A Avenida de Sta. Cruz, em Coimbra: entre a modernidade e a nostalgia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, José Cabral
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/10746
Resumo: Em 1944, Etienne de Gröer (1882-?) concebe o Plano de Urbanização para Coimbra, no âmbito dos Planos Gerais de Urbanização, programa de redesenho do ambiente urbano português, criado por Duarte Pacheco, em 1934. Com este artigo pretendemos perceber de que modo é que este plano, através da nova Avenida de Santa Cruz, valida as hesitações entre tradicionalismo e abertura a um novo tempo – hesitações essas que perpassam muitas das opções do Estado Novo, em diversos domínios da vida portuguesa. Em concreto, trata-se de abrir pistas que permitam refutar a hipótese (geralmente aceite e difundida) que encara Etienne de Gröer como exemplar de um modelo de cidade e/ou de opções urbanísticas que estariam plenamente alinhadas com o Poder, no quadro dos Planos Gerais de Urbanização. No contexto, a Avenida de Santa Cruz – posicionando-se entre uma imagem urbana que possibilitava configurar a face do Estado Novo e novos modos de entender o território em movimento, com o automóvel – consubstancia-se como metáfora de uma realidade que a ultrapassa. Ou seja, a Avenida de Santa Cruz permite abrir pistas para perceber que a cidade desse período é também marcada pelo sempre presente embate entre as visões mais conservadoras do Regime e as que ambicionavam uma sociedade mais modernizada; a mesma avenida permite, ainda, nesse contexto, negar que Etienne de Gröer tenha sido um profissional em total sintonia com o Estado Novo, em matéria de urbanismo.
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