Impacto do confinamento na composição corporal, níveis de sedentarismo e qualidade de vida das crianças, pela perspetiva dos pais e professores
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Publication Date: | 2022 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Download full: | http://hdl.handle.net/20.500.11960/2753 |
Summary: | Com a pandemia devido da COVID-19, em que foi obrigatório o isolamento social e confinamento de toda a população, o presente estudo teve como objetivo investigar o impacto que o confinamento teve na qualidade de vida, na composição corporal e níveis de sedentarismo nas crianças dos 3 aos 12 anos segundo a perspetiva dos pais e professores. Para tal foi construído e aplicado um questionário (em dois momentos) aos pais e encarregados de educação e realizaram-se ainda três focus group a professores de natação e aos pais e encarregados de educação. Perante os resultados do questionário é possível concluir que o confinamento teve impacto na qualidade de vida das crianças, especialmente no que toca à rotina, horas de sono e níveis de atividade física (AF), existindo diferenças entre as faixas etárias analisadas e para o fator ser filho único. Contudo, e segundo a opinião e perceção dos pais e encarregados de educação, os níveis de AF durante o confinamento aumentaram, dado este que vai no sentido contrário aos resultados obtidos através do questionário. O facto de os pais passarem mais tempo com os filhos durante o confinamento e aquilo que é a perceção individual, pode estar a influenciar os resultados, visto que os dados quantitativos contrariam essa perceção. A gestão do dia-a-dia, o aumento do tempo despendido no ecrã e a diminuição de horas de sono foram vetores que também sofreram um impacto significativo e que se agravaram do primeiro para o segundo confinamento. Os professores, evidenciaram a perceção de mudanças no comportamento das crianças, aumento do nível de gordura corporal e menor concentração nas tarefas propostas, quando do regresso às atividades presenciais. Ficou comprovado também que a envolvência familiar nas atividades das crianças teve um papel decisivo para que os comportamentos mais sedentários diminuíssem, assim como as características da habitação, a existência de espaço exterior para a realização de atividades, influenciou positivamente a vida destas crianças. Com esta investigação comprova-se que o confinamento influenciou de forma negativa os níveis de AF e horas de sono, havendo um aumento do tempo despendido no ecrã. Conclui-se também que, a envolvência familiar nas atividades com a componente motora, teve um papel decisivo para que os níveis de sedentarismo baixassem. |
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Perante os resultados do questionário é possível concluir que o confinamento teve impacto na qualidade de vida das crianças, especialmente no que toca à rotina, horas de sono e níveis de atividade física (AF), existindo diferenças entre as faixas etárias analisadas e para o fator ser filho único. Contudo, e segundo a opinião e perceção dos pais e encarregados de educação, os níveis de AF durante o confinamento aumentaram, dado este que vai no sentido contrário aos resultados obtidos através do questionário. O facto de os pais passarem mais tempo com os filhos durante o confinamento e aquilo que é a perceção individual, pode estar a influenciar os resultados, visto que os dados quantitativos contrariam essa perceção. A gestão do dia-a-dia, o aumento do tempo despendido no ecrã e a diminuição de horas de sono foram vetores que também sofreram um impacto significativo e que se agravaram do primeiro para o segundo confinamento. Os professores, evidenciaram a perceção de mudanças no comportamento das crianças, aumento do nível de gordura corporal e menor concentração nas tarefas propostas, quando do regresso às atividades presenciais. Ficou comprovado também que a envolvência familiar nas atividades das crianças teve um papel decisivo para que os comportamentos mais sedentários diminuíssem, assim como as características da habitação, a existência de espaço exterior para a realização de atividades, influenciou positivamente a vida destas crianças. Com esta investigação comprova-se que o confinamento influenciou de forma negativa os níveis de AF e horas de sono, havendo um aumento do tempo despendido no ecrã. Conclui-se também que, a envolvência familiar nas atividades com a componente motora, teve um papel decisivo para que os níveis de sedentarismo baixassem.In long periods without school, children tend to adopt more sedentary behaviors. Knowing that we are in a pandemic situation due to COVID-19, in which social isolation and confinement of the entire population was mandatory, This