Avaliação in vitro do efeito de simulantes de fluidos vaginais em produtos probióticos de aplicação vaginal

• Autor(a) principal: Correia, Susana Melo
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/13972
• topic: Estirpes; Microbiota; Probiose; Probiótico; Simulantes de Fluidos Vaginais; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Ciências Farmacêuticas

A dissertação abrange duas componentes: investigação orientada pela ProfessoraDoutora Rita Palmeira de Oliveira e o Mestre Carlos Gaspar realizada no CentrodeInvestigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (CICS-UBI) eestágio realizado na Farmácia Mouro orientada pela Doutora Graciete. O trabalho de investigação constitui o capítulo I desta dissertação e visa estudaracapacidade de recuperação in vitro de estirpes probióticas de produtos probióticoscomerciais e posteriormente isoladas em simulantes de fluidos vaginais (SFV)representativos de diferentes situações fisiológicas e patológicas. Probióticos são microorganismos vivos que ao serem administrados emquantidadesadequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. A sua utilização poderáajudara restabelecer a microbiota vaginal, tratando ou prevenindo certas patologias. Noentanto, é fundamental que estas estirpes sejam capazes de sobreviver no ambientevaginal e de exercer os seus mecanismos de probiose. O estudo das interações entreosprodutos probióticos e os fluidos vaginais poderá ajudar na seleção de estirpesprobióticas e, consequentemente, melhorar a formulação destes produtos, potenciandoo seu aproveitamento durante a sua utilização. Os SFV utilizados corresponderam a modificações de composições iónicas e depHrelativamente ao simulante previamente publicado de modo a estudar a influênciadascomposições na sobrevivência das estirpes probióticas e a mimetizar situaçõespatológicas (como infeção vaginal bacteriana – bacteriose vaginal ou fúngica–candidose vulvovaginal). Isto permite aproximarmo-nos de uma situação patológicadeinfeção vaginal com a finalidade de observar o comportamento das estirpes e verificarem que medida é que as alterações que possam ocorrer in vivo poderão influenciarasobrevivência das estirpes utilizadas. Neste estudo foram utilizadas três formulações probióticas (Baciginal®Rapid, Gynoflor® e Normogin®. O método utilizado foi a dispersão de um comprimido/cápsula de probiótico nos SFVem condições de pH diferentes (3,5;4,2;5,0) e a utilização do meio de cultura líquidoMan Rogosa de (MRS) como controlo. Após a dispersão foramfeitas diluições que, posteriormente foram incubadas em períodos definidos (t0h, t6h, t12h, t24he t48h) e em condições (37ºC, 10%CO2 e 21% O2) que permitiram a contagemde unidades formadoras de colónias (UFC. Os produtos probióticos obtiveram uma recuperação superior ao alegado no rótulo doproduto. No entanto, a recuperação de células vivas em MRS, meio ideal decrescimento de Lactobacillus, foi superior à obtida nos simulantes utilizados nas diferentes condições de pH. No ensaio a partir da estirpe isolada dos produtos probióticos houve uma maior recuperação em MRS sendo o único a ultrapassar o valor alegado no rótulo dos produtos. A recuperação de Lactobacillus foi superior a partir dos produtos comercias do que a partir da estirpe isolada. O estágio constitui o capítulo II e retrata todo o conhecimento adquirido na área deFarmácia Comunitária.