Avaliação da suscetibilidade a movimentos de vertente na Ilha de Porto Santo (Madeira, Portugal)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/46216 |
Resumo: | Este estudo pretende avaliar a suscetibilidade a movimentos de massa em vertente (MMV) e movimentos de massa em ravina (MMR) na ilha do Porto Santo, Arquipélago da Madeira. Para tal, realizou-se um inventário destes movimentos de massa (MM), através da fotointerpretação de imagens de satélite de diferentes datas. Identificaram-se 1563 MM, individualizados nos seguintes tipos: deslizamentos superficiais (221); deslizamentos profundos (6); escoadas de detritos (23) e MMR (1313). Com o objetivo de aprofundar o conhecimento acerca dos MMR, estes foram subdivididos de acordo com a posição que ocupam no contexto das ravinas: MMR Cabeceiras (401), MMR Paredes 1 (600), MMR Paredes 2 (300) e individualizou-se os MMR que correspondem a sistemas complexos (12). A avaliação da suscetibilidade foi realizada através do Valor Informativo. A capacidade preditiva dos modelos, através das curvas ROC, Áreas Abaixo da Curva e do Effectiveness Ratio, e avaliada a concordância espacial dos mapas de suscetibilidade. As variáveis independentes usadas foram: declive, exposição das vertentes, litologia, uso e ocupação do solo, tipo de solo, distância às linhas de água, perfil longitudinal e transversal das vertentes. Elaboraram-se sete modelos, quatro individualmente, para os deslizamentos superficiais (DS), MMR Cabeceiras, MMR P1 e MMR P2 e três através da combinação dos modelos, MMR P1 e P2, MMR Cabeceiras, P1 e P2, e um modelo que integra todos os MMR (MMR Total). Quanto aos fatores de predisposição existe uma clara distinção entre os mais relevantes para a ocorrência de DS e de MMR. A maior diferença é a não dependência da proximidade dos DS às linhas de água, um dos fatores mais relevantes para os MMR. Os fatores que influenciam os MMR apresentarem um elevado grau de similaridade, mas identificaram-se características dos terrenos que favorecem a sua distribuição no território. A distância às linhas de água é menos relevante nos MMR Cabeceira, por comparação com os MMR P1 e P2, pois os primeiros surgem frequentemente associados à evolução por retrogressão das ravinas, o que não implica a existência de linhas de águas a montante. Os MMR P2 são os únicos com uma forte propensão com declives muito acentuados, e as classes litológicas e tipos de solo localizados frequentemente na base das vertentes. Os modelos com a melhor capacidade preditiva são os DS e os MMR P2. No entanto, os modelos têm uma capacidade preditiva semelhante, que melhora quando a suscetibilidade é avaliada por tipo de MM. A concordância espacial é elevada. |
id |
RCAP_e256a3ece167276ef192314af82d7d0f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ul.pt:10451/46216 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Avaliação da suscetibilidade a movimentos de vertente na Ilha de Porto Santo (Madeira, Portugal)e pela DoutoraMovimentos de massa em vertenteMovimentos de massa em ravinaValor InformativoSuscetibilidadePorto SantoGeografia FísicaOrdenamento do TerritórioEste estudo pretende avaliar a suscetibilidade a movimentos de massa em vertente (MMV) e movimentos de massa em ravina (MMR) na ilha do Porto Santo, Arquipélago da Madeira. Para tal, realizou-se um inventário destes movimentos de massa (MM), através da fotointerpretação de imagens de satélite de diferentes datas. Identificaram-se 1563 MM, individualizados nos seguintes tipos: deslizamentos superficiais (221); deslizamentos profundos (6); escoadas de detritos (23) e MMR (1313). Com o objetivo de aprofundar o conhecimento acerca dos MMR, estes foram subdivididos de acordo com a posição que ocupam no contexto das ravinas: MMR Cabeceiras (401), MMR Paredes 1 (600), MMR Paredes 2 (300) e individualizou-se os MMR que correspondem a sistemas complexos (12). A avaliação da suscetibilidade foi realizada através do Valor Informativo. A capacidade preditiva dos modelos, através das curvas ROC, Áreas Abaixo da Curva e do Effectiveness Ratio, e avaliada a concordância espacial dos mapas de suscetibilidade. As variáveis independentes usadas foram: declive, exposição das vertentes, litologia, uso e ocupação do solo, tipo de solo, distância às linhas de água, perfil longitudinal e transversal das vertentes. Elaboraram-se sete modelos, quatro individualmente, para os deslizamentos superficiais (DS), MMR Cabeceiras, MMR P1 e MMR P2 e três através da combinação dos modelos, MMR P1 e P2, MMR Cabeceiras, P1 e P2, e um modelo que integra todos os MMR (MMR Total). Quanto aos fatores de predisposição existe uma clara distinção entre os mais relevantes para a ocorrência de DS e de MMR. A maior