Controlo da intensidade de esforço em Indoor Cycling: frequência cardíaca ou percepção subjetiva de esforço?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lemos, Rui Jorge Canário Álvares de
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/6428
Resumo: Introdução: o Indoor Cycling é uma modalidade realizada em grupo, numa bicicleta estática, ritmada por música e coordenada por um professor. Sendo esta um alvo de muita procura em ginásios e health-clubs, é também alvo de muita preocupação, pois é uma atividade que pode atingir níveis de intensidades de esforço elevadas. Objetivo: o objetivo do presente estudo foi identificar qual o método de controlo de intensidade de esforço de uma aula de Indoor Cycling (IC), Perceção Subjetiva de Esforço (PSE) ou Frequência Cardíaca (FC), melhor se correlaciona com o Consumo de Oxigénio. Metodologia: Para o efeito, doze indivíduos do sexo masculino, experientes na prática de IC, com idades compreendidas entre os 22 e os 35 anos de idade (média±desvio padrão: 26,83±5,10) efetuaram 3 sessões de estudo, onde realizaram 3 aulas de 45 minutos de IC de forma randomizada. As aulas diferiram entre elas na forma de controlo da intensidade de esforço: i) controlo através do consumo de oxigénio (VO2) (SO); ii) controlo através da FC (SFC); controlo através da PSE (SPSE). Em todas as sessões foi medido o VO2 30 minutos antes, durante e 30 minutos após a realização do IC. Resultados: os valores de VO2 absoluto foi, significativamente (P=0,007; μp2 = 0,254); superior na SO em relação à SFC (2,33±0,27 L/Kg/min versus 2,10±0,29 L/Kg/min, respetivamente). Quanto ao VO2 relativo à massa corporal, os valores da SO foram significativamente superiores às duas outras sessões de estudo (30,09±3,18 ml/Kg/min, 25,49±1,84 ml/Kg/min e 27,12±3,14 ml/Kg/min, SO, SFC e SPSE, respectivamente). Em relação ao VO2 na recuperação foi observado, em todas as sessões, que este se mantinha superior aos valores de repouso, sem diferença significativa entre sessões. Foi observado um a correlação de 0,986 do VO2 na SPSE com a SO e de 0,977 entre a SFC e a SO, com significado estatístico (p<0,0001). Conclusão: Tendo como base os resultados do presente estudo, parece que ambas as formas indiretas de controlo da intensidade de esforço de uma aula de IC subavaliam o VO2. Contudo, são idênticas em relação ao VO2 medido durante o repouso. Em relação ao controlo da intensidade de esforço das aulas de IC sugerimos, em indivíduos com a experiência dos da amostra do presente estudo, o uso da PSE por ser de mais fácil controle e acessibilidade.
id RCAP_e1a259efdfb3b37b5d6a52ed3fd69034
oai_identifier_str oai:repositorio.utad.pt:10348/6428
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Controlo da intensidade de esforço em Indoor Cycling: frequência cardíaca ou percepção subjetiva de esforço?Bicicleta (estática)Frequência cardíacaTreinoConsumo de oxigénioPerceção subjetiva do esforçoIntrodução: o Indoor Cycling é uma modalidade realizada em grupo, numa bicicleta estática, ritmada por música e coordenada por um professor. Sendo esta um alvo de muita procura em ginásios e health-clubs, é também alvo de muita preocupação, pois é uma atividade que pode atingir níveis de intensidades de esforço elevadas. Objetivo: o objetivo do presente estudo foi identificar qual o método de controlo de intensidade de esforço de uma aula de Indoor Cycling (IC), Perceção Subjetiva de Esforço (PSE) ou Frequência Cardíaca (FC), melhor se correlaciona com o Consumo de Oxigénio. Metodologia: Para o efeito, doze indivíduos do sexo masculino, experientes na prática de IC, com idades compreendidas entre os 22 e os 35 anos de idade (média±desvio padrão: 26,83±5,10) efetuaram 3 sessões de estudo, onde realizaram 3 aulas de 45 minutos de IC de forma randomizada. As aulas diferiram entre elas na forma de controlo da intensidade de esforço: i) controlo através do consumo de oxigénio (VO2) (SO); ii) controlo através da FC (SFC); controlo através da PSE (SPSE). Em todas as sessões foi medido o VO2 30 