Estudo das alterações dos ângulos posturais do complexo crânio cervical na má oclusão esquelética de classe II

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brito, Margareth Trindade Almeida de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/356
http://hdl.handle.net/20.500.11816/356
Resumo: Com base num grupo de pacientes que recorreu aos serviços da CESPU, solicitando tratamento ortodôntico, realizou-­‐se o trabalho que a seguir se expõe e com os seguintes propósitos: verificar através de parâmetros cefalométricos, no sentido sagital, se existem diferenças significativas ao nível dos ângulos posturais do complexo crânio cervical entre indivíduos com má oclusão esquelética de Classe II, quando comparados com indivíduos de Classe I esquelética. Nos indivíduos de Classe II esquelética pretende-­‐se verificar se os que apresentam mordida cruzada posterior (unilateral de uma ou várias peças dentárias) apresentam alterações ao nível dos ângulos posturais quando comparados com os que não apresentam mordida cruzada. E verificar se os valores de overjet e overbite que, neste trabalho se denominam de problemas dentários, apresentam alguma relação com alterações das variáveis posturais. Como elemento base de diagnóstico utilizaram-­‐se telerradiografias de perfil digitais pré-­‐tratamento ortodôntico, tomadas com a referência da posição natural da cabeça (PNC), como recomendado por Solow e Tallgren devido à sua elevada fiabilidade e os modelos de estudo para avaliar a relação interarcadas. Posteriormente os dados foram analisados recorrendo a um programa informático cefalométrico. Os parâmetros cefalométricos foram selecionados a partir das análises de Solow e Tallgren (modificada por D’Attilio et al), Steiner, Ricketts e o ângulo da lordose cervical (CVT/EVT) de acordo com Hellsing et al. Considerou-­‐se uma amostra de 115 pacientes, 72 com Classe esquelética II para o Grupo de Estudo e, os restantes 43 com Classe esquelética tipo I para o Grupo de Controlo. Averiguou-­‐se que a má oclusão esquelética de Classe II apresenta uma relação íntima com o ângulo CVT/EVT. O ângulo SN/VER e o ângulo pns-­‐ans/OPT não são influenciados pelo tipo de Classe esquelética e, o ângulo pns-­‐ans/VER apresenta uma relação positiva com a mordida cruzada posterior unitária. No Grupo de Estudo, o overjet influencia todos os ângulos da postura cervical com especial incidência no ângulo RL/VER e o ângulo EVT/VER é o único que não é influenciado por este parâmetro. Em relação ao Grupo de Controlo, unicamente o ângulo pns-­‐ans/VER é que revelou diferenças estatisticamente significativas. Em relação ao overbite, somente o ângulo ML/VER no Grupo de Estudo é que apresenta um resultado estatisticamente significativo. Realizou-­‐se uma estatística descritiva transversal, por meio de gráficos e tabelas, na descrição das variáveis em estudo. A comparação, baseada em variáveis quantitativas, entre dois grupos independentes, foi efectuada com base no teste paramétrico de t-­‐Student para amostras independentes e na sua alternativa não paramétrica, o teste de Wilcoxon-­‐Mann-­‐ Whitney. Os pressupostos do teste t-­‐Student, nomeadamente, a normalidade das distribuições subjacentes e a homogeneidade de variâncias nos dois grupos foram avaliados, respectivamente, com o teste de Shapiro-­‐Wilk e com o teste de Levene baseado na mediana. Os dados estatísticos foram tratados utilizando o programa de software estatístico SPSS Statistics (v.20, IBM SPSS, Chicago, IL). Consideraram-­‐se significativos os testes cujo o correspondente valor p foi inferior ou igual a 5%.
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