Comparison of european health related ICT projects

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Diogo Correia
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/5001
Resumo: Introdução: No mundo globalizado dos nossos dias, é expectável que os profissionais de saúde prestem os seus serviços a pacientes estrangeiros nalgum ponto das suas carreiras. A diferença de idiomas, sistemas de saúde e infraestruturas são barreiras para uma prestação de cuidados semelhantes aos que os cidadãos conhecem nos seus países de origem. Novas soluções interoperáveis para a partilha de informação clínica a níveis transfronteiriços figuram, por isso, na lista das prioridades digitais da agenda política dos Estados-Membros da União Europeia (UE) (1). A adoção da Diretiva 2011/24/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de Março de 2011, sobre os Direitos dos Pacientes nos cuidados de saúde transfronteiriços, representa o auge da liberdade dos cidadãos para receberem cuidados de saúde noutros Estados-Membros da União Europeia, com qualidade e segurança (2). Com o objetivo de facilitar ‘a prestação de serviços públicos Europeus, promovendo a interoperabilidade transfronteiriça e inter-sectorial’ (7), a European Interoperability Framework (EIF) estabelece uma série de recomendações que promovem várias políticas e iniciativas na UE, ao mesmo tempo que define quatro dimensões para a interoperabilidade: legal, organizacional, semântica e técnica. Objetivo: O objetivo do presente estudo é abordar o desafio da transição de soluções-piloto para uma infraestrutura transfronteiriça de larga-escala, que apoie os Estados-Membros da União Europeia na prestação de serviços públicos, especialmente no setor de saúde. Metodologias: Esta revisão aborda, empiricamente, informação publicada e não-publicada sobre eHealth e sistemas de partilha de dados clínicos, resumindo e correlacionando as conclusões mais importantes de diferentes fontes. É particularmente centrada na análise transversal de quatro projetos Europeus: epSOS, eSENS, Trillium Bridge e EXPAND. Resultados: As Diretivas de Proteção de Dados 95/46/CE e dos Direitos dos Pacientes nos cuidados de saúde transfronteiriços 2011/24/UE são os principais instrumentos legais abordados em todas as iniciativas, não obstante da existência de legislações nacionais. Métodos de trabalho estabelecidos no âmbito das organizações de saúde necessitam de ser adaptados e otimizados, de acordo com as novas arquiteturas de comunicação, mas serão os usuários os principais responsáveis pela sua integração nos seus próprios sistemas, procedimentos e culturas de trabalho. A interpretação universal de dados em saúde pode ser alcançada com terminologias mutuamente aceites, sistemas de codificação e criação de meta-informação, como o mapeamento da Health Level Seven Release 2 (HL 7 R2). O padrão de comunicação Clinical Document Architecture (CDA) estabelece uma estrutura consistente entre sistemas de informação clínica utilizados na Europa. Conclusões: Ainda existem inúmeras barreiras para uma prestação transeuropeia eficaz de serviços públicos. Apesar de um certo nível de complexidade que ainda marca os sistemas de informação em saúde, são várias as vantagens da sua utilização: o acesso rápido e seguro a dados de saúde relevantes para as decisões clínicas, confidencialidade dos mesmos, centralização e organização de acordo com classificações médicas internacionais, bem como a promoção de controlo estatístico e otimização de desempenho (12). A interoperabilidade não é uma finalidade ou uma questão de presença ou ausência, é antes um processo que poderá ser melhorado ao longo do tempo (59). Mais estudos serão necessários para entender como poderemos melhorar os nossos sistemas de informação, para uma partilha sustentável de dados cada vez mais complexos, como a informação em saúde.