minutos antes, durante e 30 minutos após a realização do IC. Resultados: os valores de VO2 absoluto foi, significativamente (P=0,007; μp2 = 0,254); superior na SO em relação à SFC (2,33±0,27 L/Kg/min versus 2,10±0,29 L/Kg/min, respetivamente). Quanto ao VO2 relativo à massa corporal, os valores da SO foram significativamente superiores às duas outras sessões de estudo (30,09±3,18 ml/Kg/min, 25,49±1,84 ml/Kg/min e 27,12±3,14 ml/Kg/min, SO, SFC e SPSE, respectivamente). Em relação ao VO2 na recuperação foi observado, em todas as sessões, que este se mantinha superior aos valores de repouso, sem diferença significativa entre sessões. Foi observado um a correlação de 0,986 do VO2 na SPSE com a SO e de 0,977 entre a SFC e a SO, com significado estatístico (p<0,0001). Conclusão: Tendo como base os resultados do presente estudo, parece que ambas as formas indiretas de controlo da intensidade de esforço de uma aula de IC subavaliam o VO2. Contudo, são idênticas em relação ao VO2 medido durante o repouso. Em relação ao controlo da intensidade de esforço das aulas de IC sugerimos, em indivíduos com a experiência dos da amostra do presente estudo, o uso da PSE por ser de mais fácil controle e acessibilidade.Introduction: Indoor Cycling is a gym activity performed in a group, in a static bike, rhythmic by music and coordinated by a teacher. This being a target of a lot of demand in gyms and health clubs, it is also the subject of much concern as it is an activity that can achieve high levels of effort intensities. Objective: the objective of this study was to identify the intensity control method effort of a class of Indoor Cycling (IC), Subjective Perception of Effort (SPE) or Heart Rate (HR), better correlates with oxygen consumption. Methodology: To this end, twelve individuals were male, experienced sex in the practice of IC, aged between 22 and 35 years of age (mean ± SD: 26.83 ± 5.10) effected three study sessions where held 3 lessons of 45 minutes IC randomly. The classes differ between them as exercise intensity control of: i) control by oxygen consumption (VO2) (SO); ii) control by HR (SHR); control by SPE (SSPE). In all sessions VO2 was measured 30 minutes before, during and 30 minutes after completion of the IC. Results: the absolute values of VO2 was significantly (P = 0.007; μp2 = 0.254); SO higher in relative to the SFC (2.33 ± 0.27 L / kg / min versus 2.10 ± 0.29 L / kg / min, respectively). As the VO2 on body mass, SO values were significantly superior to the other two study sessions (30.09 ± 3.18 ml / kg / min 25.49 ± 1.84 ml / kg / min and 27 12 ± 3.14 ml / kg / min, SO, SHR and SSPE, respectively). Regarding the VO2 recovery was observed in all sessions, this remained above the resting values, with no significant difference between sessions. It was observed a significant correlation, (p<0,0001), of 0,99 in the VO2 between SSPE and SO and of 0,97 between SHR and SO. Conclusion: Based on the results of this study, it appears that both indirect forms of exercise intensity control of an IC class underestimate the VO2. However, they are identical in relation to VO2 measured during rest. Regarding the control of the effort intensity of CI classes suggest, in individuals with the experience of the present study sample, the use of PSE to be easier to control and accessibility.2016-09-20T15:13:51Z2016-09-20T00:00:00Z2016-09-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/6428porLemos, Rui Jorge Canário Álvares deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:31:56Zoai:repositorio.utad.pt:10348/6428Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:00:44.977922Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Controlo da intensidade de esforço em Indoor Cycling: frequência cardíaca ou percepção subjetiva de esforço?
title Controlo da intensidade de esforço em Indoor Cycling: frequência cardíaca ou percepção subjetiva de esforço?
spellingShingle Controlo da intensidade de esforço em Indoor Cycling: frequência cardíaca ou percepção subjetiva de esforço?