diferença é a não dependência da proximidade dos DS às linhas de água, um dos fatores mais relevantes para os MMR. Os fatores que influenciam os MMR apresentarem um elevado grau de similaridade, mas identificaram-se características dos terrenos que favorecem a sua distribuição no território. A distância às linhas de água é menos relevante nos MMR Cabeceira, por comparação com os MMR P1 e P2, pois os primeiros surgem frequentemente associados à evolução por retrogressão das ravinas, o que não implica a existência de linhas de águas a montante. Os MMR P2 são os únicos com uma forte propensão com declives muito acentuados, e as classes litológicas e tipos de solo localizados frequentemente na base das vertentes. Os modelos com a melhor capacidade preditiva são os DS e os MMR P2. No entanto, os modelos têm uma capacidade preditiva semelhante, que melhora quando a suscetibilidade é avaliada por tipo de MM. A concordância espacial é elevada.This study aims to assess the susceptibility to slope mass movements (SMM) and fluvio-mass-movements (FMM) on the island of Porto Santo, located in the Archipelago of Madeira. To this end, an inventory of these types of mass movements was created, through the photointerpretation of satellite images from different dates. A total of 1563 movements were identified, categorized by the following types: superficial slides (221 cases); deep slides (6 cases); debris flows (23 cases) and FMM (1313 cases). Further the FMM were subdivided according to their position in the gully’s context: FMM Head (401 cases), FMM Walls 1, (600 cases), FMM Walls 2 (300 cases), and individualized 12 FMM complex systems (12 cases). The susceptibility assessment to the different types of mass movements was carried out using the Information Value (IV) method, followed by an evaluation of the predictive capacity and spatial agreement of the susceptibility maps, through the ROC (Receiver Operating Characteristic) curves, the Area Under the Curve (AUC), the Effectiveness Ratio and the definition of the spatial agreement between susceptibility maps. The independent variables used were the slope angle, the slope aspect, the lithology, the land use, the soil type, the distance to water lines, the longitudinal slope profile and the transversal slope profile. Seven susceptibility models were created, four individually, for the superficial slides (Sslides), FMM Head; FMM Walls 1; and FMM Walls 2, and three for the combination of the FMM Walls 1 and Walls 2; FMM Head, Walls 1 and Walls 2; and a model that integrates all FMM (FMM Total). In the present study it was possible to observe that there is a clear distinction between the most relevant predisposing factors for the occurrence of superficial slides and those that favor the occurrence of the fluvio-mass-movements. The highest difference, as expected, is the non-dependence on the proximity of the water lines for the Sslides, being instead one of the most relevant factors for all the FMM. Regarding the high degree of similarity between the FMM susceptibility models, it was possible to identify some particular terrain characteristics that control the distribution of the different types of FMM on the study area. The distance to the water lines is slightly less relevant in the FMM Head, in comparison with the FMM P1 and P2, as the former frequently appears associated with the evolution by retrogression of the ravines which does not necessarily imply the existence of an upstream water line. The FMM P2, is the only type of mass movements that have a strong propensity to occur associated to steep slope classes ranging from 30 to 45 °. This model is also the only one that has a strong relationship with the class “Beach, river, slope and paleosol and sandstone deposits”, and with the land use class “Inert extraction areas, waste deposition areas and construction sites”, often located at the base of the slopes.The models that reveal a better predictive capacity are the Sslides and FMM P2 susceptibility models. Nevertheless, in general, all susceptibility models have a very similar predictive capacity, which slightly improves when the susceptibility is assessed using individual types of mass movements. The spatial agreement between the different MMR susceptibility maps proves to be high.Oliveira, Sérgio Manuel Cruz deMelo, Raquel Susana dos Reis Alcântara deRepositório da Universidade de LisboaCouchinho, Rúben André Cavalheiro2021-02-08T10:32:01Z2021-01-272021-01-27T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/46216TID:202619559porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:48:26Zoai:repositorio.ul.pt:10451/46216Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:58:28.415007Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Avaliação da suscetibilidade a movimentos de vertente na Ilha de Porto Santo (Madeira, Portugal) e pela Doutora |
