Utilização tópica da capsaicina veiculada em lipossomas para o tratamento da artrite reumatóide

• Autor(a) principal: Silva, Ana Rita Freitas da
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/6645
• topic: Capsaicina; Lipossoma; Artrite reumatóide; Capsaicina lipossomal; Capsaicin; Liposomes; Rheumatoid arthritis; Liposomal capsaicin; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Medicina Básica

Esta monografia visa realizar uma revisão bibliográfica sobre a possibilidade de utilização da capsaicina na artrite reumatóide. A AR é uma doença inflamatória crónica, que pode conduzir á destruição do tecido articular e periarticular, provocando dor e uma dificuldade na mobilização normal do utente. Embora sendo uma doença sem cura, nos últimos anos o tratamento tem sofrido uma melhoria substancial, tendo-se desenvolvido novos fármacos e novas formas terapêuticas para o seu tratamento. Há muito tempo que se conhece o poder analgésico/ anestésico tópico da capsaicina, uma substância extraída das pimentas chilli, que se deve ao seu mecanismo de ação que estimula as fibras aferentes do tipo C e a libertação da substância P, inicialmente levando a sensação de queimadura e prurido, mas que em aplicações repetidas vai levar a uma redução da sensibilidade na zona devido à depleção da substância P e à degeneração das fibras nervosas periféricas. Esta substância tem sido usada, portanto, em tratamento de dor neuropática, condições de osteoartrite e também artrite reumatóide; no entanto, os seus efeitos de ardor, queimação, e aumento de sensibilidade nas primeiras aplicações, fazem com que haja uma taxa grande de desistência do tratamento. Foi por esta razão que se estudou a possibilidade de incorporar esta substância em lipossomas, que funcionariam como transportador da mesma, aumentando a sua biodisponibilidade e a sua ação terapêutica, promovendo uma libertação controlada e diminuindo assim substancialmente os seus efeitos secundários. Estas vantagens, devem-se ao facto de os lipossomas serem estruturas microscópicas compostas por constituintes anfifilicos, e se assemelharem às membranas das células, interagindo intimamente e com maior eficiência com as células e tecidos do organismo. Desta forma, o uso da capsaicina tópica incorporada em lipossomas torna-se muito vantajoso nos casos de artrite reumatóide, diminuindo substancialmente a dor nas articulações, sem que o utente sofra com os efeitos provocados pela substância não encapsulada.