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A adoção da Diretiva 2011/24/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de Março de 2011, sobre os Direitos dos Pacientes nos cuidados de saúde transfronteiriços, representa o auge da liberdade dos cidadãos para receberem cuidados de saúde noutros Estados-Membros da União Europeia, com qualidade e segurança (2). Com o objetivo de facilitar ‘a prestação de serviços públicos Europeus, promovendo a interoperabilidade transfronteiriça e inter-sectorial’ (7), a European Interoperability Framework (EIF) estabelece uma série de recomendações que promovem várias políticas e iniciativas na UE, ao mesmo tempo que define quatro dimensões para a interoperabilidade: legal, organizacional, semântica e técnica. Objetivo: O objetivo do presente estudo é abordar o desafio da transição de soluções-piloto para uma infraestrutura transfronteiriça de larga-escala, que apoie os Estados-Membros da União Europeia na prestação de serviços públicos, especialmente no setor de saúde. Metodologias: Esta revisão aborda, empiricamente, informação publicada e não-publicada sobre eHealth e sistemas de partilha de dados clínicos, resumindo e correlacionando as conclusões mais importantes de diferentes fontes. É particularmente centrada na análise transversal de quatro projetos Europeus: epSOS, eSENS, Trillium Bridge e EXPAND. Resultados: As Diretivas de Proteção de Dados 95/46/CE e dos Direitos dos Pacientes nos cuidados de saúde transfronteiriços 2011/24/UE são os principais instrumentos legais abordados em todas as iniciativas, não obstante da existência de legislações nacionais. Métodos de trabalho estabelecidos no âmbito das organizações de saúde necessitam de ser adaptados e otimizados, de acordo com as novas arquiteturas de comunicação, mas serão os usuários os principais responsáveis pela sua integração nos seus próprios sistemas, procedimentos e culturas de trabalho. A interpretação universal de dados em saúde pode ser alcançada com terminologias mutuamente aceites, sistemas de codificação e criação de meta-informação, como o mapeamento da Health Level Seven Release 2 (HL 7 R2). O padrão de comunicação Clinical Document Architecture (CDA) estabelece uma estrutura consistente entre sistemas de informação clínica utilizados na Europa. Conclusões: Ainda existem inúmeras barreiras para uma prestação transeuropeia eficaz de serviços públicos. Apesar de um certo nível de complexidade que ainda marca os sistemas de informação em saúde, são várias as vantagens da sua utilização: o acesso rápido e seguro a dados de saúde relevantes para as decisões clínicas, confidencialidade dos mesmos, centralização e organização de acordo com classificações médicas internacionais, bem como a promoção de controlo estatístico e otimização de desempenho (12). A interoperabilidade não é uma finalidade ou uma questão de presença ou ausência, é antes um processo que poderá ser melhorado ao longo do tempo (59). Mais estudos serão necessários para entender como poderemos melhorar os nossos sistemas de informação, para uma partilha sustentável de dados cada vez mais complexos, como a informação em saúde.Introduction: With the globalized world of our days, health professionals are expected to provide their services to foreign patients at some point in their careers. Different languages, health systems and infrastructures are barriers to a sound provision of health care as people have been used to in their home countries. New interoperable solutions for the exchange of clinical data at cross-border levels are now listed as new digital priorities in the political agenda of the European Union (EU) Member States (MS) (1). The adoption of the Directive 2011/24/EU of the European Parliament and the Council of March 2011 on Patient’s Rights in cross-border health care was the pinnacle to assure citizen’s freedom to receive health care in another EU Member State, with quality and safety (2). With the purpose of facilitating ‘the delivery of European public services by fostering cross-border and cross-sectoral interoperability’ (7), the European Interoperability Framework (EIF) establishes a series of recommendations that promote several EU policy initiatives, while defining four dimensions for interoperability: legal, organizational, semantic, and technical. Objective: The purpose of the present review is to address the challenge of stirring from point-solution pilots to a large-scale deployment of cross-border facilities that support EU Member States in delivering public services, especially in health sector. Methodologies: This study empirically addresses published and unpublished information in eHealth and clinical data exchange systems, summarizing and correlating the most important conclusions of different sources. Particularly, it is centered in a transversal analysis of four different European projects focused on providing solutions for cross-border health care services: epSOS, eSENS, Trillium Bridge and EXPAND. Results: The Data Protection Directive 95/46/EC and the Patient’s Rights in cross-border health care Directive 2011/24/EU are the major legal instruments to comply with by all initiatives, notwithstanding the existence of national legislations. Established workflows within heath organizations need to be adapted and optimized according to new communication architectures, but users are ultimately responsible