da vulnerabilidade deste público à exposição do HIV e sífilis, e uma evolução de conhecimentos sobre prevenção destas IST’s, que se espera ter impacto na promoção da sua saúde. |
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