Segurança do doente crítico na recuperação do coma :
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/37311 |
Resumo: | O presente relatório explana o investimento académico e a aquisição de competências específicas nas esferas cognitiva, técnica e sócio-afetiva, no âmbito do curso de Mestrado em Enfermagem, área de especialização em Enfermagem de Reabilitação, através da descrição e análise crítica das atividades desenvolvidas face à sua consecução. A componente prática desenrolou-se em dois contextos distintos, tendo-se iniciado na comunidade, numa equipa de cuidados continuados integrados do agrupamento de centros de saúde Arco Ribeirinho, e posteriormente em meio hospitalar, numa unidade de cuidados intensivos de um hospital central da região de Lisboa. A intenção em estabelecer uma harmoniosa articulação entre o cuidar especializado no domínio da enfermagem de reabilitação e a minha prática clínica quotidiana na vertente de pessoa em situação crítica, orientou o meu foco de interesse para um cuidar dirigido à sua otimização funcional, à profilaxia de complicações inerentes às irrevogáveis iatrogenias a que está sujeita e à promoção de uma cultura de segurança. Tal necessidade emerge do facto de que, paralelamente ao aumento da sobrevida em consequência da evolução tecnológica, científica e da interação multidisciplinar, decorre uma elevada incidência da designada síndrome de perda de força e/ou atrofia muscular adquirida em UCI, que determina um forte comprometimento na dinâmica muscular ventilatória, na autonomia funcional e na qualidade de vida da pessoa, conduzindo ao seu declínio progressivo, ao prolongamento de períodos de ventilação mecânica e de internamento, ao aumento das taxas de mortalidade e, consequentemente, dos custos assistenciais. Atendendo aos factores de risco modifcáveis, a comunidade científica identifica a imobilidade induzida como um dos principais focos de intervenção, propondo a efetivação de um cuidar diferenciado através da implementação de medidas de intervenção estratégicas, particularizando, a otimização de terapêutica de decúbito, o incremento da mobilização precoce e o desenvolvimento de programas de readaptação/reeducação funcional, mediante o perfil cognitivo e o nível de tolerância autonómica e ventilatória da pessoa. A meta prende-se, assim, com a transformação do atual postulado do profissional de medicina intensiva «dar vida por todos os meios» no «dar vida com qualidade», através da adopção de uma conduta compreensiva, inclusiva e inovadora, direcionada à superação de barreiras situacionais e atitudinais. Para Hesbeen (2001), a reabilitação intervém na maximização da funcionalidade e da independência física, emocional e social do alvo de intervenção, independentemente da possibilidade de cura, dirigindo a sua ação para a prevenção e tratamento, contextualizando a pessoa, a família e a comunidade numa perspetiva mais social e menos biológica. Assim, cuidar torna-se um ato de reciprocidade, desenvolvido em parceria, que potencía a autodeterminação da pessoa na construção do seu projeto de saúde de forma livre e responsável. |
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