Logradouros do Montepio Geral: heranças e contextos na Avenida Alferes Malheiro e na estrutura verde do Bairro de Alvalade (1940-1970)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/18350 |
Resumo: | A construção do Bairro de Alvalade entre 1945 e 1970 gerou importante património arquitetónico e urbanístico, testemunho da transição entre a arquitetura do Estado Novo e a arquitetura influenciada pelo Movimento Moderno. Este período, coincidiu com a afirmação profissional e social da arquitetura paisagista em Portugal e ao início da atividade dos primeiros arquitetos paisagistas na Câmara Municipal de Lisboa, da qual resultou intensa atividade projetual segundo a matriz doutrinal de Francisco Caldeira Cabral, de cariz artística, aberta e promotora da dialética interdisciplinar e profundamente ecológica. Desta conjugação, resultaram espaços urbanos tipologicamente diferentes, entre os quais, os decorrentes da abertura dos logradouros a uma nova lógica de lazer, tornando o Bairro de Alvalade um estudo de caso, por excelência, para a investigação da relação interdisciplinar entre a arquitetura e a arquitetura paisagista em Portugal. No contexto desta relação, a arborização dos arruamentos e o ajardinamento dos logradouros, assentes sobre o Plano de Urbanização da Zona a Sul da Avenida Alferes Malheiro e dos planos que se seguiram, permitiu construir uma estrutura verde consistente e com importância para a cidade. A Avenida Alferes Malheiro, atual Avenida do Brasil, constitui um caso particular dentro do Bairro de Alvalade por refletir uma intensa e complementar sucessão de projetos de arquitetura e de arquitetura paisagista, em particular, entre as décadas de 1950 e 1970, cuja concretização foi decisiva na implementação do Corredor Verde Central da Cidade de Lisboa. Na perspetiva do estudo da dialética projetual entre a arquitetura e a arquitetura paisagista, observam-se os Logradouros do Montepio Geral no contexto dos logradouros do Bairro de Alvalade marcados pelo Movimento Moderno, depois das experiências nos conjuntos habitacionais da Avenida Dom Rodrigo da Cunha, do Bairro das Estacas e da Avenida dos Estados Unidos da América, que constituem, no seu conjunto, ponto de charneira para com os logradouros da arquitetura do Estado Novo, onde, até então, a organização funcional marcada por reflexos de ruralidade restringia as valências para o lazer. |
id |
RCAP_e22ce13749c7651fa546a38d94dfe30a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/18350 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Logradouros do Montepio Geral: heranças e contextos na Avenida Alferes Malheiro e na estrutura verde do Bairro de Alvalade (1940-1970)Bairro de AlvaladeAvenida do BrasilArquitetura e Arquitetura PaisagistaEspaço urbanoEstrutura verdeA construção do Bairro de Alvalade entre 1945 e 1970 gerou importante património arquitetónico e urbanístico, testemunho da transição entre a arquitetura do Estado Novo e a arquitetura influenciada pelo Movimento Moderno. Este período, coincidiu com a afirmação profissional e social da arquitetura paisagista em Portugal e ao início da atividade dos primeiros arquitetos paisagistas na Câmara Municipal de Lisboa, da qual resultou intensa atividade projetual segundo a matriz doutrinal de Francisco Caldeira Cabral, de cariz artística, aberta e promotora da dialética interdisciplinar e profundamente ecológica. Desta conjugação, resultaram espaços urbanos tipologicamente diferentes, entre os quais, os decorrentes da abertura dos logradouros a uma nova lógica de lazer, tornando o Bairro de Alvalade um estudo de caso, por excelência, para a investigação da relação interdisciplinar entre a arquitetura e a arquitetura paisagista em Portugal. No contexto desta relação, a arborização dos arruamentos e o ajardinamento dos logradouros, assentes sobre o Plano de Urbanização da Zona a Sul da Avenida Alferes Malheiro e dos planos que se seguiram, permitiu construir uma estrutura verde consistente e com importância para a cidade. A Avenida Alferes Malheiro, atual Avenida do Brasil, constitui um caso particular dentro do Bairro de Alvalade por refletir uma intensa e complementar sucessão de projetos de arquitetura e de arquitetura paisagista, em particular, entre as décadas de 1950 e 1970, cuja concretização foi decisiva na implementação do Corredor Verde Central da Cidade de Lisboa. Na perspetiva do estudo da dialética projetual entre a arquitetura e a arquitetura paisagista, observam-se os Logradouros do Montepio Geral no contexto dos logradouros do Bairro de Alvalade marcados pelo Movimento Moderno, depois das experiências nos conjuntos habitacionais da Avenida Dom Rodrigo da Cunha, do Bairro das Estacas e da Avenida dos Estados Unidos da América, que constituem, no seu conjunto, ponto de charneira para com os logradouros da arquitetura do Estado Novo, onde, até então, a organização funcional marcada por reflexos de ruralidade restringia as valências para o lazer.DINAMIA'CET-IUL2019-07-03T11:53:05Z2019-01-01T00:00:00Z20192020-04-30T11:39:09Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/18350por1645-063910.15847/citiescommunitiesterritories.jun2019.038.art04Neves, J. R.Pinto, P. T.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:40:59Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/18350Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:19:00.454124Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Logradouros do Montepio Geral: heranças e contextos na Avenida Alferes Malheiro e na estrutura verde do Bairro de Alvalade (1940-1970) |
