Novas abordagens em insulinoterapia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amorim, Ana Carolina Pinheiro de
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/735
Resumo: A Infusão Subcutânea Contínua de Insulina tem sido utilizada em doentes com Diabetes Mellitus Tipo 1 com o objectivo de optimizar o controlo glicémico. Estudos que comprovaram o efeito da optimização do controlo glicémico na prevenção e no atraso do aparecimento das complicações relacionadas com a Diabetes Mellitus induziram um aumento da utilização da técnica de Infusão Subcutânea Contínua de Insulina (CSII), ou terapêutica com bombas infusoras de insulina.O objectivo desta revisão teórica é clarificar as vantagens e desvantagens da CSII, as indicações para a sua utilização e as possíveis complicações, em comparação com a utilização de outros esquemas de terapêutica intensiva com insulina. Os artigos analisados sugerem que, na maioria dos doentes, os valores de glicemia e de HbA1c são ligeiramente inferiores nos utilizadores de CSII, em comparação com os utilizadores de Injecções Múltiplas Diárias (MDI). A qualidade de vida parece ser superior nos indivíduos que utilizam CSII. As taxas de hipoglicemia e cetoacidose diabética parecem ser ligeiramente ifneriores ou semelhantes às apresentadas pelos utilizadores de MDI. No entanto, a informação é controversa e não permite tirar conclusões absolutas. Os resultados mais favorecedores da técnica de CSII foram obtidos em ensaios nos quais havia uma definição prévia e específica das indicações para a utilização de bombas de insulina. Estas indicações incluíam: fraco controlo glicémico, presença do fenómeno de alvorada, história de hipoglicemia sem pródromos, necessidade de maior flexibilidade no estilo de vida e gravidez. O número de diabéticos Tipo 1 que tem indicação para a utilização de bombas de insulina, e portanto pode beneficiar significativamente desta modalidade terapêutica, é reduzido. Desta forma, não deverá ser difícil providenciar recursos económicos no Sistema Nacional de Saúde para comparticipar a utilização de bombas de insulina por estes doentes.
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