Malformações congénitas pulmonares – um diagnóstico a não esquecer!

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Fátima
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Fernandes, Pedro, Castelo, Rui, Henriques, Raquel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2013.2876
Resumo: As malformações pulmonares são raras, podendo manter-se assintomáticas ou apresentarem sintomas respiratórios pósnatais imediatos ou tardios1-4. As ecografias pré-natais têm permitido um diagnóstico mais precoce. No período pós natal a tomografia computorizada (TC) torácica é o exame diagnóstico de eleição1,2,4. Pelo risco de complicações, a resseção é aconselhada e, em alguns casos o diagnóstico definitivo, só é possível após estudo histopatológico1-5. Recém-nascida de 31 semanas de gestação com ecografias pré-natais normais. Cesariana emergente por sofrimento fetal com índice de Apgar 9/10/10. Por dificuldade respiratória foi iniciada ventilação não invasiva na primeira hora de vida. Agravamento respiratório com 26 horas de vida em consequência de pneumotórax, sendo necessária drenagem e ventilação invasiva. Melhoria progressiva, ficando em respiração espontânea ao quarto dia de vida. Passadas 48 horas, efetuou--se controlo radiológico, identificando-se imagem ovaloide e supra-diafragmática, não observada nas radiografias anteriores (Figura 1). Realizou-se TC torácica:“hipótese de brônquio aberrante, não sendo possível excluir malformação adenomatoide quística”(Figuras 2 e 3). Aguarda lobectomia inferior esquerda e estudo histológico para confirmação diagnóstica. Apesar da lesão ser congénita, tornou-se aparente apenas ao sexto dia, podendo questionar-se o papel da ventilação invasiva na sua exacerbação. Não fosse aquele achado radiológico, esta lesão poder-se-ia manter assintomática ou manifestar-se posteriormente por patologia respiratória.
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