Serão as fraturas bimaleolares e equivalentes bimaleolares semelhantes?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinheiro,Luís
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Amaral,Pedro, Aguiar,Thiago, Soares,Luís, Soares,Renato, Carneiro,Fernando, Simões,Carvalho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222012000200008
Resumo: O tipo mais comum de lesão do tornozelo é a supinação-rotação externa (SER-4) que resulta em fratura distal do peróneo seguida de lesão interna que pode ser fratura do maléolo interno ou lesão do ligamento deltoide. Foi realizado um estudo caso-controlo, retrospectivo, em que foram incluídos doentes com fraturas do tornozelo SER-4 operados no nosso Serviço entre junho de 1998 e junho de 2008 - 220 doentes: 141 com fraturas bimaleolares e 79 com fraturas equivalentes bimaleolares. Através de consulta dos processos clínicos foi feito o enquadramento epidemiológico dos doentes. Foram colhidas duas amostras aleatórias de 30 doentes com fraturas bimaleolares e 30 doentes com fraturas equivalentes bimaleolares para avaliação clínica e radiográfica em consulta externa, com tempo de seguimento médio de 5 anos. Todos os dados foram registados e comparados. Encontrámos diferenças estatisticamente signifi cativas entre os dois grupos na idade média e presença de comorbilidade. Encontrámos também uma prevalência superior de fraturas bimaleolares nas mulheres, embora esta diferença não tenha sido estatisiticamente significativa. Quanto à avaliação clínica e radiográfica encontrámos resultados significativamente melhores nos doentes com fraturas equivalentes bimaleolares. Verificámos ainda uma percentagem ligeiramente superior de complicações e necessidade de extração de material por intolerância nos doentes com fraturas bimaleolares, apesar desta diferença não ser estatisticamente significativa. Os resultados funcionais e radiográficos a médio/longo prazo nas fraturas do tornozelo parecem ser dependentes do tipo de lesão na região interna e da idade, do género e da presença de comorbilidades.
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