Do primeiro ao último olhar do viajante : o aeroporto Francisco Sá Carneiro, um "lugar" turístico?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Loureiro, Filipe Alexandre Ferreira
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10216/57059
Resumo: O propósito deste trabalho será, primeiramente, o de tentar transpor para palavras escritas a experiência obtida durante a colaboração numa empresa a operar no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, especializada no serviço de transporte de passageiros em autocarro, com um custo reduzido, entre os aeroportos periféricos às cidades destino e os centros das mesmas. A nossa presença diária no Aeroporto do Porto foi uma oportunidade única para observar muitas das movimentações que ocorrem naquele espaço. As dinâmicas pressentidas apontaram-nos num sentido: a reflexão acerca da humanização de espaços que, de um estrito modo de funcionamento operativo, de transporte, parecem adquirir outras valências. Urge, por isso, desmontar todos os seus inúmeros significados e entender a importância que poderão ter para a cidade do Porto e região a Norte de Portugal em termos económicos em geral, turísticos em particular. O “não-lugar” de Marc Augé serviu de semente conceptual para toda uma contextualização teórica acerca da “vida” neste aeroporto. Interligando aquilo que este antropólogo francês e outros autores teorizam, tentámos fazer brotar os novos sinais de vida que parecem estar a despontar, procurando adquirir identidade, um estatuto de lugar, mesmo que de passagem. Este nosso pequeno contributo tenta aproximar-se do significado patrimonial que o Aeroporto Francisco Sá Carneiro procura alcançar ao acrescentar valor. Da patrimonialização do Aeroporto do Porto surgirá aquilo que podemos apelidar de um "não-lugar" em redefinição. Assistimos à passagem da simples metáfora, entendida como sendo o aeroporto uma porta de entrada e saída de viajantes, para uma efectiva assumpção deste espaço como um local de vital importância para a actividade turística, um apurar do “olhar do viajante”.
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