Autocontrolo, capacidade para amar e psicopatia: estudo comparativo entre população reclusa e não reclusa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Inês Garcias Nogueira Ávila
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/14091
Resumo: As relações entre o autocontrolo e a psicopatia têm sido amplamente estudadas em amostras forenses, associadas, muitas vezes, a indicadores de desajustamento psicológico. Existem bastantes menos estudos acerca destas dimensões, quer na população geral, quer associados a dimensões promotoras de um funcionamento mais adaptativo. Assim sendo, o presente estudo teve como objetivos principais: a) Explorar as associações entre o autocontrolo, as dimensões da psicopatia e capacidade para amar).; b) Analisar os níveis de autocontrolo, de psicopatia e a capacidade para amar, comparando-os entre a população reclusa e não reclusa, em função do género. Participaram neste estudo 255 indivíduos, 153 (68%) em reclusão e 102 (32%) em não reclusão, sendo que, nos que vivem em reclusão 71 (46.4%) eram do género feminino e 82 (53.6) são do género masculino, enquanto que nos que vivem na comunidade, 74 (72.5%) eram do género feminino e 28 (27.5%) do género masculino. De modo geral, os resultados indicaram que quanto maior for a capacidade para amar, maiores tenderão a ser os níveis de autocontrolo e menores os de psicopatia. Valores mais baixos de autocontrolo mostraram-se ainda associados a níveis mais elevados de psicopatia em todas as suas dimensões. Em relação à psicopatia, o género não influencia significativamente os níveis de psicopatia, tendo-se, no entanto, encontrado diferenças significativas entre reclusos e não reclusos, independentemente do género dos mesmos. No que se refere à capacidade para amar e ao autocontrolo, não se encontram diferenças estatisticamente significativas. A investigação decorrente deste estudo é relevante para a contribuição do conhecimento científico sobre as variáveis apresentadas, tanto na população reclusa como na não reclusa, sendo que se espera que os resultados inerentes ao mesmo possam contribuir para futuros estudos neste âmbito. Palavras-chave: Autocontrolo, Psicopatia, Capacidade para Amar, População Reclusa, População não-reclusa.
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