Perceção dos professores do 1º ciclo face ao mau trato infantil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Sandra Isabel Gomes
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/2862
Resumo: Introdução: Direitos fundamentais como a integridade física e emocional das crianças são hoje, amplamente reconhecidos pela sociedade. Os professores, pela posição privilegiada relativamente ao contacto direto com as crianças, têm responsabilidades específicas, em matéria de proteção à infância e juventude, funcionando como agentes de deteção e/ou receção de situações de maus tratos. A articulação entre os diversos setores da sociedade, nomeadamente o da saúde e educação, torna-se imperativa para poder diminuir este flagelo. Objetivos: Avaliar a perceção dos professores face ao mau trato infantil e analisar de que forma as variáveis sociodemográficas e de contexto formativo influenciam essa perceção. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo-correlacional, explicativo e transversal, efetuado numa amostra de 172 professores do 1º ciclo do distrito de Castelo Branco na sua maioria mulheres (84,3%), com idades entre os 41-50 anos e com uma experiência profissional média de 25,7 anos (Dp=6,83)). A recolha de dados foi efetuada através de um questionário de caracterização sociodemográfica e formativa e por três escalas que visam avaliar os conhecimentos e as atitudes face ao mau trato infantil. Resultados: Observou-se que 34,3% dos professores tinham formação sobre maus tratos infantis na sua formação base e 16,3% na sua formação contínua; embora 98% tenha considerado a formação como importante. Somente 15,7% conhecia o “guia de orientação para profissionais de educação na abordagem de situações de mau trato ou outras situações de perigo”. Os resultados demonstraram que metade dos professores inquiridos apresentaram uma perceção adequada face ao mau trato sendo que: 46,5% revelaram bons conhecimentos sobre os fatores de proteção/risco, 43,6% sobre os indicadores e 32,5% boas atitudes. Surgiram como variáveis significativas da perceção dos professores face ao mau trato a importância atribuída à formação (p=0,008) e o conhecimento do guia (p=0,016). Conclusão: Face aos resultados obtidos sugere-se um incremento da formação nesta área junto dos professores e de toda a comunidade educativa por uma equipa multidisciplinar, onde o enfermeiro se constitua peça fundamental, visando conferir empowerment na área dos maus tratos. Palavras-Chave: Maus tratos infantis; Perceção; Professores; Educação para a saúde.
id RCAP_e7970a2f57c3fbc17af3b734217402db
oai_identifier_str oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/2862
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Perceção dos professores do 1º ciclo face ao mau trato infantilAbuso da criançaConhecimentos, atitudes e prática em saúdeCriançaEnsino básicoFactores de riscoPapel do enfermeiroPapel do professorPsicologiaChildChild abuseHealth knowledge, attitudes, practiceNurse's rolePrimary educationPsychologyRisk factorsTeacher's roleIntrodução: Direitos fundamentais como a integridade física e emocional das crianças são hoje, amplamente reconhecidos pela sociedade. Os professores, pela posição privilegiada relativamente ao contacto direto com as crianças, têm responsabilidades específicas, em matéria de proteção à infância e juventude, funcionando como agentes de deteção e/ou receção de situações de maus tratos. A articulação entre os diversos setores da sociedade, nomeadamente o da saúde e educação, torna-se imperativa para poder diminuir este flagelo. Objetivos: Avaliar a perceção dos professores face ao mau trato infantil e analisar de que forma as variáveis sociodemográficas e de contexto formativo influenciam essa perceção. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo-correlacional, explicativo e transversal, efetuado numa amostra de 172 professores do 1º ciclo do distrito de Castelo Branco na sua maioria mulheres (84,3%), com idades entre os 41-50 anos e com uma experiência profissional média de 25,7 anos (Dp=6,83)). A recolha de dados foi efetuada através de um questionário de caracterização sociodemográfica e formativa e por três escalas que visam avaliar os conhecimentos e as atitudes face ao mau trato infantil. Resultados: Observou-se que 34,3% dos professores tinham formação sobre maus tratos infantis na sua formação base e 16,3% na sua formação contínua; embora 98% tenha considerado a formação como importante. Somente 15,7% conhecia o “guia de orientação para profissionais de educação na abordagem de situações de mau trato ou outras situações de perigo”. Os resultados demonstraram que metade dos professores inquiridos apresentaram uma perceção adequada face ao mau trato sendo que: 46,5% revelaram bons conhecimentos sobre os fatores de proteção/risco, 43,6% sobre os indicadores e 32,5% boas atitudes. Surgiram como variáveis significativas da perceção dos professores face ao mau trato a importância atribuída à formação (p=0,008) e o conhecimento do guia (p=0,016). Conclusão: Face aos resultados obtidos sugere-se um incremento da formação nesta área junto dos professores e de toda a comunidade educativa por uma equipa multidisciplinar, onde o enfermeiro se constitua peça fundamental, visando conferir empowerment na área dos maus tratos. Palavras-Chave: Maus tratos infantis; Perceção; Professores; Educação para a saúde.ABSTRACT Introduction: Fundamental rights as the physical and emotional integrity of children are now widely recognized by society. Teachers have a privileged position relative to the direct contact with children thereby have specific responsibilities regarding the protection of children and youth, working as agents of detection and / or receivers of situations of abuse. The articulation between the various sectors of society, such as health and education, is imperative to be able to reduce this scourge. Aims: Evaluate the perception of teachers about child abuse and examine how sociodemographic variables and training context influence this perception. Method: This is a quantitative, descriptive, correlational, and explanatory cross-sectional study, in a sample of 172 teachers of the 1st cycle of the district of Castelo Branco most of them women (84.3%), aged 41-50 years and with