O Brasil e a independência de Angola (1975): política externa oficial e diplomacia militar paralela

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lobato, Gisele Christini de Sousa
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/11175
Resumo: Esta dissertação aborda o envolvimento brasileiro na fase final do processo de descolonização angolano, concentrando-se principalmente no período entre a instalação da Representação Especial do Brasil perante o Governo de Transição de Angola, em março de 1975, e a declaração de independência do país africano, em 11 de novembro do mesmo ano. A análise é baseada tanto na revisão da literatura acadêmica como no trabalho com fontes primárias, incluindo a consulta à documentação oficial disponível, a análise de relatos pessoais publicados por personagens daqueles episódios e entrevistas com testemunhas. O objetivo desta pesquisa é averiguar se o conceito de “diplomacia militar paralela”, adotado por Moniz Bandeira para se referir às intervenções mais ou menos encobertas usadas pelo Brasil nos anos 1970 para garantir a tomada do poder por militares de direita na América Latina, também pode ser aplicado para a atuação brasileira em Angola nos meses que antecederam sua independência em relação a Portugal. Este trabalho não analisa, portanto, apenas o processo que levou ao reconhecimento, pela ditadura brasileira, da independência declarada pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). Também são reunidos os vestígios da participação de agentes de segurança dessa mesma ditadura nas fileiras da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA). Este trabalho apresenta indícios da presença de policiais de um grupo de elite do Rio de Janeiro nas tropas de Holden Roberto no segundo semestre de 1975, atuando como especialistas em explosivos
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