title |
Avaliação da suscetibilidade a movimentos de vertente na Ilha de Porto Santo (Madeira, Portugal) |
spellingShingle |
Avaliação da suscetibilidade a movimentos de vertente na Ilha de Porto Santo (Madeira, Portugal) Couchinho, Rúben André Cavalheiro Movimentos de massa em vertente Movimentos de massa em ravina Valor Informativo Suscetibilidade Porto Santo Geografia Física Ordenamento do Território |
title_short |
Avaliação da suscetibilidade a movimentos de vertente na Ilha de Porto Santo (Madeira, Portugal) |
title_full |
Avaliação da suscetibilidade a movimentos de vertente na Ilha de Porto Santo (Madeira, Portugal) |
title_fullStr |
Avaliação da suscetibilidade a movimentos de vertente na Ilha de Porto Santo (Madeira, Portugal) |
title_full_unstemmed |
Avaliação da suscetibilidade a movimentos de vertente na Ilha de Porto Santo (Madeira, Portugal) |
title_sort |
Avaliação da suscetibilidade a movimentos de vertente na Ilha de Porto Santo (Madeira, Portugal) |
author |
Couchinho, Rúben André Cavalheiro |
author_facet |
Couchinho, Rúben André Cavalheiro |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Oliveira, Sérgio Manuel Cruz de Melo, Raquel Susana dos Reis Alcântara de Repositório da Universidade de Lisboa |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Couchinho, Rúben André Cavalheiro |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Movimentos de massa em vertente Movimentos de massa em ravina Valor Informativo Suscetibilidade Porto Santo Geografia Física Ordenamento do Território |
topic |
Movimentos de massa em vertente Movimentos de massa em ravina Valor Informativo Suscetibilidade Porto Santo Geografia Física Ordenamento do Território |
description |
Este estudo pretende avaliar a suscetibilidade a movimentos de massa em vertente (MMV) e movimentos de massa em ravina (MMR) na ilha do Porto Santo, Arquipélago da Madeira. Para tal, realizou-se um inventário destes movimentos de massa (MM), através da fotointerpretação de imagens de satélite de diferentes datas. Identificaram-se 1563 MM, individualizados nos seguintes tipos: deslizamentos superficiais (221); deslizamentos profundos (6); escoadas de detritos (23) e MMR (1313). Com o objetivo de aprofundar o conhecimento acerca dos MMR, estes foram subdivididos de acordo com a posição que ocupam no contexto das ravinas: MMR Cabeceiras (401), MMR Paredes 1 (600), MMR Paredes 2 (300) e individualizou-se os MMR que correspondem a sistemas complexos (12). A avaliação da suscetibilidade foi realizada através do Valor Informativo. A capacidade preditiva dos modelos, através das curvas ROC, Áreas Abaixo da Curva e do Effectiveness Ratio, e avaliada a concordância espacial dos mapas de suscetibilidade. As variáveis independentes usadas foram: declive, exposição das vertentes, litologia, uso e ocupação do solo, tipo de solo, distância às linhas de água, perfil longitudinal e transversal das vertentes. Elaboraram-se sete modelos, quatro individualmente, para os deslizamentos superficiais (DS), MMR Cabeceiras, MMR P1 e MMR P2 e três através da combinação dos modelos, MMR P1 e P2, MMR Cabeceiras, P1 e P2, e um modelo que integra todos os MMR (MMR Total). Quanto aos fatores de predisposição existe uma clara distinção entre os mais relevantes para a ocorrência de DS e de MMR. A maior diferença é a não dependência da proximidade dos DS às linhas de água, um dos fatores mais relevantes para os MMR. Os fatores que influenciam os MMR apresentarem um elevado grau de similaridade, mas identificaram-se características dos terrenos que favorecem a sua distribuição no território. A distância às linhas de água é menos relevante nos MMR Cabeceira, por comparação com os MMR P1 e P2, pois os primeiros surgem frequentemente associados à evolução por retrogressão das ravinas, o que não implica a existência de linhas de águas a montante. Os MMR P2 são os únicos com uma forte propensão com declives muito acentuados, e as classes litológicas e tipos de solo localizados frequentemente na base das vertentes. Os modelos com a melhor capacidade preditiva são os DS e os MMR P2. No entanto, os modelos têm uma capacidade preditiva semelhante, que melhora quando a suscetibilidade é avaliada por tipo de MM. A concordância espacial é elevada. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-02-08T10:32:01Z 2021-01-27 2021-01-27T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10451/46216 TID:202619559 |
url |
http://hdl.handle.net/10451/46216 |
identifier_str_mv |
TID:202619559 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134530823520256 |