A metamorfose de Medeia na Argonaútica de Apolónio de Rodes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Ana Alexandra Alves de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/29801
Resumo: A bárbara Medeia torna-se progressivamente uma grega na Argonáutica de Apolónio de Rodes. Para esta metamorfose é fundamental a morte de Absirto, pois o jovem ia no encalço dos Argonautas na qualidade de tutor legal da irmã, aossêtêr (4.406). Depois da sua morte elimina-se o obstáculo jurídico ao casamento de Medeia e é possível o apoio de Alcínoo. É em Drépano que ficamos a saber que a filha mais nova de Eetes deixou de ser um elemento estranho e uma bárbara aos olhos dos Gregos. O juramento pela vida da princesa (4.1055-1057) que os Argonautas fazem, de espada em riste, confirma o seu novo estatuto. Mais tarde, diante de Talos, o gigante de bronze (4.1660-1661), Medeia surge na sua nova posição, enfatizada pelo gesto de Jasão que lhe estende a mão para atravessar o barco (4.1663). Medeia torna-se, ao mesmo tempo, argonauta e grega, sem nunca dissimular a sua natureza de feiticeira (4.1677). O nosso propósito é, portanto, destacar esta metamorfose, que principia com a morte de Absirto.
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