Avaliação radiográfica e ecográfica de sinais de osteoartrite em articulações metacarpo/tarsofalângicas de equinos post-mortem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, António
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Cardoso, Madalena, Ramos, Sofia, Alexandre, Nuno, T Gama, Luís, Bettencourt, Elisa, Monteiro, Susana
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/26195
Resumo: Introdução e objetivos: As articulações metacarpo/tarsofalângicas (MC/TF – boletos) dos equinos são muito afetadas por processos degenerativos e traumáticos, sendo a osteoartrite (OA) o mais comum. Esta constitui uma das principais causas de diminuição de performance e claudicação em equinos. Enquanto a radiografia (RX) tem um papel essencial no diagnóstico de OA, a ecografia (ECO) é ainda pouco utilizada como exame de rotina. O presente estudo teve como objetivos: i) avaliar a existência de diferenças entre a ECO ante-mortem (AM) e post- mortem (PM) na avaliação das superfícies osteoarticulares do boleto; ii) comparar a sensibilidade da RX e da ECO no diagnóstico de OA. Metodologia e resultados: Para avaliar as diferenças entre a ECO AM e PM foram realizadas duas ecografias a 13 articulações MC/TF, uma AM e uma PM (num período máximo de 6h), pelo mesmo médico veterinário. Para comparar a RX e a ECO foram avaliadas PM 42 articulações por dois médicos veterinários, de forma independente (um realizou RX, o outro ECO). Classificaram-se as lesões de remodelação óssea (RO) e osteófitos (OS), típicas de OA (escala 0-3, adaptada de Trumble et al., 2008). Para a ECO AM e PM consideraram-se 7 regiões articulares distintas e para a comparação entre RX e ECO 6. Em cada região calculou-se a severidade (Sev) e a extensão (Ext) das lesões. Entre os exames ecográficos AM e PM verificou-se um elevado grau de correlação (r>0,50) para os valores dos parâmetros de Ext e Sev de lesão: para ambos os tipos de lesão (RO e OS) e para as várias regiões. Considerando a região dorsal dos côndilos, a classificação média da Ext das lesões de RO foi significativamente superior para a ECO que para a RX, enquanto que no caso dos osteófitos, tanto a classificação média de Ext como a de Sev das lesões foram significativamente superiores para a ECO. Principais conclusões: A ecografia é uma técnica vulgarmente associada ao diagnóstico de lesões dos tecidos moles, contudo, à semelhança do que já existe descrito em trabalhos anteriores, o presente estudo sugere que a ecografia possui um enorme potencial no diagnóstico de OA das articulações do boleto em equinos. Os exames ecográficos ante-mortem e post- mortem demonstraram não haver diferenças na avaliação das superfícies osteoarticulares do boleto, validando a ecografia na deteção de remodelação óssea e osteófitos nas primeiras 6 horas post-mortem, abrindo porta a uma variedade considerável de estudos nestas circunstâncias. Os resultados deste estudo sugerem que a ecografia é mais sensível que a radiografia, nomeadamente na determinação da extensão das lesões de remodelação óssea e da extensão e severidade de osteófitos nas superfícies osteoarticulares dorsais do boleto. Estes resultados reforçam assim a necessidade da utilização da ecografia para a obtenção de um diagnóstico precoce de osteoartrite. Financiamento: Projeto Novas metodologias de diagnóstico de doença articular em equinos, ALT20-03-0246-FEDER-000019
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