title |
Logradouros do Montepio Geral: heranças e contextos na Avenida Alferes Malheiro e na estrutura verde do Bairro de Alvalade (1940-1970) |
spellingShingle |
Logradouros do Montepio Geral: heranças e contextos na Avenida Alferes Malheiro e na estrutura verde do Bairro de Alvalade (1940-1970) Neves, J. R. Bairro de Alvalade Avenida do Brasil Arquitetura e Arquitetura Paisagista Espaço urbano Estrutura verde |
title_short |
Logradouros do Montepio Geral: heranças e contextos na Avenida Alferes Malheiro e na estrutura verde do Bairro de Alvalade (1940-1970) |
title_full |
Logradouros do Montepio Geral: heranças e contextos na Avenida Alferes Malheiro e na estrutura verde do Bairro de Alvalade (1940-1970) |
title_fullStr |
Logradouros do Montepio Geral: heranças e contextos na Avenida Alferes Malheiro e na estrutura verde do Bairro de Alvalade (1940-1970) |
title_full_unstemmed |
Logradouros do Montepio Geral: heranças e contextos na Avenida Alferes Malheiro e na estrutura verde do Bairro de Alvalade (1940-1970) |
title_sort |
Logradouros do Montepio Geral: heranças e contextos na Avenida Alferes Malheiro e na estrutura verde do Bairro de Alvalade (1940-1970) |
author |
Neves, J. R. |
author_facet |
Neves, J. R. Pinto, P. T. |
author_role |
author |
author2 |
Pinto, P. T. |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Neves, J. R. Pinto, P. T. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Bairro de Alvalade Avenida do Brasil Arquitetura e Arquitetura Paisagista Espaço urbano Estrutura verde |
topic |
Bairro de Alvalade Avenida do Brasil Arquitetura e Arquitetura Paisagista Espaço urbano Estrutura verde |
description |
A construção do Bairro de Alvalade entre 1945 e 1970 gerou importante património arquitetónico e urbanístico, testemunho da transição entre a arquitetura do Estado Novo e a arquitetura influenciada pelo Movimento Moderno. Este período, coincidiu com a afirmação profissional e social da arquitetura paisagista em Portugal e ao início da atividade dos primeiros arquitetos paisagistas na Câmara Municipal de Lisboa, da qual resultou intensa atividade projetual segundo a matriz doutrinal de Francisco Caldeira Cabral, de cariz artística, aberta e promotora da dialética interdisciplinar e profundamente ecológica. Desta conjugação, resultaram espaços urbanos tipologicamente diferentes, entre os quais, os decorrentes da abertura dos logradouros a uma nova lógica de lazer, tornando o Bairro de Alvalade um estudo de caso, por excelência, para a investigação da relação interdisciplinar entre a arquitetura e a arquitetura paisagista em Portugal. No contexto desta relação, a arborização dos arruamentos e o ajardinamento dos logradouros, assentes sobre o Plano de Urbanização da Zona a Sul da Avenida Alferes Malheiro e dos planos que se seguiram, permitiu construir uma estrutura verde consistente e com importância para a cidade. A Avenida Alferes Malheiro, atual Avenida do Brasil, constitui um caso particular dentro do Bairro de Alvalade por refletir uma intensa e complementar sucessão de projetos de arquitetura e de arquitetura paisagista, em particular, entre as décadas de 1950 e 1970, cuja concretização foi decisiva na implementação do Corredor Verde Central da Cidade de Lisboa. Na perspetiva do estudo da dialética projetual entre a arquitetura e a arquitetura paisagista, observam-se os Logradouros do Montepio Geral no contexto dos logradouros do Bairro de Alvalade marcados pelo Movimento Moderno, depois das experiências nos conjuntos habitacionais da Avenida Dom Rodrigo da Cunha, do Bairro das Estacas e da Avenida dos Estados Unidos da América, que constituem, no seu conjunto, ponto de charneira para com os logradouros da arquitetura do Estado Novo, onde, até então, a organização funcional marcada por reflexos de ruralidade restringia as valências para o lazer. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-07-03T11:53:05Z 2019-01-01T00:00:00Z 2019 2020-04-30T11:39:09Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10071/18350 |
url |
http://hdl.handle.net/10071/18350 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
1645-0639 10.15847/citiescommunitiesterritories.jun2019.038.art04 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
DINAMIA'CET-IUL |
publisher.none.fl_str_mv |
DINAMIA'CET-IUL |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134749701177344 |