Dismorfia muscular, uma patologia que afeta os fisiculturistas portuguesas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Marcelo Victor Rodrigues do
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/2756
Resumo: Objetivo: descrever se há indícios de dismorfia muscular (DM) entre os fisiculturistas portugueses e o grau de severidade dos mesmos; se é adequado dizer que os fisiculturistas possuem maior probabilidade de desenvolver tal patologia do que os atletas dos demais desportos, tendo por base os halterofilistas portugueses; e, se existe relação entre os indícios de DM e o grau de satisfação com a imagem corporal (IC). Métodos: estudo observacional, transversal e de carácter descritivo, aplicado em uma amostra composta por 94 fisiculturistas e 32 halterofilistas, através dos seguintes instrumentos: (1) questionário sociodemográfico; (2) questionário para identificar a propensão à DM, com score específico para cada sintoma; e (3) escala de silhuetas, para verificar a perceção da IC, mediante a comparação entre as imagens indicadas como atuais e as imagens indicadas como ideais. Resultados: 61% dos fisiculturistas masculinos e 50% das fisiculturistas femininas apresentaram graves indícios de DM; os fisiculturistas apresentaram uma tendência consideravelmente maior de desenvolver DM do que os halterofilistas; não houve relação estatisticamente significativa entre o grau de satisfação da IC e os graves indícios de DM. Conclusão: Grande parte dos fisiculturistas portugueses, masculinos e femininas, apresentam graves indícios de DM, com percentuais significativamente maiores do que os halterofilistas, sendo pouco provável que sejam superados na escala de propensão à DM por atletas de quaisquer outras modalidades, pois, além de serem os únicos que possuem a estética corporal como única finalidade, tais atletas preenchem todos os critérios diagnósticos da doença, os quais, quando combinados, lhes conferem maior pontuação na escala de propensão à DM. Não houve relação direta entre os graves indícios de DM e o grau de satisfação com a IC.
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