Equinácea no tratamento de afeções respiratórias: Uso e aconselhamento na farmácia de oficina e avaliação de potencial antioxidante e composição química de diferentes preparações

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pires, Cristiana Maria Sales
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/11776
Resumo: Mestrado em cooperação com a Universidade de Salamanca
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spelling Equinácea no tratamento de afeções respiratórias: Uso e aconselhamento na farmácia de oficina e avaliação de potencial antioxidante e composição química de diferentes preparaçõesMestrado em cooperação com a Universidade de SalamancaOs estados gripais, comuns na população, são um dos principais responsáveis da recorrência a cuidados primários de saúde. A solução passa pela prevenção onde a equinácea aparece como uma boa opção, pela sua ação imunomoduladora. Esta apresenta um longo historial de utilização em infeções virais e bacterianas, desde os povos nativos da América do Norte, até à atualidade. Com a realização deste trabalho conseguiu-se identificar e inventariar quanto à disponibilidade, níveis de procura e de aconselhamento, em farmácias de oficina, fitoterápicos que integrem na sua composição Echinacea purpurea (EP) tais como Echinacin Xarope ®, Echinaforce ® comprimidos, Echinaforce ® solução oral, Sinegripin ® carteiras, Vitacê ®, Arkocápsulas Equinácea ® e S.O.S Imune Kids ®, sendo estes dois últimos os mais vendidos e aconselhados. Na análise laboratorial de diferentes preparações à base de EP avaliou-se a atividade antioxidante de extratos hidroetanólicos, infusões e decocções obtidos a partir de material vegetal, produzido em modo biológico (material colhido fresco e, posteriormente liofilizado, e material previamente seco na empresa, usado para comercialização a granel), bem como de fitoterápicos com EP (comprimido e xarope). A atividade antioxidante foi avaliada em ensaios in vitro por determinação de efeitos captadores de radicais livres, poder redutor, inibição da descoloração do beta-caroteno e inibição da peroxidação lipídica em homogeneizados cerebrais. Procedeu-se ainda à determinação cromatográfica de açúcares, ácidos orgânicos, e tocoferóis das diferentes amostras. A ausência de citotoxicidade foi comprovada utilizando uma cultura primária de células de fígado de porco (PLP2). No geral foi o extrato hidroetanólico da planta liofilizada que revelou melhores resultados em todos os ensaios, talvez relacionados com a sua maior concentração de fenóis e flavonoides. Relativamente à atividade captadora de radicais 2,2-difenil-1-picril-hidrazilo (DPPH), esta foi estatisticamente similar neste extrato, na infusão e decocção da planta liofilizada, extrato hidroetanólico da planta seca e no comprimido e no caso do poder redutor este foi estatisticamente equiparável ao comprimido. O xarope apresentou os piores resultados e a infusão demonstrou ter a menor capacidade de inibição da descoloração do beta-caroteno.Em relação aos açúcares livres foram detetados frutose, glucose, arabinose nas plantas seca e liofilizada; no entanto, a planta liofilizada apresentou também sacarose. O xarope apresentou como açúcar maioritário o xilitol, como indicado no rótulo da embalagem comercial, seguido de frutose e glucose. O comprimido apresentou sorbitol e quantidades vestigiais de sacarose. Identificaram-se seis ácidos orgânicos diferentes (ácidos oxálico, quínico, málico, xiquímico, cítrico e sucínico), sendo o ácido cítrico o mais abundante na planta liofilizada e no comprimido. O ácido sucínico predominou no extrato da planta seca e xarope. A amostra de planta liofilizada apresentou quatro isoformas de tocoferóis, sendo o α-tocoferol a isoforma maioritária. Por sua vez, na amostra de planta seca foram identificadas todas as isoformas exceto o δ-tocoferol. O comprimido continha apenas α-tocoferol e o xarope não apresentou nenhuma das isoformas.Colds are common in general population and lead the use of primary health care resources. The solution lies in prevention where equinacea appears as a good option for its immunomodulatory action. This has a long history of use in viral infections and bacterial infections, since the Native Americans, up to the present time. With the completion of this work, we were able to identify and inventory (regarding availability, demand and advice levels in community pharmacies), some products used in phytotherapy whose composition integrates Echinacea purpurea (EP), such as Echinacin Xarope ®, Echinaforce ® pills, Echinaforce ® oral solution, Sinegripin ® sachets, Vitacê ®, Arkocápsulas Equinácea® and S.O.S Imune Kids ®. The latter two were the most sold and advised. In laboratory analysis of different preparations with EP we evaluated the antioxidant activity of hydroethanolic extracts, infusions and decoctions obtained from plant material, produced in organic farming (fresh gathered material that was subsequently freeze-dried, and industrially dried plant parts for bulk sale), as well as of phytotherapic preparations with EP (pills and syrup). The antioxidant activity was evaluated in vitro assays for the determination of scavenging effects of free radicals, reducing power, inhibition of discoloration of beta-carotene and inhibition of lipid peroxidation in brain homogenates. We also proceed to the chromatographic determination of sugars, organic acids, and tocopherols of different samples. The absence of cytotoxicity was confirmed using a primary culture of cells of pork liver (PLP2). In general was the hydroethanolic extract of freeze-dried plant that showed better results in all tests, perhaps related to their greater concentration of phenols and flavonoids. With regard to the scavenging activity of radical 2,2-diphenyl-1-picryl-hidrazilo (DPPH), this was statistically similar in this extract, the infusion and decoction of the freeze-dried plant, hydroethanolic extract of dry plant and in pills; in case of reducing power this was statistically comparable to pills. The syrup showed the worst results and the infusion has been shown to have a lower capacity for inhibiting beta-carotene bleaching. With respect to free sugars were detected fructose, glucoses, arabinose in dry and freeze-dried plants; however, the freeze-dried plant also presented sucrose. The syrup presented xylitol as majority sugar, as indicated on the label of the syrup commercial packaging, followed by fructose and glucose. Pills presented sorbitol and trace quantities of sucrose. We identified six organic acids (oxalic, quinic, malic, shikimic, citric and succinic acids), being the citric acid the more abundant in freeze-dried plant and compressed. The succinic acid predominated in the dry plant extract and syrup. The sample of freeze-dried plant presented four isoforms of tocopherols, being alpha-tocopherol isoform the majority. In turn, in the sample of the dry plant were all identified isoforms except the δ -tocopherol. Pills had only α-tocoferol in its constitution and syrup had none isoform.Carvalho, Ana MariaFerreira, Isabel C.F.R.Montero Gómez, María JoséBiblioteca Digital do IPBPires, Cristiana Maria Sales2015-04-24T10:39:51Z20142014-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/11776TID:201777495porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:27:42Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/11776Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:02:15.557352Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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