Aprender a ser educador de infância entre a teoria e a prática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10198/5152 |
Resumo: | Centrando-se na especificidade da educação de infância e seguindo as orientações conceptuais que estruturam a formação inicial de professores este estudo realizou-se com o objectivo de conhecer a forma como os educadores, no momento de estágio, conjugam as orientações teóricas e os modelos que observam na prática. Participaram no estudo dez educadores-estagiários e cinco educadores-cooperantes da ESEB. Privilegiaram-se métodos qualitativos de recolha e análise da informação provenientes de entrevistas semi-estruturadas e dos portfólios dos educadores-estagiários, triangulando posteriormente os dados. As conclusões explicitam com maior incidência, na socialização dos educadores-estagiários, os seguintes aspectos: (1) Modelo de formação inicial; (2) Processo de integração; (3) Práticas de supervisão. No modelo de formação salientam-se aspectos positivos assim como algumas lacunas. Como aspectos positivos ressaltam o equipamento e instalações da ESEB, o saber científico e a capacidade relacional de alguns dos seus professores e a existência de disciplinas de carácter transdisciplinar. Como lacunas mencionam-se: as horas da prática pedagógica; a falta de observação dos contextos, no 1.º ano do curso; a carga lectiva excessiva no 1º semestre do 4.º ano; e a de estrutura de algumas disciplinas. As representações sobre o processo de integração dos educadores-estagiários evidenciam que o início do estágio é um momento de angústia, onde se vivenciam sentimentos de receio, dúvida e incerteza. Assumem-se a dimensão relacional e os contextos como factores influenciadores das acções e comportamentos dos educadores, em situação de estágio. Nas práticas de supervisão parecem coexistir orientações normativas, de distanciamento e colaborativas. Face às relações desencadeadas nos contextos os educadores-estagiários adoptam posturas de submissão, redefinição estratégica, colaboração e procura. Com base nos resultados sugere-se: articulação do modelo de formação com a especificidade da educação de infância; adequação das práticas das educadoras-cooperantes a modelos mais largos de intervenção; mediação supervisiva como suporte na construção de competências profissionais. |
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