Arquitectura e música: do sensorial à realização do espaço

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Isabel Maria Cadete Lima da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/2144
Resumo: A afirmação“ arquitetura é música congelada”1 teve um dia a seguinte resposta “ Sim, mas a música não é Arquitetura derretida”2. Quaisquer que sejam as ligações entre estas duas grandes Artes, ambas existem no tempo. As notas musicais só se tornam uma sinfonia quando são executadas, um edifício só se torna arquitetura quando lhe damos vivência. O tema surge como uma interação da música e da arquitetura num espectro alongado entre o lugar e o som, como definidores de um espaço, cujas sequências lineares formam transposições entre a arquitetura como instrumento, e instrumento como arquitetura. As especulações sobre a relação entre a música e a arquitetura encontram-se em dois níveis: o intelectual e o fenomenológico. A primeira interpretação está ligada aos problemas de forma e estrutura. O paradigma mais elaborado é a “Teoria das proporções harmónicas” Esta síntese de racionalismo e metafísica é conhecida através de numerosos compositores e arquitetos que tentaram moldar a música e a forma arquitetónica com os mesmos princípios numéricos. Na segunda interpretação, originária do relativismo estético visa a qualidade expressiva da Arte. Aqui a beleza não surge da estrutura intrínseca, mas sim do seu efeito estético e poder imersivo. Neste contexto a música e a arquitetura diferem das obras de arte pela sua capacidade de rodear o Homem inteiramente e pelo facto de ambas lidarem com o espaço. A relação que estas criam assume diferentes abordagens em termos de conceitos, soluções estruturais e acústicas, materialidade, forma e a própria função que flui as duas áreas como uma só. Pretende-se analisar os aspetos sensoriais entre a música e a arquitetura que levam à concretização do espaço em todos os seus configurações funcionais e técnicos, propondo uma análise entre edifícios existentes que estabelecem paralelismos e distinções e uma nova proposta que integre a analogia mencionada.
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