Arquitectura e música: do sensorial à realização do espaço
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/2144 |
Resumo: | A afirmação“ arquitetura é música congelada”1 teve um dia a seguinte resposta “ Sim, mas a música não é Arquitetura derretida”2. Quaisquer que sejam as ligações entre estas duas grandes Artes, ambas existem no tempo. As notas musicais só se tornam uma sinfonia quando são executadas, um edifício só se torna arquitetura quando lhe damos vivência. O tema surge como uma interação da música e da arquitetura num espectro alongado entre o lugar e o som, como definidores de um espaço, cujas sequências lineares formam transposições entre a arquitetura como instrumento, e instrumento como arquitetura. As especulações sobre a relação entre a música e a arquitetura encontram-se em dois níveis: o intelectual e o fenomenológico. A primeira interpretação está ligada aos problemas de forma e estrutura. O paradigma mais elaborado é a “Teoria das proporções harmónicas” Esta síntese de racionalismo e metafísica é conhecida através de numerosos compositores e arquitetos que tentaram moldar a música e a forma arquitetónica com os mesmos princípios numéricos. Na segunda interpretação, originária do relativismo estético visa a qualidade expressiva da Arte. Aqui a beleza não surge da estrutura intrínseca, mas sim do seu efeito estético e poder imersivo. Neste contexto a música e a arquitetura diferem das obras de arte pela sua capacidade de rodear o Homem inteiramente e pelo facto de ambas lidarem com o espaço. A relação que estas criam assume diferentes abordagens em termos de conceitos, soluções estruturais e acústicas, materialidade, forma e a própria função que flui as duas áreas como uma só. Pretende-se analisar os aspetos sensoriais entre a música e a arquitetura que levam à concretização do espaço em todos os seus configurações funcionais e técnicos, propondo uma análise entre edifícios existentes que estabelecem paralelismos e distinções e uma nova proposta que integre a analogia mencionada. |
id |
RCAP_e2a09784ff991da2649d954142e2a789 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/2144 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Arquitectura e música: do sensorial à realização do espaçoTeoria das proporções harmónicasA afirmação“ arquitetura é música congelada”1 teve um dia a seguinte resposta “ Sim, mas a música não é Arquitetura derretida”2. Quaisquer que sejam as ligações entre estas duas grandes Artes, ambas existem no tempo. As notas musicais só se tornam uma sinfonia quando são executadas, um edifício só se torna arquitetura quando lhe damos vivência. O tema surge como uma interação da música e da arquitetura num espectro alongado entre o lugar e o som, como definidores de um espaço, cujas sequências lineares formam transposições entre a arquitetura como instrumento, e instrumento como arquitetura. As especulações sobre a relação entre a música e a arquitetura encontram-se em dois níveis: o intelectual e o fenomenológico. A primeira interpretação está ligada aos problemas de forma e estrutura. O paradigma mais elaborado é a “Teoria das proporções harmónicas” Esta síntese de racionalismo e metafísica é conhecida através de numerosos compositores e arquitetos que tentaram moldar a música e a forma arquitetónica com os mesmos princípios numéricos. Na segunda interpretação, originária do relativismo estético visa a qualidade expressiva da Arte. Aqui a beleza não surge da estrutura intrínseca, mas sim do seu efeito estético e poder imersivo. Neste contexto a música e a arquitetura diferem das obras de arte pela sua capacidade de rodear o Homem inteiramente e pelo facto de ambas lidarem com o espaço. A relação que estas criam assume diferentes abordagens em termos de conceitos, soluções estruturais e acústicas, materialidade, forma e a própria função que flui as duas áreas como uma só. Pretende-se analisar os aspetos sensoriais entre a música e a arquitetura que levam à concretização do espaço em todos os seus configurações funcionais e técnicos, propondo uma análise entre edifícios existentes que estabelecem paralelismos e distinções e uma nova proposta que integre a analogia mencionada."Architecture is frozen Music"1 had one day the following answer Indeed, but music isn't Architecture melted down"2. Any Relations between these two fine Arts, both move along with time. The musical notes only become a symphony when they're properly executed, a building only becomes architecture when it gets some life experience. The theme surges with the interaction between Music and Architecture in an extended specter, where place and sound, as the space limiters, which linear sequences form transpositions between Architecture as an instrument, and the instrument as Architecture. The expeculations between Music and Architecture's relations can be related on two levels: the intellectual and the phenomenological. The first interpretation is connected to the form and structure. The paradigm most worked on is "Teoria das proporções