Sem degelo na Transnístria
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/2940 |
Resumo: | Em Tiraspol, capital da pequena república separatista moldava da Transnístria, houve fortes manifestações de júbilo quando, a 20 de Março do ano passado, a Duma russa ratificou a anexação da Crimeia. Imediatamente, as autoridades parlamentares daquele território solicitaram a Moscovo o seu reconhecimento como parte integrante da Federação Russa. É verdade que o pedido não obteve resposta positiva, mas a esperança das populações da Transnístria não esmoreceu. Em vista dos acontecimentos que nos meses seguintes se desenvolveram na vizinha região do Donbas, no Leste da Ucrânia, tornou-se mais plausível a expectativa de que estava para breve a definição de jure do estatuto do seu território. E, contudo, no mesmo dia, Chisinau, capital da República da Moldávia, solicitava a Bruxelas que clarificasse as perspetivas de adesão à União Europeia. Também não sendo direta, a resposta não se fez porém esperar: em Abril é anunciada a liberalização do regime de vistos dos três milhões e meio de moldavos potencialmente interessados em viajar para o Espaço Schengen e, em Junho, ratificado o acordo de associação comercial UE-Moldávia, assinado em Novembro de 2013, em Vilnius, na véspera do início dos protestos no Euromaidan. Apesar de estas iniciativas das duas comunidades moldavas traduzirem inclinações opostas entre si, ambas encontram a sua razão de ser no mesmo facto: a atual competição geopolítica entre a Rússia e a União Europeia na faixa territorial que vai do mar Negro até ao Báltico. |
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