Functional activity of seaweed extracts from the north portuguese coast

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendes, Marta Sofia de Almeida
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/11368
Resumo: A utilização de algas marinhas como fontes potenciais de compostos nutracêuticos e farmacêuticos tem aumentado recentemente devido à constatação de que estas contêm compostos bioactivos, com actividades antioxidante e antimicrobiana (entre outras actividades), que podem inibir o crescimento de algumas bactérias contaminantes e/ou patogénicas e de leveduras prevenindo a deterioração de alimentos ou a infecção ou contribuindo mesmo para o seu melhor controlo. O litoral português alberga uma grande biodiversidade no que concerne a algas marinhas, porém muitas encontram-se por caracterizar em termos de propriedades funcionais. Neste contexto, o objectivo deste trabalho foi estabelecer um procedimento melhorado para a obtenção de extractos de algas marinhas e testar a sua actividade antimicrobiana contra espécies selecionadas de leveduras, bactérias Gram positivas e Gram negativas, bem como a sua actividade antioxidante. Para tentativamente atestar o seu comportamento, os perfis lipídico e fenólico foram testados. As algas utilizadas neste estudo, incluindo as de aquacultura integrada e as de habitat natural, foram obtidas no Norte de Portugal. A alga Gracilaria vermiculophylla foi usada para os ensaios de optimização do processo de extracção, enquanto as Gracilaria vermiculophylla, Porphyra dioica e Chondrus crispus foram utilizadas para os ensaios de actividade antimicrobiana e antioxidante. Os estudos de optimização centraram-se na definição dos pré-tratamentos (secagem) e da temperatura a utilizar durante o processo de extracção. Os resultados revelaram que os organismos testados foram mais sensíveis aos extractos obtidos com algas secas, continuamente processados a temperaturas mais elevadas. Posteriormente, extratos obtidos com três diferentes solventes (acetato de etilo, éter dietílico e metanol:água) foram testados. No que diz respeito à avaliação da actividade antimicrobiana, as espécies testadas incluíram (i) bactérias Gram negativas - Escherichia coli, Salmonella enteritidis e Pseudomonas aeruginosa; (ii) bactérias Gram positivas – Listeria innocua, Bacillus cereus, Enterococcus faecalis, Lactobacillus brevis, Staphylococcus aureus, todas de origem alimentar, e uma estirpe de Staphylococcus aureus de origem clínica, e (iii) a levedura Candida spp. também de origem clinica. Os testes para avaliar a actividade antimicrobiana dos extractos foram realizados utilizando o método de difusão em agar e os resultados indicaram uma forte actividade antimicrobiana dos extractos de acetato de etilo, quando comparado com os extractos de metanol e éter dietílico e mostraram uma tendência fraca para a inibição de microrganismos Gram positivos. O perfil de ácidos gordos de extractos de acetato de etilo revelou uma predominância de ácidos gordos saturados (SFA), especialmente o acido palmítico (16:0), seguido por ácidos gordos polinsaturados (PUFA) e ácidos gordos monoinsaturados (MUFA) e mostrou um teor mais elevado de ácidos gordos em G. vermiculophylla e P. dioica de aquacultura. Tendo em conta os resultados obtidos para a actividade antioxidante, foi demonstrado que os extractos metanólicos apresentaram actividade mais elevada quando comparada com os outros solventes testados. O perfil fenólico revelou que os extractos metanólicos mostraram quantidades mais elevadas de compostos fenólicos, tais como catequinas e ácido protocatecuico, o que pode indiciar o seu papel na actividade antioxidante.
