ESPESSURA DA CORÓIDE NA DOENÇA DE ALZHEIMER VERSUS ENVELHECIMENTO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Proença, Rita Pinto
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Cunha, João Paulo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.48560/rspo.10171
Resumo: Introdução: Os fatores vasculares desempenham um papel importante na patogénese da doença de Alzheimer (DA). O estreitamento dos vasos da retina está amplamente descrito na literatura mas, no entanto, as alterações da coróide nesta doença estão ainda pouco descritas e ainda menos compreendidas. Os autores têm como objetivo medir a espessura da coróide em 13 localizações diferentes, centrifugas à fóvea, com recurso ao EDI-OCT (Enhanced Depth Imaging - Optical Coherence Tomography), e comparar a espessura da coróide em doentes com DA com a de indivíduos normais mais idosos. Métodos: Estudo observacional transversal que incluiu cinquenta olhos de 50 doentes com diagnóstico de DA, com uma idade média de 73 anos (DP±5,36) e 50 olhos de 50 indivíduos controlo muito idosos, com média de idade de 82,14 (DP±3,67). Todos os indivíduos foram submetidos a avaliação neuropsicológica e oftalmológica. As imagens da coróide foram obtidas por EDI-OCT. A espessura da coróide foi medida de forma manual, subfovealmente, e em intervalos de 500 µm até 1,5 mm temporal, nasal, superior e inferior à fóvea. A análise estatística foi realizada para avaliar variações de espessura da coróide em cada localização. Resultados: Observou-se uma tendência generalizada para a diminuição da espessura da coróide nos doentes com DA face aos doentes muito idosos (137,60 a 179,50µm versus 156,34 a 190,44µm, respetivamente). Esta tendência teve significância estatística em 3 localizações: subfoveal, 500 e 1000 µm temporais à fóvea (p <0,05). Conclusão: Os doentes com DA mostraram uma redução estatisticamente significativa da espessura da coroideia em 3 das localizações estudadas. Este adelgaçamento coróideu pode refletir a importância do factor vascular na patogénese desta doença, e representar mais um biomarcador para o diagnóstico da distinto do envelhecimento.  
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