Análise de Risco aplicada à Reserva de Mobiliário do Palácio Nacional da Ajuda

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramalhinho, Ana Rita Bernardo
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/29605
Resumo: A realização de uma revisão da literatura sobre modelos e ferramentas de análise de risco aplicados ao património cultural, permitiu concluir que nas últimas duas décadas esta temática tem ganho um maior destaque. A sua utilização tem por objetivo apoiar a tomada de decisão e consequentemente, ajudar à gestão e cuidado do património. A partir dos resultados obtidos, selecionaram-se dois modelos de forma a realizar uma análise de risco à coleção de mobiliário da Reserva Nova do Palácio Nacional da Ajuda (PNA) (Ajuda, Portugal): • O modelo Cultural Property Risk Analysis (CPRAM), desenvolvido por Robert Waller em 2003, é um modelo semi-quantitativo, e foi selecionado por já ter sido aplicado em outras instituições (e.g. Canadian Museum of Nature, Arquivo Histórico Ultramarino, Museum Amstelkrin, etc.). Define os riscos através de valores numéricos cuja a relação entre si produz a hierarquia das prioridades de risco; • O modelo QuiskScan é qualitativo, foi desenvolvido por Agnes Brokerhof e Anna Bülow em 2016, e selecionado por ser muito recente e não existirem, até à data, outros trabalhos em que tenha sido aplicado. Define as prioridades dos riscos de uma forma não numérica a partir de categorias (“Alto”, “Médio” e “Baixo”). A aplicação dos dois modelos permitiu chegar a uma hierarquização dos principais riscos genéricos para a coleção em estudo, sendo os mais prioritários: Fogo, Forças Físicas e Pragas. No entanto, para a proposta de soluções de mitigação, recorreu-se aos riscos específicos identificados pelo modelo CPRAM, onde, por exemplo, para o risco de ocorrência de um incêndio na área de reserva com consumo da coleção completa, propõe-se a instalação de mais extintores e expressores; para o risco da queda de objetos das estantes, propõe-se a colocação de uma fita em torno das estantes; e para o risco de infestação por insetos é proposta a desinfestação dos objetos por anoxia. Assim, sugere-se que numa instituição onde nunca se realizou uma análise de risco, se aplique inicialmente o modelo QuiskScan (de aplicação mais rápida) e posteriormente, conhecendo os principais riscos genéricos, se utilize o CPRAM com o intuito de propor soluções de mitigação (a partir da identificação e cálculo dos riscos específicos). Isto permitirá reduzir o tempo e otimizar os recursos.
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