A mulher com hipotonia do assoalho pélvico: necessidades em cuidados de enfermagem
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11960/2513 |
Resumo: | A hipotonia do assoalho pélvico acarreta problemas do foro físico, psicossocial e económico na vida das mulheres. Entre as disfunções mais frequentes encontra-se a incontinência urinária e o prolapso dos órgãos pélvicos, que tem tido pouco investimento na área da reabilitação. Constituiu-se objetivo do estudo, compreender as necessidades em cuidados de enfermagem de reabilitação nas mulheres com hipotonia do assoalho pélvico, de modo a contribuir para uma melhor intervenção neste processo e suscitar nos profissionais de saúde a necessidade de desenvolvimento de competências nesta área. O estudo assenta numa abordagem qualitativa, exploratória e descritiva, com 10 mulheres com hipotonia do assoalho pélvico, selecionadas numa amostragem acidental. O procedimento de recolha de dados foi a entrevista semiestruturada, e para o tratamento dos dados, recorreu-se à análise de conteúdo. Dos dados emergiram cinco áreas temáticas. As disfunções do assoalho pélvico mais comuns foram as incontinências urinárias e o prolapso dos órgãos pélvicos. Estas disfunções têm implicações, nomeadamente nas atividades de vida; transtornos da imagem pessoal; alterações do sono, devido à sua interrupção frequente pela necessidade de urinar; a preocupação com a higiene íntima, devido aos odores e às perdas de urina; as alterações na atividade profissional; e a nível sexual, algumas mulheres referiram implicações e outras referiram não ter qualquer tipo de influência. No tratamento das disfunções emerge o cirúrgico, e o conservador, com referências ao uso de produtos absorventes, pessários, produtos farmacológicos e reforço dos músculos do assoalho pélvico. As atitudes das mulheres em relação às respostas dos serviços de saúde foram de aceitação das orientações/prescrições, da sua condição de saúde e expectativa ou não, quanto ao tratamento. A assistência de saúde foi essencialmente prestada pelos médicos, através de referenciação para especialistas, e quanto aos enfermeiros foi de mediação ou não existiu intervenção especifica. Em síntese, as implicações da hipotonia do assoalho pélvico têm no enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação, um vasto campo de intervenção aos diferentes níveis de prevenção, de forma a contribuir para uma melhor qualidade de vida das mulheres. |
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A mulher com hipotonia do assoalho pélvico: necessidades em cuidados de enfermagemDistúrbios do assoalho pélvicoMulherHipotonia muscularEnfermagem em reabilitaçãoPelvic floorWomanMuscle HypotoniaRehabilitation NursingA hipotonia do assoalho pélvico acarreta problemas do foro físico, psicossocial e económico na vida das mulheres. Entre as disfunções mais frequentes encontra-se a incontinência urinária e o prolapso dos órgãos pélvicos, que tem tido pouco investimento na área da reabilitação. Constituiu-se objetivo do estudo, compreender as necessidades em cuidados de enfermagem de reabilitação nas mulheres com hipotonia do assoalho pélvico, de modo a contribuir para uma melhor intervenção neste processo e suscitar nos profissionais de saúde a necessidade de desenvolvimento de competências nesta área. O estudo assenta numa abordagem qualitativa, exploratória e descritiva, com 10 mulheres com hipotonia do assoalho pélvico, selecionadas numa amostragem acidental. O procedimento de recolha de dados foi a entrevista semiestruturada, e para o tratamento dos dados, recorreu-se à análise de conteúdo. Dos dados emergiram cinco áreas temáticas. As disfunções do assoalho pélvico mais comuns foram as incontinências urinárias e o prolapso dos órgãos pélvicos. Estas disfunções têm implicações, nomeadamente nas atividades de vida; transtornos da imagem pessoal; alterações do sono, devido à sua interrupção frequente pela necessidade de urinar; a preocupação com a higiene íntima, devido aos odores e às perdas de urina; as alterações na atividade profissional; e a nível sexual, algumas mulheres referiram implicações e outras referiram não ter qualquer tipo de influência. No tratamento das disfunções emerge o cirúrgico, e o conservador, com referências ao uso de produtos absorventes, pessários, produtos farmacológicos e reforço dos músculos do assoalho pélvico. As atitudes das mulheres em relação às respostas dos serviços de saúde foram de aceitação das orientações/prescrições, da sua condição de saúde e expectativa ou não, quanto ao tratamento. A assistência de saúde foi essencialmente prestada pelos médicos, através de referenciação para especialistas, e quanto aos enfermeiros foi de mediação ou não existiu intervenção especifica. Em síntese, as implicações da hipotonia do assoalho pélvico têm no enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação, um vasto campo de intervenção aos diferentes níveis de prevenção, de forma a contribuir para uma melhor qualidade de vida das mulheres.Pelvic floor hypotonic causes economic, physical, psychosocial problems in women's lives. There are several dysfunctions as a result from this problem, including incontinence and prolapse of the pelvic organs. It´s an issue that still has a weak investment in the area of rehabilitation. The aim of this study is to understand the needs in nursing care on women with pelvic floor muscle hypotonic, in order to contribute to an improved intervention in this process and to raise awareness in health professionals for the need to develop competencies in this area. The study is based on a qualitative, exploratory and descriptive approach. The data collection procedure was the semi-structured interview, directed to women with PFH. The analysis of the obtained data was performed through content analysis. Among the results, are highlighted the dysfunctions of the pelvic floor, like the Incontinence and the Prolapse of the pelvic floor. The implications in women’s daily activities. Also relevant are the influence on women’s self-esteem. In the sleep disorders, women also reported the need to urinate many times. Hygiene concerns, like the odors and losses of urine and all other constraints derived of this dysfunction on women’s quality of life. Sexual life is also influenced by the pelvic floor disorders, like pain and fear to lose urine in the sexual act, but other women mentioned that this is not a problem to them. Other mentioned problem in their professional life. The usual offered treatment pharmacological, use of absorbent dressings, pessaries, strengthening of pelvic muscles and surgery. The treatment of choice is surgery, mainly due to lack of professional knowledge or sensitivity to refer these cases for rehabilitation. The attitudes of these women in relation to the responses of the health services were acceptance of the guidelines or prescriptions, their health condition and expectations or not regarding the treatment. Generally, women with Pelvic Floor Hypotonia are referred for treatment by family doctors, who lead them to urogynecologist’s. The specialist nurse in rehabilitation nursing area develops its work in the processes of prevention and rehabilitation. Scientific evidence demonstrates that pelvic hypotonia has negative impact on women’s quality of life. This way, the interaction of a Nurse in rehabilitation in the multidisciplinary women's health teams is important.2021-05-05T14:27:16Z2021-02-05T00:00:00Z2021-02-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/2513TID:202719707porBarroso, Áurea Isabel Rodriguesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:43:20Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/2513Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:35.798108Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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