Carga da doença atribuível ao tabagismo em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borges,Margarida
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Gouveia,Miguel, Costa,João, Pinheiro,Luís dos Santos, Paulo,Sérgio, Carneiro,António Vaz
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592009000600001
Resumo: A Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou no seu relatório de 2002 que cerca de 14% da larga da doença nos países mais ricos seja atribuível ao consumo de produtos de tabaco. As doenças mais relacionadas com o consumo de tabaco incluem um conjunto de doenças cardiovasculares, neoplasias e doenças respiratórias. Este artigo estima a carga da doença atribuível ao tabaco em Portugal, tomando como base os dados das estatísticas demográficas e de saúde disponíveis para Portugal em 2005. A conclusão final da analise e que 11,7% das mortes em Portugal se podem atribuir ao consumo de tabaco. Se medirmos a carga da doença através dos anos de vida ajustados por incapacidade - disability adjusted life years (DALY) gerados pela mortalidade, as proporção da carga da doença atribuível ao tabaco e 11,2%. A divisão entre sexos e muito desigual, já que 15,4% da carga da doença masculina e 17,7% das mortes são atribuíveis ao tabaco, mas apenas 4,9% da carga da doença feminina e 5,2% das mortes. Estes números para a mortalidade atribuível são mais elevados do que as estimativas anteriormente disponíveis para Portugal (Peto et al. 2006), as quais apontavam para 14% das mortes masculinas e apenas 0,9% das femininas. O artigo apresenta estimativas sobre a carga da doença redutível, ou seja, as reduções de mortalidade e DALY que ocorreriam se os fumadores abandonassem o tabagismo e passassem a experimentar o risco médio das populações de ex-fumadores, o qual e superior ao dos nunca fumadores mas inferior ao dos fumadores. As estimativas são que a carga da doença medida pelos DALY se reduziria em 5,8% (7,8% dos homens e 2,8% das mulheres) e que as mortes se reduziriam em 5,8% (8,5% homens e 2,9% mulheres). O artigo inclui igualmente estimativas dos DALY perdidos por incapacidade. As doenças relacionadas com o tabagismo geraram 121 643 DALY, dos quais 72 126 (59%) são atribuíveis ao tabagismo e 12 417 (10%) são redutíveis.
id RCAP_e491290e2a1b2a0f6c36b09429671eed
oai_identifier_str oai:scielo:S0873-21592009000600001
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Carga da doença atribuível ao tabagismo em PortugalTabagismodoença cardiovasculardoença coronáriadoença cerebrovasculardoenças respiratóriasanos de vida ajustados por incapacidadeDALYcarga da doençaA Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou no seu relatório de 2002 que cerca de 14% da larga da doença nos países mais ricos seja atribuível ao consumo de produtos de tabaco. As doenças mais relacionadas com o consumo de tabaco incluem um conjunto de doenças cardiovasculares, neoplasias e doenças respiratórias. Este artigo estima a carga da doença atribuível ao tabaco em Portugal, tomando como base os dados das estatísticas demográficas e de saúde disponíveis para Portugal em 2005. A conclusão final da analise e que 11,7% das mortes em Portugal se podem atribuir ao consumo de tabaco. Se medirmos a carga da doença através dos anos de vida ajustados por incapacidade - disability adjusted life years (DALY) gerados pela mortalidade, as proporção da carga da doença atribuível ao tabaco e 11,2%. A divisão entre sexos e muito desigual, já que 15,4% da carga da doença masculina e 17,7% das mortes são atribuíveis ao tabaco, mas apenas 4,9% da carga da doença feminina e 5,2% das mortes. Estes números para a mortalidade atribuível são mais elevados do que as estimativas anteriormente disponíveis para Portugal (Peto et al. 2006), as quais apontavam para 14% das mortes masculinas e apenas 0,9% das femininas. O artigo apresenta estimativas sobre a carga da doença redutível, ou seja, as reduções de mortalidade e DALY que ocorreriam se os fumadores abandonassem o tabagismo e passassem a experimentar o risco médio das populações de ex-fumadores, o qual e superior ao dos nunca fumadores mas inferior ao dos fumadores. As estimativas são que a carga da doença medida pelos DALY se reduziria em 5,8% (7,8% dos homens e 2,8% das mulheres) e que as mortes se reduziriam em 5,8% (8,5% homens e 2,9% mulheres). O artigo inclui igualmente estimativas dos DALY perdidos por incapacidade. As doenças relacionadas com o tabagismo geraram 121 643 DALY, dos quais 72 126 (59%) são atribuíveis ao tabagismo e 12 417 (10%) são redutíveis.Sociedade Portuguesa de Pneumologia2009-11-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592009000600001Revista Portuguesa de Pneumologia v.15 n.6 2009reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592009000600001Borges,MargaridaGouveia,MiguelCosta,JoãoPinheiro,Luís dos SantosPaulo,SérgioCarneiro,António Vazinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:09:57Zoai:scielo:S0873-21592009000600001Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:21:41.861866Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Carga da doença atribuível ao tabagismo em Portugal