Lemos, Rui Jorge Canário Álvares de
Bicicleta (estática)
Frequência cardíaca
Treino
Consumo de oxigénio
Perceção subjetiva do esforço
title_short Controlo da intensidade de esforço em Indoor Cycling: frequência cardíaca ou percepção subjetiva de esforço?
title_full Controlo da intensidade de esforço em Indoor Cycling: frequência cardíaca ou percepção subjetiva de esforço?
title_fullStr Controlo da intensidade de esforço em Indoor Cycling: frequência cardíaca ou percepção subjetiva de esforço?
title_full_unstemmed Controlo da intensidade de esforço em Indoor Cycling: frequência cardíaca ou percepção subjetiva de esforço?
title_sort Controlo da intensidade de esforço em Indoor Cycling: frequência cardíaca ou percepção subjetiva de esforço?
author Lemos, Rui Jorge Canário Álvares de
author_facet Lemos, Rui Jorge Canário Álvares de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Lemos, Rui Jorge Canário Álvares de
dc.subject.por.fl_str_mv Bicicleta (estática)
Frequência cardíaca
Treino
Consumo de oxigénio
Perceção subjetiva do esforço
topic Bicicleta (estática)
Frequência cardíaca
Treino
Consumo de oxigénio
Perceção subjetiva do esforço
description Introdução: o Indoor Cycling é uma modalidade realizada em grupo, numa bicicleta estática, ritmada por música e coordenada por um professor. Sendo esta um alvo de muita procura em ginásios e health-clubs, é também alvo de muita preocupação, pois é uma atividade que pode atingir níveis de intensidades de esforço elevadas. Objetivo: o objetivo do presente estudo foi identificar qual o método de controlo de intensidade de esforço de uma aula de Indoor Cycling (IC), Perceção Subjetiva de Esforço (PSE) ou Frequência Cardíaca (FC), melhor se correlaciona com o Consumo de Oxigénio. Metodologia: Para o efeito, doze indivíduos do sexo masculino, experientes na prática de IC, com idades compreendidas entre os 22 e os 35 anos de idade (média±desvio padrão: 26,83±5,10) efetuaram 3 sessões de estudo, onde realizaram 3 aulas de 45 minutos de IC de forma randomizada. As aulas diferiram entre elas na forma de controlo da intensidade de esforço: i) controlo através do consumo de oxigénio (VO2) (SO); ii) controlo através da FC (SFC); controlo através da PSE (SPSE). Em todas as sessões foi medido o VO2 30 minutos antes, durante e 30 minutos após a realização do IC. Resultados: os valores de VO2 absoluto foi, significativamente (P=0,007; μp2 = 0,254); superior na SO em relação à SFC (2,33±0,27 L/Kg/min versus 2,10±0,29 L/Kg/min, respetivamente). Quanto ao VO2 relativo à massa corporal, os valores da SO foram significativamente superiores às duas outras sessões de estudo (30,09±3,18 ml/Kg/min, 25,49±1,84 ml/Kg/min e 27,12±3,14 ml/Kg/min, SO, SFC e SPSE, respectivamente). Em relação ao VO2 na recuperação foi observado, em todas as sessões, que este se mantinha superior aos valores de repouso, sem diferença significativa entre sessões. Foi observado um a correlação de 0,986 do VO2 na SPSE com a SO e de 0,977 entre a SFC e a SO, com significado estatístico (p<0,0001). Conclusão: Tendo como base os resultados do presente estudo, parece que ambas as formas indiretas de controlo da intensidade de esforço de uma aula de IC subavaliam o VO2. Contudo, são idênticas em relação ao VO2 medido durante o repouso. Em relação ao controlo da intensidade de esforço das aulas de IC sugerimos, em indivíduos com a experiência dos da amostra do presente estudo, o uso da PSE por ser de mais fácil controle e acessibilidade.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-09-20T15:13:51Z
2016-09-20T00:00:00Z
2016-09-20
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10348/6428
url http://hdl.handle.net/10348/6428
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137091581378560