an professional experience average of 25.7 years (SD = 6.83). Data collection was conducted through a questionnaire that evaluates the sociodemographic and formative characteristics and three scales aimed to assess the knowledge and attitudes towards child abuse. Results: It was found that only 34.3% of the teachers had training in child abuse on their based training and 16.3% on their continuous training; despite 98% have considered it as important. Only 15.7% knew the "Guidance for education professionals in situations of mistreatment or other danger approach." The results showed that half of respondents teachers had an adequate perception against child abuse of which: 46.5% evidence good knowledge of protective/risk factors, about 43.6% had good knoledge of indicators and 32.5% showed good attitudes. Emerge as significant variables of perception of teatchers towards child abuse the: importance attached to training (p = 0.008) and the knowledge of the guide (p = 0.016). Conclusion: Considering our results it was suggest an increase on training regarding child abuse among teachers and the whole school community by a multidisciplinary team, where the nurse is a fundamental piece, aiming for giving empowerment in the area. Keywords: Child abuse; Perception; Teachers; Health education.Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoDuarte, João CarvalhoRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuCunha, Sandra Isabel Gomes2015-07-27T08:35:48Z2014-12-1220142014-12-12T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/2862TID:201386232porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:26:10Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/2862Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:41:58.967601Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Perceção dos professores do 1º ciclo face ao mau trato infantil
title Perceção dos professores do 1º ciclo face ao mau trato infantil
spellingShingle Perceção dos professores do 1º ciclo face ao mau trato infantil
Cunha, Sandra Isabel Gomes
Abuso da criança
Conhecimentos, atitudes e prática em saúde
Criança
Ensino básico
Factores de risco
Papel do enfermeiro
Papel do professor
Psicologia
Child
Child abuse
Health knowledge, attitudes, practice
Nurse's role
Primary education
Psychology
Risk factors
Teacher's role
title_short Perceção dos professores do 1º ciclo face ao mau trato infantil
title_full Perceção dos professores do 1º ciclo face ao mau trato infantil
title_fullStr Perceção dos professores do 1º ciclo face ao mau trato infantil
title_full_unstemmed Perceção dos professores do 1º ciclo face ao mau trato infantil
title_sort Perceção dos professores do 1º ciclo face ao mau trato infantil
author Cunha, Sandra Isabel Gomes
author_facet Cunha, Sandra Isabel Gomes
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Costa, Maria Isabel Bica Carvalho
Duarte, João Carvalho
Repositório Científico do Instituto Politécnico de Viseu
dc.contributor.author.fl_str_mv Cunha, Sandra Isabel Gomes
dc.subject.por.fl_str_mv Abuso da criança
Conhecimentos, atitudes e prática em saúde
Criança
Ensino básico
Factores de risco
Papel do enfermeiro
Papel do professor
Psicologia
Child
Child abuse
Health knowledge, attitudes, practice
Nurse's role
Primary education
Psychology
Risk factors
Teacher's role
topic Abuso da criança
Conhecimentos, atitudes e prática em saúde
Criança
Ensino básico
Factores de risco
Papel do enfermeiro
Papel do professor
Psicologia
Child
Child abuse
Health knowledge, attitudes, practice
Nurse's role
Primary education
Psychology
Risk factors
Teacher's role
description Introdução: Direitos fundamentais como a integridade física e emocional das crianças são hoje, amplamente reconhecidos pela sociedade. Os professores, pela posição privilegiada relativamente ao contacto direto com as crianças, têm responsabilidades específicas, em matéria de proteção à infância e juventude, funcionando como agentes de deteção e/ou receção de situações de maus tratos. A articulação entre os diversos setores da sociedade, nomeadamente o da saúde e educação, torna-se imperativa para poder diminuir este flagelo. Objetivos: Avaliar a perceção dos professores face ao mau trato infantil e analisar de que forma as variáveis sociodemográficas e de contexto formativo influenciam essa perceção. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo-correlacional, explicativo e transversal, efetuado numa amostra de 172 professores do 1º ciclo do distrito de Castelo Branco na sua maioria mulheres (84,3%), com idades entre os 41-50 anos e com uma experiência profissional média de 25,7 anos (Dp=6,83)). A recolha de dados foi efetuada através de um questionário de caracterização sociodemográfica e formativa e por três escalas que visam avaliar os conhecimentos e as atitudes face ao mau trato infantil. Resultados: Observou-se que 34,3% dos professores tinham formação sobre maus tratos infantis na sua formação base e 16,3% na sua formação contínua; embora 98% tenha considerado a formação como importante. Somente 15,7% conhecia o “guia de orientação para profissionais de educação na abordagem de situações de mau trato ou outras situações de perigo”. Os resultados demonstraram que metade dos professores inquiridos apresentaram uma perceção adequada face ao mau trato sendo que: 46,5% revelaram bons conhecimentos sobre os fatores de proteção/risco, 43,6% sobre os indicadores e 32,5% boas atitudes. Surgiram como variáveis significativas da perceção dos professores face ao mau trato a importância atribuída à formação (p=0,008) e o conhecimento do guia (p=0,016). Conclusão: Face aos resultados obtidos sugere-se um incremento da formação nesta área junto dos professores e de toda a comunidade educativa por uma equipa multidisciplinar, onde o enfermeiro se constitua peça fundamental, visando conferir empowerment na área dos maus tratos. Palavras-Chave: Maus tratos infantis; Perceção; Professores; Educação para a saúde.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-12-12
2014
2014-12-12T00:00:00Z
2015-07-27T08:35:48Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.19/2862
TID:201386232
url http://hdl.handle.net/10400.19/2862
identifier_str_mv TID:201386232
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799130887073300480