The diet of the blue shark (Prionace glauca L.) in Azorean waters

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Clarke, M. R.
Data de Publicação: 1996
Outros Autores: Clarke, D. C, Martins, Helen R., Silva, Hélder M.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.3/1491
Resumo: Analisaram-se os conteúdos estomacais de 195 Prionace glauca, capturadas nos Açores entre Outubro de 1993 e Julho de 1994. Oitenta e três indivíduos possuíam estragos vazios. Apenas 23 estômagos continham animais inteiros ou semi-digeridos (excluindo o isco) pertencentes aos peixes Capros aper, Macrorhamphosus scolopax e Lepidopus caudatus e às lulas Histioteuthis bonnellii e Taonius pavo. Setenta e cinco otólitos de peixe e 207 bicos inferiores de cefalópodes foram identificados até ao género ou espécie. Considerando todos os fragmentos encontrados nos estômagos, incluindo otólitos, bicos de cefalópodes e cristalinos, foram encontrados 1411 peixes, 4 crustáceos e 261 cefalópodes. Aproximadamente 386 peixes estavam representados apenas por cristalinos. Foi encontrada uma média de 2.4 espécies (1.8 cefalópodes e 0.6 peixes) e 15.2 indivíduos por estômago. Restos de peixes foram encontrados em 83% dos estômagos analisados contribuindo em 84.5% dos animais da dieta. Restos de cefalópodes, foram encontrados em 75.7% dos estômagos e compunham 15.5% dos animais da dieta. As estimações dos pesos de peixes e cefalópodes, sugerem que os cefalópodes são, provavelmente, o grupo mais importantes na dieta de tintureira e, que são quase exclusivamente cefalópodes de flutuabilidade neutra meso- ou batipelágicos. Ocorrem pequenos cardumes de peixes epipelágicos e alguns peixes bentónicos maiores. No total, a dieta é composta por, pelo menos, 11 espécies de peixe e 37 de cefalópodes. É apresentada a distribuição de comprimentos de bicos e otólitos. Um número de espécies de cefalópodes raramente capturadas são, também, importantes para a dieta. Não foram encontradas diferenças na dieta relacionadas com o tamanho ou sexo de Prionace glauca. Comparações com a dieta de espadarte e de cachalote da mesma região sugerem claramente a existência de selecção na predação.
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