Critérios de qualidade em exames endoscópicos: qual a relevância para os médicos de medicina geral e familiar?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barreto,Mariana
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Almeida,Nuno, Sousa,Joana, Henriques,Rafael, Grandão,Rui, Fagundo,Ana Maria, Silva,Beatriz Rosendo, Simões,Pedro Augusto, Correia,Catarina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732020000300003
Resumo: Introdução: A sintomatologia gastrointestinal é motivo frequente de consulta nos cuidados de saúde primários. Para melhor esclarecimento pode ser necessário o pedido de exames endoscópicos. Os seus relatórios devem cumprir critérios de qualidade definidos em recomendações nacionais e internacionais. Estudos anteriores concluíram que muitos relatórios são ainda redigidos de forma incompleta. Objetivos: Avaliar qual a relevância que os médicos de medicina geral e familiar (MGF) atribuem aos critérios de qualidade exigidos em relatórios de exames endoscópicos. Métodos: Estudo multicêntrico, transversal, envolvendo médicos especialistas e internos de MGF de Portugal que aceitaram participar no estudo. Dados recolhidos através do preenchimento de um questionário em plataforma digital (googleforms®), de 1 de dezembro de 2018 a 28 de fevereiro de 2019. Variáveis: idade, sexo, local de trabalho, região onde trabalham, categoria profissional, local de realização do exame, critérios de qualidade de endoscopia digestiva alta e colonoscopia. Utilizado SPSS®, estatística descritiva e inferencial (Mann-Whitney, Kruskal-Wallis). Aprovado pela Comissão de Ética da ARS Centro. Resultados: Foram obtidas 110 respostas válidas: 74,5% do sexo feminino, média etária de 32,4±7,4 anos; 77,0% de internos de MGF, 76,4% trabalhavam numa unidade de saúde familiar, com participantes de cinco ARS e Açores. Em 95,5% dos casos os exames foram realizados em entidades privadas, sendo a opinião sobre a oferta aceitável [3,7±1,0 (escala 1-5)]. Existe diferença estatisticamente significativa entre o grupo profissional e: referência ao endoscópio (p=0,015); ao colonoscópio (p=0,021) e à qualidade dos relatórios de endoscopia (p=0,010). Conclusões: Como participante ativo no processo diagnóstico dos doentes cabe também ao médico de família analisar a qualidade do relatório de um exame endoscópico. A amostra de pequena dimensão, não representativa da população de médicos de MGF, limita a robustez das conclusões. Os participantes consideram muito relevante a presença da maioria dos critérios de qualidade recomendados e a uniformização do conteúdo dos relatórios.
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