Estudo da claudicação em vacas leiteiras em explorações do Concelho de Mogadouro no modo de produção biológico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Joaquim Fernandes Pinto
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1279
Resumo: A claudicação é identificada como um dos principais problemas de saúde e de bem-estar nas vacas leiteiras, com reflexos na redução da produção e na rentabilidade das explorações. Este trabalho foi realizado em três explorações leiteiras em Modo de Produção Biológico, no concelho de Mogadouro entre abril e julho do ano 2012. Avaliouse a claudicação em 82 vacas leiteiras em fase de lactação em quatro momentos distintos, com periodicidade mensal. Para a classificação da claudicação recorreu-se à metodologia de Sprecher et al., (1997). Durante as visitas foram realizadas intervenções de manutenção das úngulas. Utilizou-se o programa estatístico SPSS (versão 20) e efetuou-se uma análise de correspondência simples para estudar a relação entre claudicação e três fatores: fase de lactação, número de lactação e exploração. Aquando da primeira visita 72 % dos animais não evidenciaram claudicação, tendo cerca de 17% demonstrado marcha irregular. Os animais claudicantes cifraram-se em 11%, tendo-se manifestado com grau de claudicação 4 cerca de 3,7% das vacas. O grau de claudicação foi mais elevado na primeira avaliação (11%), e diminuiu progressivamente até à última observação, em que apenas 2,4% dos animais se mantinham claudicantes. A exploração B não evidenciou vacas com elevada dificuldade de locomoção (4), e no conjunto das 3 explorações os níveis de claudicação são reduzidos, atingindo no máximo cerca de 10% do efetivo em produção. A exploração C revelou níveis mais elevados de claudicação (14%), correspondendo simultaneamente à exploração com maior produção de leite. A incidência de claudicação foi reduzida, oscilando entre 1,2 e 3,7%, enquanto a prevalência apresentou o valor máximo em abril (11 %), tendo diminuído no mês seguinte e estabilizado em junho e julho em 1,2%. Não existe relação de dependência entre fase de lactação, número de lactação e exploração relativamente à claudicação. O MPB, que privilegia o recurso ao pastoreio, às camas em palha e à utilização de menor quantidade de concentrados, assim como a maior periodicidade do corte funcional das úngulas, poderá justificar em parte os valores reduzidos de claudicação observados neste trabalho.
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Utilizou-se o programa estatístico SPSS (versão 20) e efetuou-se uma análise de correspondência simples para estudar a relação entre claudicação e três fatores: fase de lactação, número de lactação e exploração. Aquando da primeira visita 72 % dos animais não evidenciaram claudicação, tendo cerca de 17% demonstrado marcha irregular. Os animais claudicantes cifraram-se em 11%, tendo-se manifestado com grau de claudicação 4 cerca de 3,7% das vacas. O grau de claudicação foi mais elevado na primeira avaliação (11%), e diminuiu progressivamente até à última observação, em que apenas 2,4% dos animais se mantinham claudicantes. A exploração B não evidenciou vacas com elevada dificuldade de locomoção (4), e no conjunto das 3 explorações os níveis de claudicação são reduzidos, atingindo no máximo cerca de 10% do efetivo em produção. A exploração C revelou níveis mais elevados de claudicação (14%), correspondendo simultaneamente à exploração com maior produção de leite. A incidência de claudicação foi reduzida, oscilando entre 1,2 e 3,7%, enquanto a prevalência apresentou o valor máximo em abril (11 %), tendo diminuído no mês seguinte e estabilizado em junho e julho em 1,2%. Não existe relação de dependência entre fase de lactação, número de lactação e exploração relativamente à claudicação. O MPB, que privilegia o recurso ao pastoreio, às camas em palha e à utilização de menor quantidade de concentrados, assim como a maior periodicidade do corte funcional das úngulas, poderá justificar em parte os valores reduzidos de claudicação observados neste trabalho.Lameness is one of the major health and well-being problems in dairy cows, which results in a lower production and profitability of the farms. This study was done in Mogadouro between April and June 2012 in three dairy farms working under an