Conhecimentos e práticas alimentares nos primeiros dois anos de vida : São Domingos, Guiné-Bissau
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/91110 |
Resumo: | RESUMO - Introdução: Os primeiros 1.000 dias de vida são decisivos para o crescimento, desenvolvimento e saúde da criança. Neste período a alimentação e a nutrição são fatores determinantes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses, idade em que devem ser incluídos na dieta da criança alimentos complementares. Objetivos: Caraterizar os conhecimentos e as práticas das mães sobre a alimentação da criança até aos 2 anos; relacionar os conhecimentos das mães com as práticas alimentares da criança e verificar se os fatores sociodemográficos (idade da mãe, nº de filhos, escolaridade e local de parto) estão relacionados com os conhecimentos maternos. Métodos: Foram inquiridas 145 mães de crianças entre os 0 e os 23 meses utentes do Centro Materno Infantil de São Domingos (CMISD). Foi aplicado um questionário para recolha dos dados sociodemográficos das mães e crianças, estado nutricional das crianças, conhecimentos maternos e práticas de alimentação infantil. Resultados: As mães apresentam conhecimentos suficientes sobre alimentação da criança nos primeiros 6 meses (62,2% (± 14,7)) e dos 6 aos 23 meses (52,8% (± 16,4)). 88,7% das crianças menores de 6 meses são alimentadas em exclusivo com leite materno, seguindo as recomendações da OMS. Entre os 6 e os 23 meses, 25,3% das crianças têm uma dieta mínima aceitável. Mais conhecimentos maternos sobre alimentação infantil aumentam a probabilidade da criança ser exclusivamente amamentada (OR=1,10; 95% IC:1,03-1,19; p=0,006) e de ter uma dieta mínima aceitável (OR=1,04; 95% IC:1,00-1,08; p=0,04). Mães com nível de escolaridade secundário têm maiores conhecimentos sobre alimentação infantil que mães sem nenhum nível de escolaridade (F=5,08; p=0,04) mas a idade da mãe, o nº de filhos e o local de parto não estão relacionados com os conhecimentos sobre alimentação infantil. Conclusão: Maiores níveis de conhecimento têm um papel positivo nas práticas alimentares nos primeiros 2 anos de vida, sendo maior a influência do conhecimento nas práticas de aleitamento materno do que de alimentação complementar. |
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Conhecimentos e práticas alimentares nos primeiros dois anos de vida : São Domingos, Guiné-Bissaualeitamento maternoalimentação complementarconhecimentospráticasGuiné-Bissaubreastfeedingcomplementary feedingknowledgepracticesGuinea-BissauDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências SociaisRESUMO - Introdução: Os primeiros 1.000 dias de vida são decisivos para o crescimento, desenvolvimento e saúde da criança. Neste período a alimentação e a nutrição são fatores determinantes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses, idade em que devem ser incluídos na dieta da criança alimentos complementares. Objetivos: Caraterizar os conhecimentos e as práticas das mães sobre a alimentação da criança até aos 2 anos; relacionar os conhecimentos das mães com as práticas alimentares da criança e verificar se os fatores sociodemográficos (idade da mãe, nº de filhos, escolaridade e local de parto) estão relacionados com os conhecimentos maternos. Métodos: Foram inquiridas 145 mães de crianças entre os 0 e os 23 meses utentes do Centro Materno Infantil de São Domingos (CMISD). Foi aplicado um questionário para recolha dos dados sociodemográficos das mães e crianças, estado nutricional das crianças, conhecimentos maternos e práticas de alimentação infantil. Resultados: As mães apresentam conhecimentos suficientes sobre alimentação da criança nos primeiros 6 meses (62,2% (± 14,7)) e dos 6 aos 23 meses (52,8% (± 16,4)). 88,7% das crianças menores de 6 meses são alimentadas em exclusivo com leite materno, seguindo as recomendações da OMS. Entre os 6 e os 23 meses, 25,3% das crianças têm uma dieta mínima aceitável. Mais conhecimentos maternos sobre alimentação infantil aumentam a probabilidade da criança ser exclusivamente amamentada (OR=1,10; 95% IC:1,03-1,19; p=0,006) e de ter uma dieta mínima aceitável (OR=1,04; 95% IC:1,00-1,08; p=0,04). Mães com nível de escolaridade secundário têm maiores conhecimentos sobre alimentação infantil que mães sem nenhum nível de escolaridade (F=5,08; p=0,04) mas a idade da mãe, o nº de filhos e o local de parto não estão relacionados com os conhecimentos sobre alimentação infantil. Conclusão: Maiores níveis de conhecimento têm um papel positivo nas práticas alimentares nos primeiros 2 anos de vida, sendo maior a influência do conhecimento nas práticas de aleitamento materno do que de alimentação complementar.SUMMARY - Introduction: The first 1000 days of life are crucial for the growth, development and future health of the child. During this period, food and nutrition are determining factors. The World Health Organization (WHO) recommends exclusive breastfeeding up to 6 months, at which age other complementary foods should be included in the child's diet. Objectives: To characterize mothers' knowledge and practices regarding child feeding up to 2 years old; to relate mothers' knowledge with the child's eating practices and to verify if sociodemographic factors (mother's age, number of children, education and place of birth) are related to maternal knowledge. Methods: A total of 145 mothers, whose children we’re between 0 and 23 months old, attending the São Domingos Maternal and Child Health Center were surveyed. Through the application of a questionnaire were collected sociodemographic data of mothers and children, assessed the nutritional status of children and assessed maternal knowledge and infant feeding practices. Results: Mothers have enough knowledge about feeding in the first 6 months (62.2% (± 14.7)) and in the 6 to 23 months (52.8% (± 16.4)). 88.7% of children under 6 months are fed only breast milk, following WHO recommendations. Between 6 and 23 months, 25.3% of children have a minimum acceptable diet. More maternal knowledge about infant feeding increases the likelihood of the child being exclusively breastfed (OR = 1.10; 95% CI: 1.03-1.19; p = 0.006) and having a minimum acceptable diet (OR = 1.04 95% CI: 1.00-1.08; p = 0.04). Mothers with secondary education have better knowledge of infant feeding than mothers without any education (F = 5.08; p = 0.04) but mother's age, number of children place of birth are not related to knowledge about infant feeding. Conclusion: Higher levels of knowledge play a positive role in feeding practices in the first two years of life, with greater influence of knowledge on breastfeeding practices than complementary feeding.Goes, Ana RitaSousa, JoanaRUNDias, Inês Duarte Pereira2020-01-13T17:06:57Z20192019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/91110TID:202380033porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:40:27Zoai:run.unl.pt:10362/91110Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:37:16.189437Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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