Prefácio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bento, Albino
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Reis, Pedro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.19084/rca.31367
Resumo: O setor dos frutos secos (amendoeira, aveleira, castanheiro, pistácio e nogueira), em Portugal, está em franco crescimento, impulsionados pela rentabilidade económica, em especial dos novos pomares irrigados. Em 2020 a área de produção de frutos secos atingiu os 124 489 hectares, apresentando uma taxa de crescimento superior a 50% entre 2014 e 2020, havendo também um crescimento do consumo face ao seu valor nutricional. A área de amendoal duplicou entre 2014 e 2021, e a produção teve um crescimento de cerca de 4,6 vezes. Esta cultura tem assumido uma posição de destaque por parte de regiões que tradicionalmente não eram produtoras de amêndoa, investindo em pomares com elevada densidade de plantação e no recurso a novas variedades e porta-enxertos, à introdução do regadio e de novas tecnologias, nomeadamente no Alentejo e Beira Baixa. Em Portugal, os frutos secos têm grande importância a nível económico e gastronómico, visto que são largamente utilizados como parte do padrão alimentar da dieta mediterrânica e contribuem para a economia das regiões mais desfavorecidas. Os portugueses, a par do resto da Europa, demonstram igualmente o seu interesse pela melhoria na alimentação através da crescente procura por alimentos 100% naturais, produtos sem corantes e com baixo teor de gordura. Esta procura por alimentos mais saudáveis levou à perda da característica sazonal dos frutos secos e criou uma oportunidade de negócio, nomeadamente através dos snacks saudáveis. O consumo nacional per capita duplicou em seis anos, com uma taxa de crescimento de 105% entre 2014/2015 e 2020/2021. Tendo em consideração a importância da cultura dos frutos secos, a evolução científica e tecnológica de forma permanente e rápida, torna-se crucial a partilha de informações e conhecimento entre produtores, investigadores, técnicos, empresas prestadoras de serviços e de inputs.  Foi com este objetivo que a Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal (SCAP) e o Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos (CNCFS) organizaram o III Simpósio Nacional de Frutos Secos, que decorreu entre os dias 14 e 16 de novembro de 2022, no Auditório da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, em Faro. Neste evento abordou-se toda a cadeia de valor da amendoeira, aveleira, alfarrobeira, nogueira e pistácio, desde a produção primária e processamento industrial até aos novos produtos e valorização de subprodutos e mercados. O programa contou com seis sessões temáticas: “Adaptação às alterações climáticas”; “Material vegetal e sistemas de produção”; “Técnicas culturais”; “Proteção fitossanitária”; “Valorização da produção: transformação e novos produtos” -, além de uma mesa redonda sobre os “Desafios na produção e comercialização de frutos secos”. Em cada sessão temática tivemos um conferencista convidado, que procedeu às comunicações orais. O programa contemplou também sessões de posters/painéis e uma visita técnica à empresa «Chorondo & Filhos, Lda.» e às coleções de frutos secos do Centro de Experimentação Agrária de Tavira (DRAP Algarve). Este número especial da Revista de Ciências Agrárias é o corolário do simpósio, com a publicação de alguns trabalhos apresentados durante o simpósio e revistos pela comissão científica. A terminar queremos agradecer a todos os participantes no simpósio, oradores e presentes na plateia, aos colegas da comissão organizadora, aos revisores das comunicações e dos artigos, aos nossos patrocinadores, à DRAP Algarve e à empresa visitada. A todos aqueles que tornaram o simpósio um sucesso, o nosso muito obrigado.
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