for integrating them in their own systems, procedures and working cultures. A universal interpretation of health data can be achieved with mutually accepted terminologies, coding systems and creation of metadata, such as Health Level Seven Release 2 (HL 7 R2) mapping. The Clinical Document Architecture (CDA) communication standard establishes structure consistency among health IT systems used in Europe. Conclusions: There are still numerous barriers in effective delivery of public services in a pan-European setting. Although a certain level of complexity is still present in health information systems, several advantages can still be highlighted such as rapid and secure access to health data relevant for the decision-making at the care point, confidentiality promotion, centralization and structuring according with medical standards and the promotion of statistical control and performance optimization (12). Interoperability is not an ending or a question of being present or absent, but rather a process that can be improved over time (59). More studies are needed to understand how we can better connect our IT systems towards a sustainable exchange route of richer and even more intricate data, as sensitive as health information.Marques, Lília Maria FerreiraMartins, Henrique Manuel GiluBibliorumMartins, Diogo Correia2018-07-11T16:04:40Z2014-6-92014-06-192014-06-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5001TID:201639610porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:42:30Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5001Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:00.537942Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Introdução: No mundo globalizado dos nossos dias, é expectável que os profissionais de saúde prestem os seus serviços a pacientes estrangeiros nalgum ponto das suas carreiras. A diferença de idiomas, sistemas de saúde e infraestruturas são barreiras para uma prestação de cuidados semelhantes aos que os cidadãos conhecem nos seus países de origem. Novas soluções interoperáveis para a partilha de informação clínica a níveis transfronteiriços figuram, por isso, na lista das prioridades digitais da agenda política dos Estados-Membros da União Europeia (UE) (1). A adoção da Diretiva 2011/24/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de Março de 2011, sobre os Direitos dos Pacientes nos cuidados de saúde transfronteiriços, representa o auge da liberdade dos cidadãos para receberem cuidados de saúde noutros Estados-Membros da União Europeia, com qualidade e segurança (2). Com o objetivo de facilitar ‘a prestação de serviços públicos Europeus, promovendo a interoperabilidade transfronteiriça e inter-sectorial’ (7), a European Interoperability Framework (EIF) estabelece uma série de recomendações que promovem várias políticas e iniciativas na UE, ao mesmo tempo que define quatro dimensões para a interoperabilidade: legal, organizacional, semântica e técnica. Objetivo: O objetivo do presente estudo é abordar o desafio da transição de soluções-piloto para uma infraestrutura transfronteiriça de larga-escala, que apoie os Estados-Membros da União Europeia na prestação de serviços públicos, especialmente no setor de saúde. Metodologias: Esta revisão aborda, empiricamente, informação publicada e não-publicada sobre eHealth e sistemas de partilha de dados clínicos, resumindo e correlacionando as conclusões mais importantes de diferentes fontes. É particularmente centrada na análise transversal de quatro projetos Europeus: epSOS, eSENS, Trillium Bridge e EXPAND. Resultados: As Diretivas de Proteção de Dados 95/46/CE e dos Direitos dos Pacientes nos cuidados de saúde transfronteiriços 2011/24/UE são os principais instrumentos legais abordados em todas as iniciativas, não obstante da existência de legislações nacionais. Métodos de trabalho estabelecidos no âmbito das organizações de saúde necessitam de ser adaptados e otimizados, de acordo com as novas arquiteturas de comunicação, mas serão os usuários os principais responsáveis pela sua integração nos seus próprios sistemas, procedimentos e culturas de trabalho. A interpretação universal de dados em saúde pode ser alcançada com terminologias mutuamente aceites, sistemas de codificação e criação de meta-informação, como o mapeamento da Health Level Seven Release 2 (HL 7 R2). O padrão de comunicação Clinical Document Architecture (CDA) estabelece uma estrutura consistente entre sistemas de informação clínica utilizados na Europa. Conclusões: Ainda existem inúmeras barreiras para uma prestação transeuropeia eficaz de serviços públicos. Apesar de um certo nível de complexidade que ainda marca os sistemas de informação em saúde, são várias as vantagens da sua utilização: o acesso rápido e seguro a dados de saúde relevantes para as decisões clínicas, confidencialidade dos mesmos, centralização e organização de acordo com classificações médicas internacionais, bem como a promoção de controlo estatístico e otimização de desempenho (12). A interoperabilidade não é uma finalidade ou uma questão de presença ou ausência, é antes um processo que poderá ser melhorado ao longo do tempo (59). Mais estudos serão necessários para entender como poderemos melhorar os nossos sistemas de informação, para uma partilha sustentável de dados cada vez mais complexos, como a informação em saúde.
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