A relação entre o desporto e a mulher na imprensa desportiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amaral, Mathilde
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/14157
Resumo: Na História da humanidade sempre existiram desigualdades entre homens e mulheres. Os anos passaram, mas a tendência é a mesma. Apesar de que, atualmente, existe uma luta mais forte pela igualdade entre géneros. As mulheres sempre foram consideradas como sendo inferiores aos homens e, muitas vezes, rebaixadas apenas pelos seus principais papéis socialmente atribuídos: cuidadora e mãe. O domínio pode mudar, mas a desigualdade mantém-se seja nos empregos ou nos salários, na diferença de tratamento social ou ainda no reconhecimento. O desporto é uma área onde estas diferenças se fazem sentir, principalmente entre a atenção mediática e consequente visibilidade dada aos atletas masculinos comparativamente com as atletas femininas. O desporto sempre foi conhecido como sendo um domínio masculinizado, embora o número de praticantes mulheres e atletas federadas esteja sempre a aumentar: em 2020, inscritas mais de 164 000 mulheres, mesmo assim um número inferior ao dos atletas federados masculinos. Dessa desigualdade nascem vários preconceitos, e as atletas femininas acabam por ser prejudicadas, a começar pela discriminatória exposição nos média. Como concluímos neste trabalho, os órgãos de comunicação social, seja tanto no número de notícias como pela maneira de retratar as atletas, continuam a privilegiar os homens tal como acontece também nas redes sociais. Com este estudo, procurou-se perceber qual é a relação entre o desporto e a mulher na imprensa desportiva. Para isso, analisamos, num arco temporal de dois meses, as publicações diárias dos três jornais desportivos em Portugal: O Jogo, o Record e a Bola. Esta análise tem como intuito perceber qual o lugar dado ao desporto feminino na comunicação social, confirmando-se que é muito inferior ao desporto masculino. Realizamos um inquérito exploratório, de forma a perceber qual é a opinião e o tratamento dos leitores relativamente ao desporto feminino. Tratando-se de um inquérito exploratório não poderemos afirmar que os resultados obtidos são representativos de toda a população portuguesa. Ainda com o mesmo objetivo, realizamos entrevistas a jornalistas da área como também às próprias atletas para entender qual o seu ponto de vista acerca do tema, de forma a ter em conta não só a opinião de quem lê, mas também de quem as escreve e de quem se torna o principal sujeito. Com base na análise dos referidos jornais e das entrevistas, procurou-se dar resposta às questões de investigação. Uma das conclusões predominante que resulta do estudo é que existe uma desigualdade de género e muito significativa nos jornais desportivo. O desporto feminino é ainda considerado como menos interessante do que o masculino e, portanto, os jornais carecem de conteúdo acerca do mesmo.
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O desporto sempre foi conhecido como sendo um domínio masculinizado, embora o número de praticantes mulheres e atletas federadas esteja sempre a aumentar: em 2020, inscritas mais de 164 000 mulheres, mesmo assim um número inferior ao dos atletas federados masculinos. Dessa desigualdade nascem vários preconceitos, e as atletas femininas acabam por ser prejudicadas, a começar pela discriminatória exposição nos média. Como concluímos neste trabalho, os órgãos de comunicação social, seja tanto no número de notícias como pela maneira de retratar as atletas, continuam a privilegiar os homens tal como acontece também nas redes sociais. Com este estudo, procurou-se perceber qual é a relação entre o desporto e a mulher na imprensa desportiva. Para isso, analisamos, num arco temporal de dois meses, as publicações diárias dos três jornais desportivos em Portugal: O Jogo, o Record e a Bola. Esta análise tem como intuito perceber qual o lugar dado ao desporto feminino na comunicação social, confirmando-se que é muito inferior ao desporto masculino. Realizamos um inquérito exploratório, de forma a perceber qual é a opinião e o tratamento dos leitores relativamente ao desporto feminino. Tratando-se de um inquérito exploratório não poderemos afirmar que os resultados obtidos são representativos de toda a população portuguesa. Ainda com o mesmo objetivo, realizamos entrevistas a jornalistas da área como também às próprias atletas para entender qual o seu ponto de vista acerca do tema, de forma a ter em conta não só a opinião de quem lê, mas também de quem as escreve e de quem se torna o principal sujeito. Com base na análise dos referidos jornais e das entrevistas, procurou-se dar resposta às questões de investigação. Uma das conclusões predominante que resulta do estudo é que existe uma desigualdade de género e muito significativa nos jornais desportivo. O desporto feminino é ainda considerado como menos interessante do que o masculino e, portanto, os jornais carecem de conteúdo acerca do mesmo.In human history, there have always been inequalities between men and women. The years have passed, but the trend is the same. Although today there is a stronger fight for gender equality. Women have always been considered to be inferior to men and often demeaned only by their main socially assigned roles: carer and mother. The domain may change, but inequality remains, whether in jobs or salaries, in the difference in social treatment or even in recognition. Sport is one area where these differences are felt, especially between the media attention and consequent visibility given to male athletes compared to female athletes. Sport has always been known as a masculinised domain, even though the number of female practitioners and federated athletes is increasing all the time: in 2020, more than 164,000 women were registered, which is still far less than the number of male federated athletes. This inequality gives rise to various prejudices, and female athletes end up being disadvantaged, starting with discriminatory media exposure. As we concluded in this study, the media, both in terms of the number of news stories and the way they portray female athletes, continue to favour men, as is also the case on social media. The aim of this study was to understand the relationship between sport and women in the sports press. To do this, we analysed the daily publications of three sports newspapers in Portugal over a two-month period: O Jogo, Record and Bola. The aim of this analysis was to understand the place given to women's sport in the media, which turned out to be much lower than men's sport. We also carried out an exploratory survey in order to understand readers' opinions and treatment of women's sport. As this was an exploratory survey, we cannot say that the results obtained are representative of the entire Portuguese population. Still with the same objective, we conducted interviews with journalists in the field as well as the athletes themselves to understand their point of view on the subject, in order to get not only the opinion of those who read it, but also of those who write it and who become the main subject. Based on the analysis of these newspapers and the interviews, we tried to answer the research questions. One of the main conclusions that emerged from the study is that there is very significant gender inequality in sports newspapers. Women's sport is still considered to be less interesting than men's sport and therefore the newspapers lack content about it.Sá, Sónia Manuela Martins deuBibliorumAmaral, Mathilde2024-01-25T14:31:00Z2023-11-212023-10-042023-11-21T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/14157TID:203462823porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-31T02:32:12Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/14157Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:59:17.726462Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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