Organic Production System. The lameness of 82 lactating dairy cows was evaluated in four distinct periods, monthly based. To classify lameness we used Sprecher et al., (1997) methodology. During the visits we performed maintenance on the hoof. The statistics SPSS programme (version 20) was used and a simple correspondence analysis was made to study the relationship between the lameness and three factors: lactation, number of lactation and the farm. At the first visit 72% of the animals showed no lameness and about 17% demonstrated irregular gait. Lameness was detected on 11% of the animals and 3,7% of the cows had level 4 lameness. The degree of lameness was higher at the first assessment (11%), and decreased progressively until the last observation, where only 2,4% of the animals showed signs of lameness. The cows in farm B didn’t show major mobility difficulties (4), and in all three farms, the lameness levels were low, reaching a maximum of about 10% of the active. Farm C showed higher levels of lameness (14%), simultaneously corresponding to the largest milk yield farm. The incidence of lameness was lowered, ranging between 1,2% and 3,7%, while the prevalence had its maximum value in April (11%) and decreased in the following month and stabilized in June and July at 1,2%. In terms of lameness, there is no dependency relationship between the stage of lactation, the number of lactation and the farm. The OPS, which privileges the use of grazing, to the beds of straw and the use of smaller amount of concentrates, as well as the increased periodicity in the functional cutting of hooves, may partially justify the reduced lameness values observed in this study.2015-03-11T14:48:38Z2013-06-18T00:00:00Z2013-06-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/1279porTeixeira, Joaquim Fernandes Pintoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:36:59Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1279Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:43:37.128293Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description A claudicação é identificada como um dos principais problemas de saúde e de bem-estar nas vacas leiteiras, com reflexos na redução da produção e na rentabilidade das explorações. Este trabalho foi realizado em três explorações leiteiras em Modo de Produção Biológico, no concelho de Mogadouro entre abril e julho do ano 2012. Avaliouse a claudicação em 82 vacas leiteiras em fase de lactação em quatro momentos distintos, com periodicidade mensal. Para a classificação da claudicação recorreu-se à metodologia de Sprecher et al., (1997). Durante as visitas foram realizadas intervenções de manutenção das úngulas. Utilizou-se o programa estatístico SPSS (versão 20) e efetuou-se uma análise de correspondência simples para estudar a relação entre claudicação e três fatores: fase de lactação, número de lactação e exploração. Aquando da primeira visita 72 % dos animais não evidenciaram claudicação, tendo cerca de 17% demonstrado marcha irregular. Os animais claudicantes cifraram-se em 11%, tendo-se manifestado com grau de claudicação 4 cerca de 3,7% das vacas. O grau de claudicação foi mais elevado na primeira avaliação (11%), e diminuiu progressivamente até à última observação, em que apenas 2,4% dos animais se mantinham claudicantes. A exploração B não evidenciou vacas com elevada dificuldade de locomoção (4), e no conjunto das 3 explorações os níveis de claudicação são reduzidos, atingindo no máximo cerca de 10% do efetivo em produção. A exploração C revelou níveis mais elevados de claudicação (14%), correspondendo simultaneamente à exploração com maior produção de leite. A incidência de claudicação foi reduzida, oscilando entre 1,2 e 3,7%, enquanto a prevalência apresentou o valor máximo em abril (11 %), tendo diminuído no mês seguinte e estabilizado em junho e julho em 1,2%. Não existe relação de dependência entre fase de lactação, número de lactação e exploração relativamente à claudicação. O MPB, que privilegia o recurso ao pastoreio, às camas em palha e à utilização de menor quantidade de concentrados, assim como a maior periodicidade do corte funcional das úngulas, poderá justificar em parte os valores reduzidos de claudicação observados neste trabalho.
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