title Carga da doença atribuível ao tabagismo em Portugal
spellingShingle Carga da doença atribuível ao tabagismo em Portugal
Borges,Margarida
Tabagismo
doença cardiovascular
doença coronária
doença cerebrovascular
doenças respiratórias
anos de vida ajustados por incapacidade
DALY
carga da doença
title_short Carga da doença atribuível ao tabagismo em Portugal
title_full Carga da doença atribuível ao tabagismo em Portugal
title_fullStr Carga da doença atribuível ao tabagismo em Portugal
title_full_unstemmed Carga da doença atribuível ao tabagismo em Portugal
title_sort Carga da doença atribuível ao tabagismo em Portugal
author Borges,Margarida
author_facet Borges,Margarida
Gouveia,Miguel
Costa,João
Pinheiro,Luís dos Santos
Paulo,Sérgio
Carneiro,António Vaz
author_role author
author2 Gouveia,Miguel
Costa,João
Pinheiro,Luís dos Santos
Paulo,Sérgio
Carneiro,António Vaz
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Borges,Margarida
Gouveia,Miguel
Costa,João
Pinheiro,Luís dos Santos
Paulo,Sérgio
Carneiro,António Vaz
dc.subject.por.fl_str_mv Tabagismo
doença cardiovascular
doença coronária
doença cerebrovascular
doenças respiratórias
anos de vida ajustados por incapacidade
DALY
carga da doença
topic Tabagismo
doença cardiovascular
doença coronária
doença cerebrovascular
doenças respiratórias
anos de vida ajustados por incapacidade
DALY
carga da doença
description A Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou no seu relatório de 2002 que cerca de 14% da larga da doença nos países mais ricos seja atribuível ao consumo de produtos de tabaco. As doenças mais relacionadas com o consumo de tabaco incluem um conjunto de doenças cardiovasculares, neoplasias e doenças respiratórias. Este artigo estima a carga da doença atribuível ao tabaco em Portugal, tomando como base os dados das estatísticas demográficas e de saúde disponíveis para Portugal em 2005. A conclusão final da analise e que 11,7% das mortes em Portugal se podem atribuir ao consumo de tabaco. Se medirmos a carga da doença através dos anos de vida ajustados por incapacidade - disability adjusted life years (DALY) gerados pela mortalidade, as proporção da carga da doença atribuível ao tabaco e 11,2%. A divisão entre sexos e muito desigual, já que 15,4% da carga da doença masculina e 17,7% das mortes são atribuíveis ao tabaco, mas apenas 4,9% da carga da doença feminina e 5,2% das mortes. Estes números para a mortalidade atribuível são mais elevados do que as estimativas anteriormente disponíveis para Portugal (Peto et al. 2006), as quais apontavam para 14% das mortes masculinas e apenas 0,9% das femininas. O artigo apresenta estimativas sobre a carga da doença redutível, ou seja, as reduções de mortalidade e DALY que ocorreriam se os fumadores abandonassem o tabagismo e passassem a experimentar o risco médio das populações de ex-fumadores, o qual e superior ao dos nunca fumadores mas inferior ao dos fumadores. As estimativas são que a carga da doença medida pelos DALY se reduziria em 5,8% (7,8% dos homens e 2,8% das mulheres) e que as mortes se reduziriam em 5,8% (8,5% homens e 2,9% mulheres). O artigo inclui igualmente estimativas dos DALY perdidos por incapacidade. As doenças relacionadas com o tabagismo geraram 121 643 DALY, dos quais 72 126 (59%) são atribuíveis ao tabagismo e 12 417 (10%) são redutíveis.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009-11-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592009000600001
url http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592009000600001
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592009000600001
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Pneumologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Pneumologia
dc.source.none.fl_str_mv Revista Portuguesa de Pneumologia v.15 n.6 2009
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137302257074176