harmónicas" This logical and metaphysics synthesis is known through several composers and architects who tried to mold music and architectural shape into the same basic numbers. In the second interpretation, born form the aesthetic relations who look over the quality of an art's expression. This way beauty isn't born from its own structure, but by its own aesthetics and immersive power. In this context, music and architecture differ from an work of art due to its capacity to fully surround Men and due to both of them having to work with space. The relation that these two create are several different takes when it comes to concepts, acoustic and structure solutions, materials, shape and function who flow between two areas as a single one. The intention is to analyze every sensorial aspect between music and architecture, who fulfill the creation of spaces in every functional and technical aspect, suggesting an analysis on the existing buildings who establish similar conditions and distinction, and a new proposition who will fit with the mentioned analogy.Lanzinha, João Carlos GonçalvesZaparaín Hernández, FernandouBibliorumSilva, Isabel Maria Cadete Lima da2014-08-04T10:42:57Z2013-102013-10-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/2144TID:201280515porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:38:00Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/2144Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:50.857167Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Arquitectura e música: do sensorial à realização do espaço |
title |
Arquitectura e música: do sensorial à realização do espaço |
spellingShingle |
Arquitectura e música: do sensorial à realização do espaço Silva, Isabel Maria Cadete Lima da Teoria das proporções harmónicas |
title_short |
Arquitectura e música: do sensorial à realização do espaço |
title_full |
Arquitectura e música: do sensorial à realização do espaço |
title_fullStr |
Arquitectura e música: do sensorial à realização do espaço |
title_full_unstemmed |
Arquitectura e música: do sensorial à realização do espaço |
title_sort |
Arquitectura e música: do sensorial à realização do espaço |
author |
Silva, Isabel Maria Cadete Lima da |
author_facet |
Silva, Isabel Maria Cadete Lima da |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Lanzinha, João Carlos Gonçalves Zaparaín Hernández, Fernando uBibliorum |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Isabel Maria Cadete Lima da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Teoria das proporções harmónicas |
topic |
Teoria das proporções harmónicas |
description |
A afirmação“ arquitetura é música congelada”1 teve um dia a seguinte resposta “ Sim, mas a música não é Arquitetura derretida”2. Quaisquer que sejam as ligações entre estas duas grandes Artes, ambas existem no tempo. As notas musicais só se tornam uma sinfonia quando são executadas, um edifício só se torna arquitetura quando lhe damos vivência. O tema surge como uma interação da música e da arquitetura num espectro alongado entre o lugar e o som, como definidores de um espaço, cujas sequências lineares formam transposições entre a arquitetura como instrumento, e instrumento como arquitetura. As especulações sobre a relação entre a música e a arquitetura encontram-se em dois níveis: o intelectual e o fenomenológico. A primeira interpretação está ligada aos problemas de forma e estrutura. O paradigma mais elaborado é a “Teoria das proporções harmónicas” Esta síntese de racionalismo e metafísica é conhecida através de numerosos compositores e arquitetos que tentaram moldar a música e a forma arquitetónica com os mesmos princípios numéricos. Na segunda interpretação, originária do relativismo estético visa a qualidade expressiva da Arte. Aqui a beleza não surge da estrutura intrínseca, mas sim do seu efeito estético e poder imersivo. Neste contexto a música e a arquitetura diferem das obras de arte pela sua capacidade de rodear o Homem inteiramente e pelo facto de ambas lidarem com o espaço. A relação que estas criam assume diferentes abordagens em termos de conceitos, soluções estruturais e acústicas, materialidade, forma e a própria função que flui as duas áreas como uma só. Pretende-se analisar os aspetos sensoriais entre a música e a arquitetura que levam à concretização do espaço em todos os seus configurações funcionais e técnicos, propondo uma análise entre edifícios existentes que estabelecem paralelismos e distinções e uma nova proposta que integre a analogia mencionada. |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013-10 2013-10-01T00:00:00Z 2014-08-04T10:42:57Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.6/2144 TID:201280515 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.6/2144 |
identifier_str_mv |
TID:201280515 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/pdf application/pdf application/pdf application/pdf application/pdf application/pdf application/pdf application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136336794353664 |