CO-3 SIMULAÇÃO EM PEDIATRIA – O PERCURSO ATÉ À SIMULAÇÃO IN SITU

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira Gonçalves, Carolina
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Fernandes, Dino, Camacho, Carmo, Barros, Andreia, Rodrigues, Regina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://revistas.rcaap.pt/anestesiologia/article/view/27390
Resumo: Introdução e Objetivos: A simulação in situ, integrada no ambiente clínico de cada serviço, potencia o realismo de cada cenário de reanimação. Os autores têm como objectivo descrever o percurso da simulação clínica em Pediatria no Centro de Simulação Clínica (CSC), com recurso a manequins e simuladores de alta fidelidade, iniciado em 2017 no próprio local do Centro e posteriormente a 2019, efectuado in situ, em diferentes áreas da emergência pediátrica. Materiais e Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo. Resultados e Discussão: Foram elaborados no CSC desde 2017, sete cursos de Simulação em Pediatria, com recurso a manequins e simuladores de alta fidelidade, cada um de 10h de duração, destinados a Pediatras, Internos de Pediatria e Enfermeiros empenhados em diferentes áreas pediátricas. Os objectivos desses cursos foram a simulação das situações de emergência mais comuns em Pediatria e treino da abordagem sistematizada do doente pediátrico crítico. A avaliação do curso pelos formandos foi positiva (inquéritos anónimos no final do curso). Nos pontos a melhorar, foi repetidamente enunciado a falta de realismo do treino efectuado, por equipas de formandos com elementos de diferentes serviços. Em 2019 e 2021, foram elaborados treinos de simulação in situ, com recurso a gravação de vídeo, na sala de Emergência do Serviço de Urgência e na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos e Neonatais. A metodologia e logística dos cenários de simulação foram redesenhadas, dado que os locais de emergência pediátrica onde foram efectuados têm funcionamento contínuo. Além do ganho significativo de realismo, foram identificadas, durante o debriefing, várias práticas a melhorar: activação da equipa de emergência pediátrica pelo sinal sonoro do Serviço de Urgência, necessidade de verificação cruzada na preparação de medicação, melhoria de comunicação em ansa fechada, entre outros. Conclusão: Consideramos que a evolução da simulação em Pediatria para o treino in situ, na nossa realidade, teve impacto favorável na prática diária, com ganhos importantes na melhoria de prestação de cuidados e objectivamente na segurança do doente. Por estes motivos, entendemos que os futuros cursos deverão incluir pelo menos um cenário de simulação in situ. A sua programação exige uma articulação cuidada com os Serviços, respeitando os recursos humanos e físicos, no seu funcionamento habitual.
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