Na linha da frente no combate à pandemia Covid-19: saúde mental, suporte social e civilidade no trabalho
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/6605 |
Resumo: | A Pandemia Covid-19 tornou-se num problema político, económico, social e especialmente um problema de saúde pública (Alan, et al, 2021; Choi & Cho, 2021), onde o estigma associado a determinadas profissões esteve presente (ligadas à saúde, segurança e socorro). Por ser uma realidade totalmente desconhecida causou medo, alarme social e dificuldades de assistência. O vírus gerou também um conjunto de informações contraditórias (veiculadas na comunicação social e nos discursos políticos), que entre outros problemas exacerbaram o risco de burnout, em especial em profissionais que estiveram e continuam a estar na primeira linha de contacto com pessoas infetadas, estando estas profissões mais expostas ao vírus (Alan, et al, 2021; Choi & Cho, 2021; Higginson, et al., 2020; Lázaro-Pérez, et al., 2020). Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto da pandemia na saúde mental, e a importância do suporte social e civilidade no trabalho para a saúde mental dos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e auxiliares de ação médica), de segurança (PSP e GNR), prestação de socorro (Bombeiros e INEM) e população em geral, particularizando quando trabalham por turnos e/ou estão deslocados. Para tal, foi desenvolvido um estudo de natureza quantitativa, correlacional e transversal, cuja amostra foi de conveniência, que decorreu no pináculo da 5.ª vaga da pandemia. Os dados foram recolhidos entre 8 de Fevereiro e 12 de Março de 2022. A amostra considerada válida foi constituída por 1314 participantes, 711 do género masculino (54.1%) e 603 do género feminino (45.9%), com uma média de idades de 37 anos (DP = 10.07), que variaram entre os 18 e os 73 anos. Foram utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21) (Pais-Ribeiro, Honrado & Leal, 2004); Inventário de Burnout de Maslach – Geral (IBM – GS) (Bakker, Demerouti & Schaufeli, 2002); Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS) (Pais-Ribeiro, 1999); Escala de Civilidade no Trabalho (ECT) (Nitzsche, 2015). Quanto aos resultados, os profissionais de saúde, apresentaram uma maior alteração ao nível da saúde mental, ou seja, evidenciando níveis significativamente mais elevados de ansiedade, stress, exaustão emocional e cinismo, quando comparados com as restantes categorias em estudo. Quanto ao Suporte Social, os profissionais de saúde apresentam níveis significativamente inferiores de satisfação com os amigos. Pelo contrário, apresentam níveis significativamente superiores de satisfação com a intimidade. Não se verificaram diferenças significativas em relação Satisfação com a Família e Atividades Sociais. Quanto à civilidade no trabalho, os profissionais de segurança são o grupo que apresenta níveis significativamente mais elevados |
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A Pandemia Covid-19 tornou-se num problema político, económico, social e especialmente um problema de saúde pública (Alan, et al, 2021; Choi & Cho, 2021), onde o estigma associado a determinadas profissões esteve presente (ligadas à saúde, segurança e socorro). Por ser uma realidade totalmente desconhecida causou medo, alarme social e dificuldades de assistência. O vírus gerou também um conjunto de informações contraditórias (veiculadas na comunicação social e nos discursos políticos), que entre outros problemas exacerbaram o risco de burnout, em especial em profissionais que estiveram e continuam a estar na primeira linha de contacto com pessoas infetadas, estando estas profissões mais expostas ao vírus (Alan, et al, 2021; Choi & Cho, 2021; Higginson, et al., 2020; Lázaro-Pérez, et al., 2020). Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto da pandemia na saúde mental, e a importância do suporte social e civilidade no trabalho para a saúde mental dos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e auxiliares de ação médica), de segurança (PSP e GNR), prestação de socorro (Bombeiros e INEM) e população em geral, particularizando quando trabalham por turnos e/ou estão deslocados. Para tal, foi desenvolvido um estudo de natureza quantitativa, correlacional e transversal, cuja amostra foi de conveniência, que decorreu no pináculo da 5.ª vaga da pandemia. Os dados foram recolhidos entre 8 de Fevereiro e 12 de Março de 2022. A amostra considerada válida foi constituída por 1314 participantes, 711 do género masculino (54.1%) e 603 do género feminino (45.9%), com uma média de idades de 37 anos (DP = 10.07), que variaram entre os 18 e os 73 anos. Foram utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21) (Pais-Ribeiro, Honrado & Leal, 2004); Inventário de Burnout de Maslach – Geral (IBM – GS) (Bakker, Demerouti & Schaufeli, 2002); Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS) (Pais-Ribeiro, 1999); Escala de Civilidade no Trabalho (ECT) (Nitzsche, 2015). Quanto aos resultados, os profissionais de saúde, apresentaram uma maior alteração ao nível da saúde mental, ou seja, evidenciando níveis significativamente mais elevados de ansiedade, stress, exaustão emocional e cinismo, quando comparados com as restantes categorias em estudo. Quanto ao Suporte Social, os profissionais de saúde apresentam níveis significativamente inferiores de satisfação com os amigos. Pelo contrário, apresentam níveis significativamente superiores de satisfação com a intimidade. Não se verificaram diferenças significativas em relação Satisfação com a Família e Atividades Sociais. Quanto à civilidade no trabalho, os profissionais de segurança são o grupo que apresenta níveis significativamente mais elevados |
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