study aimed to investigate the impact that confinement had on quality of life, body composition and levels of sedentary lifestyle in children aged 3 to 12 years, from the perspective of parents and teachers. To this end, a questionnaire was designed and applied (in two moments) to parents and swimming teachers along with three focus groups. Based on the results of the questionnaire, we can conclude that confinement had an impact on the quality of life of children, especially regarding to routine, hours of sleep and levels of physical activity (PA), with differences between the age groups analyzed and the fact of being only child. However, and according to the opinion of parents, PA levels during confinement increased, giving a different insight, as this goes against the results obtained through the questionnaire. The fact that parents spend more time with their children during confinement and what is the individual perception may be influencing the results, as the quantitative data contradict this perception. Day-to-day management, increased time spent on the screen and decreased sleep hours were vectors that also had a significant impact and that declined from the first to the second confinement. Teachers revealed a perception that children's behavior changed, with increased body fat level and less concentration on the proposed tasks, after returned to face-to-face activities. It was also proven that family involvement in children’s activities play a decisive role in reducing more sedentary behavior. Housing characteristics, the existence of outdoor space for carrying out activities, also positively influenced the lives of these children. This research demonstrates that confinement negatively influenced levels of PA and hours of sleep, with a consequent increase in time spent on screen. It was also concluded that the family involvement in activities with motor component of children played a decisive role in lowering the levels of sedentary lifestyle.2022-06-14T10:58:43Z2022-05-05T00:00:00Z2022-05-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/2753TID:203017803porSilva, Ana Rita Lopes dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:44:34Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/2753Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:46.154831Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Com a pandemia devido da COVID-19, em que foi obrigatório o isolamento social e confinamento de toda a população, o presente estudo teve como objetivo investigar o impacto que o confinamento teve na qualidade de vida, na composição corporal e níveis de sedentarismo nas crianças dos 3 aos 12 anos segundo a perspetiva dos pais e professores. Para tal foi construído e aplicado um questionário (em dois momentos) aos pais e encarregados de educação e realizaram-se ainda três focus group a professores de natação e aos pais e encarregados de educação. Perante os resultados do questionário é possível concluir que o confinamento teve impacto na qualidade de vida das crianças, especialmente no que toca à rotina, horas de sono e níveis de atividade física (AF), existindo diferenças entre as faixas etárias analisadas e para o fator ser filho único. Contudo, e segundo a opinião e perceção dos pais e encarregados de educação, os níveis de AF durante o confinamento aumentaram, dado este que vai no sentido contrário aos resultados obtidos através do questionário. O facto de os pais passarem mais tempo com os filhos durante o confinamento e aquilo que é a perceção individual, pode estar a influenciar os resultados, visto que os dados quantitativos contrariam essa perceção. A gestão do dia-a-dia, o aumento do tempo despendido no ecrã e a diminuição de horas de sono foram vetores que também sofreram um impacto significativo e que se agravaram do primeiro para o segundo confinamento. Os professores, evidenciaram a perceção de mudanças no comportamento das crianças, aumento do nível de gordura corporal e menor concentração nas tarefas propostas, quando do regresso às atividades presenciais. Ficou comprovado também que a envolvência familiar nas atividades das crianças teve um papel decisivo para que os comportamentos mais sedentários diminuíssem, assim como as características da habitação, a existência de espaço exterior para a realização de atividades, influenciou positivamente a vida destas crianças. Com esta investigação comprova-se que o confinamento influenciou de forma negativa os níveis de AF e horas de sono, havendo um aumento do tempo despendido no ecrã. Conclui-se também que, a envolvência familiar nas atividades com a componente motora, teve um papel decisivo para que os níveis de sedentarismo baixassem. |
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