A extinção dos morgadios em Bragança: propriedade fundiária e morfologia social no século XIX

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pires, Leonardo Aboim
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/98746
Resumo: É sobejamente sabido que a instauração do liberalismo em Portugal acarretou dinâmicas próprias no âmbito da reestruturação económica e recomposição social, com impactos em vários domínios como foi no caso da agricultura. A propriedade vinculada, onde se incluem os morgadios, seria afetada pelo novo regime político. Os vínculos, nos quais se encontrava um claro investimento simbólico, oriundo dos próprios fundamentos que suportaram a constituição desta modalidade, travavam um usufruto pleno da terra. Após vários anos de discussões, os morgadios acabariam extintos, de forma definitiva, pela carta de lei de 19 de maio de 1863. O objetivo deste artigo é analisar esta situação no distrito de Bragança. Sobre este nosso trabalho, mais do que uma incursão sobre os domínios da evolução interna das famílias que administravam os morgadios, é nosso objetivo observar através da análise dos referidos processos, as marcas das formas de propriedade na paisagem transmontana na segunda metade do século XIX. Evocando os elementos constantes nas várias propriedades existentes à época, quer do ponto de vista das culturas agrícolas, quer das marcas da sua transformação, entendemos dar um contributo para um conhecimento mais exato da atividade primária nos concelhos que compunham Bragança.
id RCAP_e5e04bb951bcc44d4ae02153bdbb2281
oai_identifier_str oai:estudogeral.uc.pt:10316/98746
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A extinção dos morgadios em Bragança: propriedade fundiária e morfologia social no século XIXAgricultura, Liberalismo, Morgadios, BragançaÉ sobejamente sabido que a instauração do liberalismo em Portugal acarretou dinâmicas próprias no âmbito da reestruturação económica e recomposição social, com impactos em vários domínios como foi no caso da agricultura. A propriedade vinculada, onde se incluem os morgadios, seria afetada pelo novo regime político. Os vínculos, nos quais se encontrava um claro investimento simbólico, oriundo dos próprios fundamentos que suportaram a constituição desta modalidade, travavam um usufruto pleno da terra. Após vários anos de discussões, os morgadios acabariam extintos, de forma definitiva, pela carta de lei de 19 de maio de 1863. O objetivo deste artigo é analisar esta situação no distrito de Bragança. Sobre este nosso trabalho, mais do que uma incursão sobre os domínios da evolução interna das famílias que administravam os morgadios, é nosso objetivo observar através da análise dos referidos processos, as marcas das formas de propriedade na paisagem transmontana na segunda metade do século XIX. Evocando os elementos constantes nas várias propriedades existentes à época, quer do ponto de vista das culturas agrícolas, quer das marcas da sua transformação, entendemos dar um contributo para um conhecimento mais exato da atividade primária nos concelhos que compunham Bragança.Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/98746http://hdl.handle.net/10316/98746porPires, Leonardo Aboiminfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-02-07T21:45:30Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/98746Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:16:30.032354Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A extinção dos morgadios em Bragança: propriedade fundiária e morfologia social no século XIX
title A extinção dos morgadios em Bragança: propriedade fundiária e morfologia social no século XIX
spellingShingle A extinção dos morgadios em Bragança: propriedade fundiária e morfologia social no século XIX
Pires, Leonardo Aboim
Agricultura, Liberalismo, Morgadios, Bragança
title_short A extinção dos morgadios em Bragança: propriedade fundiária e morfologia social no século XIX
title_full A extinção dos morgadios em Bragança: propriedade fundiária e morfologia social no século XIX
title_fullStr A extinção dos morgadios em Bragança: propriedade fundiária e morfologia social no século XIX
title_full_unstemmed A extinção dos morgadios em Bragança: propriedade fundiária e morfologia social no século XIX
title_sort A extinção dos morgadios em Bragança: propriedade fundiária e morfologia social no século XIX
author Pires, Leonardo Aboim
author_facet Pires, Leonardo Aboim
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Pires, Leonardo Aboim
dc.subject.por.fl_str_mv Agricultura, Liberalismo, Morgadios, Bragança
topic Agricultura, Liberalismo, Morgadios, Bragança
description É sobejamente sabido que a instauração do liberalismo em Portugal acarretou dinâmicas próprias no âmbito da reestruturação económica e recomposição social, com impactos em vários domínios como foi no caso da agricultura. A propriedade vinculada, onde se incluem os morgadios, seria afetada pelo novo regime político. Os vínculos, nos quais se encontrava um claro investimento simbólico, oriundo dos próprios fundamentos que suportaram a constituição desta modalidade, travavam um usufruto pleno da terra. Após vários anos de discussões, os morgadios acabariam extintos, de forma definitiva, pela carta de lei de 19 de maio de 1863. O objetivo deste artigo é analisar esta situação no distrito de Bragança. Sobre este nosso trabalho, mais do que uma incursão sobre os domínios da evolução interna das famílias que administravam os morgadios, é nosso objetivo observar através da análise dos referidos processos, as marcas das formas de propriedade na paisagem transmontana na segunda metade do século XIX. Evocando os elementos constantes nas várias propriedades existentes à época, quer do ponto de vista das culturas agrícolas, quer das marcas da sua transformação, entendemos dar um contributo para um conhecimento mais exato da atividade primária nos concelhos que compunham Bragança.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10316/98746
http://hdl.handle.net/10316/98746
url http://hdl.handle.net/10316/98746
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes
publisher.none.fl_str_mv Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134061496631296