Migrações e sustentabilidade demográfica

• Autor(a) principal: Peixoto, João
• Data de Publicação: 2017
• Outros Autores: Craveiro, Daniela, Malheiros, Jorge, Oliveira, Isabel Tiago de
• Tipo de documento: Livro
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.5/26701
• topic: Migrações; Envelhecimento populacional; Demografia; Economia portugguesa

Na perspetiva de Malheiros e Peixoto (2017), Portugal precisa de imigrantes é a primeira e mais básica conclusão deste estudo. Contudo, dita assim, esta afirmação parece ter um conteúdo demasiado óbvio num dos países mais envelhecidos da Europa, que regista um nível de fecundidade inferior à substituição de gerações desde inícios dos anos 80 da centúria passada e que vem acumulando saldos migratórios negativos. Portugal não pode ter tantos emigrantes é uma segunda conclusão possível. Apesar de se ter anunciado várias vezes o encerramento do grande ciclo emigratório do país, que atravessou todo o século xx, a verdade é que a emigração nunca terminou. No período posterior à crise económica mundial de 2008 e, em particular, depois de 2011, com a acentuada crise financeira, económica e social nacional, tornou-se muito intensa, chegando a níveis próximos dos anos 60 do século xx. A conjugação de forte emigração com baixa fecundidade fez de Portugal um local de grave crise demográfica.