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Neste contexto, o objectivo deste trabalho foi estabelecer um procedimento melhorado para a obtenção de extractos de algas marinhas e testar a sua actividade antimicrobiana contra espécies selecionadas de leveduras, bactérias Gram positivas e Gram negativas, bem como a sua actividade antioxidante. Para tentativamente atestar o seu comportamento, os perfis lipídico e fenólico foram testados. As algas utilizadas neste estudo, incluindo as de aquacultura integrada e as de habitat natural, foram obtidas no Norte de Portugal. A alga Gracilaria vermiculophylla foi usada para os ensaios de optimização do processo de extracção, enquanto as Gracilaria vermiculophylla, Porphyra dioica e Chondrus crispus foram utilizadas para os ensaios de actividade antimicrobiana e antioxidante. Os estudos de optimização centraram-se na definição dos pré-tratamentos (secagem) e da temperatura a utilizar durante o processo de extracção. Os resultados revelaram que os organismos testados foram mais sensíveis aos extractos obtidos com algas secas, continuamente processados a temperaturas mais elevadas. Posteriormente, extratos obtidos com três diferentes solventes (acetato de etilo, éter dietílico e metanol:água) foram testados. No que diz respeito à avaliação da actividade antimicrobiana, as espécies testadas incluíram (i) bactérias Gram negativas - Escherichia coli, Salmonella enteritidis e Pseudomonas aeruginosa; (ii) bactérias Gram positivas – Listeria innocua, Bacillus cereus, Enterococcus faecalis, Lactobacillus brevis, Staphylococcus aureus, todas de origem alimentar, e uma estirpe de Staphylococcus aureus de origem clínica, e (iii) a levedura Candida spp. também de origem clinica. Os testes para avaliar a actividade antimicrobiana dos extractos foram realizados utilizando o método de difusão em agar e os resultados indicaram uma forte actividade antimicrobiana dos extractos de acetato de etilo, quando comparado com os extractos de metanol e éter dietílico e mostraram uma tendência fraca para a inibição de microrganismos Gram positivos. O perfil de ácidos gordos de extractos de acetato de etilo revelou uma predominância de ácidos gordos saturados (SFA), especialmente o acido palmítico (16:0), seguido por ácidos gordos polinsaturados (PUFA) e ácidos gordos monoinsaturados (MUFA) e mostrou um teor mais elevado de ácidos gordos em G. vermiculophylla e P. dioica de aquacultura. Tendo em conta os resultados obtidos para a actividade antioxidante, foi demonstrado que os extractos metanólicos apresentaram actividade mais elevada quando comparada com os outros solventes testados. O perfil fenólico revelou que os extractos metanólicos mostraram quantidades mais elevadas de compostos fenólicos, tais como catequinas e ácido protocatecuico, o que pode indiciar o seu papel na actividade antioxidante.The use of marine algae as potential sources of pharmaceutical and nutraceutical compounds has been increasing recently, due to the realization that they contain bioactive compounds, with antioxidant and antimicrobial activities (among others), which could inhibit the growth of some contaminant and/or pathogenic bacteria and yeasts, preventing food spoilage or infection and even contributing to its better control. The Portuguese coastline is home to a great diversity in terms of seaweed however, many of them are not yet characterized in terms of functional properties. In this context, the aim of this work was to establish an improved procedure for obtaining extracts from marine algae and to test its antimicrobial activity against selected species of yeasts, Gram positive and Gram negative bacteria. Furthermore, the antioxidant activity of the extracts was also assayed. Finally, an in order to correlate between the composition of the extracts and its bioactivity, their characterization was tentatively established through the determination of lipidic and phenolic profiles. Seaweeds used in this study including those from integrated aquaculture and from their natural habitat, were obtained in the North of Portugal. Gracilaria vermiculophylla was used for the assays of optimization of the extraction procedure, whereas Gracilaria vermiculophylla, Porphyra dioica and Chondrus crispus were used for antimicrobial and antioxidant assays. Optimization studies were focused on the definition of the pre-treatments of the algae (drying) and the temperature used during the extraction process. Results revealed that test organisms were more sensitive to extracts obtained with dried algae, continuously processed at higher temperatures. Subsequently, extracts obtained with three different solvents (ethyl acetate, diethyl ether and methanol:water) were tested. Concerning antimicrobial capacity evaluation, species tested included (i) Gram negative bacteria – Escherichia coli, Salmonella enteritidis and Pseudomonas aeruginosa; (ii) Gram positive bacteria – Listeria innocua, Bacillus cereus, Enterococcus faecalis, Lactobacillus brevis, Staphylococcus aureus, all from food origin and a strain of Staphylococcus aureus from clinical origin and (iii) the yeast Candida spp. from clinical origin as well. Tests to assess the antimicrobial activity of the extracts were performed using the agar diffusion method, and results indicated a stronger antimicrobial activity of the ethyl acetate extracts when comparing with the diethyl ether and methanolic ones, and a weak tendency for inhibition of Gram positive microorganisms. The fatty acid profile of ethyl acetate extracts revealed a predominance of saturated fatty acids (SFA), especially palmitic acid (16:0), followed by polyunsaturated fatty acids (PUFA) and monounsaturated fatty acids (MUFA), and showed a higher content of fatty acids on aquaculture extracts in Gracilaria vermiculophylla and Porphyra dioica. Taking into account the results for antioxidant activity tested with the ABTS•+ method, it was shown that methanolic extracts had highest activity when compared to the other solvents tested. The phenolic profile revealed that these extracts had highest amounts of phenolic compounds such as catechin and protocatechuic acid, which could take a role in the antioxidant activity.Gomes, Ana Maria PereiraCarvalho, Ana Paula Santos deVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaMendes, Marta Sofia de Almeida2013-06-18T09:00:21Z2012-11-0820122012-11-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/11368enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-09-19T01:38:33Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/11368Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:09:28.980915Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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